quarta-feira, 7 de novembro de 2007

VILA DE SÃO MARTINHO DO PORTO


VILA DE SÃO MARTINHO DO PORTO
(Sua História)

PARTE VII

O DESVIO DOS RIOS TORNADA E ALFEIZERÃO DA BAÍA


Foi também inaugurada a Estação Telégrafo-Postal de 2ª classe, com serviços de encomendas postais.

Em 1857 novamente foi chamada a atenção do Governo para este porto.

O engenheiro Tibério Augusto Blanc, diz que entre outras coisas a causar ruína deste porto, era o facto de desaguarem na Baía os dois rios caudalosos de Alfeizerão e Tornada, tendo ambos uma única foz.

Outra causa era a continuação dos deslastramentos.

Mais indicava o relatório:

a) – O comprimento daquela previsão;

b) – Conduzir directamente ao mar, sem entrar na concha, aqueles dois rios através de Monte de Atalaia, por meio de um túnel.

c) - Calculou Tibério Augusto Blanc, que o túnel teria um comprimento com cerca de 510m e, para além disso, preconizava o desentulhamento do porto extraindo 50.000 braças cúbicas de areia.

Estas obras foram calculadas em 120 contos.

Só teria sido feita a dragagem, pois a vida no porto estava a melhorar.

Atraídos pela fama do grande movimento do porto que então se verificou, muitas famílias aqui fixaram residência trabalhando na carga e descarga dos navios.

De tal modo que já no ano de 1867 se contavam 30 embarcações em cujo tráfego se empregavam mais de 100 pessoas, entre homens e mulheres.

Foi neste ano que o Governo, sem qualquer insistência de espécie alguma, mandou para aqui uma draga.

Reconhecia-se a sua necessidade e assim o comércio tomou um grande incremento e a indústria dos estaleiros progrediu.

Em 1885 já o bairro da praia parecia uma segunda Vila, com 4 estabelecimentos comerciais, não contando os muitos armazéns. Os quais, com 6 que havia na parte alta da Vila perfazia 10.

No ano de 1887 abriu-se à exploração a Linha Férrea do Oeste.

No ano de 1888 tinham dado entrada neste porto, 177 embarcações de comércio costeiro e de alto mar, com 11.642 toneladas.

Vivia-se então no apogeu da sua grandeza e a situação económica era muito lisonjeira.

Pensou-se novamente em desviar os rios.

Este projecto foi elaborado pelo engenheiro Bento Fortunato de Moura Coutinho de Almeida Eça.

O principal objectivo era desviar os rios de Tornada e Alfeizerão para fora da Concha por meio de um túnel através do Monte de Salir, a terminar na costa na extensão de 890m.

O orçamento desta obra era de 80 contos.

(Continua)
José Gonçalves

8 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Ora bem amigo cá estou para ler a continuação da história. Primeiro deixe-me dizer-lhe que eu levei 50 anos sem conhecer ninguém com o meu nome. E de repente de há dez anos a esta parte, tenho conhecido tantas que já começa a ser um nome vulgar.
2º as fotos que acompanham estes textos são mt bonitas. Cada uma melhor que a outra. São suas?
3º exceptuando este post deve reparar que estou a deixar comentários pequeninos quase só a ssinalar a minha presença. É que não tenho tempo nenhum, Como sabe estou a tirar a carta de condução, tenh duas casa para tratar, e nesta época tenho que aproveitar as encomendas que me fazem de prendas para o Natal. Já deixei de visitar amigos, alguns vito dia sim dia não e outros de dois em dois dias. Espero que não se zangue.
Depois fico aguardando o resto da história de S. Martinho que acho mt interessante.
Á margem quando voltar ao Coisas minhas assine o meu livro de visitas, não tenha vergonha. Se não quiser deixar a foto deixe o simbolo do seu blog.
Um abraço

amigona avó e a neta princesa disse...

Obrigada pela tua partilha...hei-de vir ler com calma...um abraço..

António Inglês disse...

Amigona avó e a neta princesa.

Espero que a princesa esteja cada vez mais bonita.
Venha sempre, eu vou estando por cá.
Um abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Ora Elvira

Nem por isso é um nome pouco utilizado. Apenas não encontrou pessoas com o mesmo nome.
Vou dar-lhe outro exemplo. A avó do meu genro, que vive no Algarve, também se chama Elvira.

Já sabia da sua pouca disponibilidade para vir por aqui e não tenho de me zangar. Eu sei que está lá. Não se preocupe.
Espero é que consiga levar a bom porto todas estas tarefas de fim de ano, carta, prendas, família, casas...
É obra!

Esta é a penúltima postagem sobre a história de S. Martinho.

Fica prometido que assinarei o seu livro de visitas, se o conseguir. É que já lá fui mas pareceu-me complicado.

Quanto às fotos, uma é minha e as outras ou são de amigos ou encontro pela net.
um abraço.
José Gonçalves

Anónimo disse...

Pois meu querido amigo, aqui estou a deliciar-me com estes teus artigos sobre a história da nossa terra...
Mais uma vez, obrigada!
Muitos beijinhos

Isamar disse...

Voltarei para ler com muito gosto este período da nossa história contemporânea.A monarquia estava prestes a cair.No entanro, este período trouxe grande desenvolvimento ao reino apesar do aumento da dívida externa ( eterna sina) e dos conflitos sociais e laborais.
Beijinhosssss

António Inglês disse...

aramis

Esta noite farei a ultima postagem sobre a história de S. Martinho.
Um grande beijinho
José Gonçalves

António Inglês disse...

Sophiamar

É um gosto e um prazer ler os teus comentários.
Quem tem ficado ansioso pelos artigo sou para ler esses teus comentários.
Estás ligada ao ensino ou estou enganado?
Um beijinho
José Gonçalves