sábado, 7 de julho de 2007




ESTE SONHO ANDOU DURANTE MESES NOS CORAÇÕES DOS ALCOBACENSES

NO DIA 07 do 07 de 2007 TORNOU-SE REALIDADE

Independentemente do dinheiro gasto, creio que o peito dos Alcobacenses se encheu de orgulho ao ver a sua jóia da coroa eleita entre as sete maravilhas de Portugal tendo tido a honra de ser a primeira maravilha a ser chamada ao palco para a merecida homenagem perante milhões de espectadores de todo o Mundo
Parabéns ao executivo pelo esforço financeiro, parabéns aos Alcobacenses por terem a felicidade de poderem admirá-lo todos os dias, parabéns ao Dr. Rui Rasquilho pelo trabalho que tem desenvolvido no Mosteiro de ALCOBAÇA, parabéns Portugal por possuíres tão grandiosos monumentos.
Saibamos todos ser dignos da sua grandiosidade.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

As canecas das Caldas no Chão da Parada


Do Oeste on-line retirei o artigo que transcrevo, certo de que a actividade merece ser realçada e a região do Oeste reavivada.

O CHÃO DA PARADA, pequeno lugar da freguesia da Tornada, faz parte do Concelho das Caldas da Rainha, e tem afinal a importância de ter no seu seio um artesão, Francisco Agostinho, que executa há 32 anos, uma das peças de artesanato mais emblemáticas do país e da cerâmica tradicional das Caldas da Rainha, os famosos “ falos das Caldas “.

Francisco Agostinho é conhecido pelos amigos como o Chico das Pichas. porque produz a loiça erótica das Caldas no seu atelier no Chão da Parada há 32 anos.

Embora não se incomode com isso, às vezes responde que “pichas agora já faço poucas”. Após todos estes anos dedicado aos falos e às canecas das Caldas continua a dizer que gosta do que faz. “Se começasse de novo, sabendo o passado que tenho, voltaria a fazer tudo. Eu tenho orgulho do que faço, embora nunca tenha ganho muito dinheiro

Apesar de não parar de trabalhar, o que produz diariamente não chega para as encomendas. “Nunca pára aqui nada em armazém. Vou fazendo e vendo logo tudo”. Francisco Agostinho orgulha-se também de ter clientela fiel que prefere esperar a ir comprar a outro lado.
Desde 1975 que se dedica à loiça erótica das Caldas. Tinha então 35 anos, era pedreiro de profissão e foi nessa qualidade que foi fazer um trabalho de construção civil às Faianças Rafael Bordalo Pinheiro. Como gostaram tanto do seu trabalho “e viram que eu era uma pessoa responsável”, conta, convidaram-no para lá ficar para trabalhar na cerâmica.

Esteve lá durante cinco anos, mas foi montando um pequeno atelier junto à sua casa onde tinha um forno a lenha. “Comecei a fazer uns bonecos e umas garrafinhas” com a ajuda da sua mulher. Só que a esposa começou a conseguir mais dinheiro do que aquele que ele recebia na fábrica. Por isso não hesitou e decidiu começar a fazer por conta própria os famosos falos das Caldas.
Naquela altura toda a gente fazia produtos destes. Das fábricas, se calhar, só mesmo a Secla, a Bordalo Pinheiro e a Subtil é que não faziam”, diz Francisco Agostinho.
Com os anos foi ele próprio fazendo algumas inovações, como as garrafas-falos envolvidos em fatos de noiva e outros adereços. Também as tradicionais canecas sofreram muitas alterações nas suas mãos. A caneca com a face do Mário Soares, criada por um ceramista do Cencal, foi das mais vendidas de sempre. “Só não vendi mais porque não tinha”, disse.
Francisco Agostinho também não sabe muito bem de onde veio a tradição da loiça erótica das Caldas. Reza a lenda que o rei D. Luís queria oferecer umas prendas diferentes aos amigos e nessa altura terá pedido a ajuda de Rafael Bordalo Pinheiro, tendo surgido o agora famoso falo. As Caldas tornou-se desde essa altura conhecida como terra dos falos, embora se utilize normalmente uma palavra mais brejeira.
Um futuro sem definição
Entretanto, com o declínio das vendas e com o fecho de algumas fábricas mais pequenas, Francisco Agostinho chegou a ser o único ceramista a fazer a loiça erótica das Caldas. Recentemente houve quem tivesse descoberto nisso uma oportunidade, mas é o próprio Francisco Agostinho quem diz que o negócio não é muito rentável. Principalmente se houver muita concorrência, apesar de não se queixar de falta de encomendas. “A outra louça deve ser mais rentável”, acha, justificando assim o abandono dos falos por parte das fábricas.
Nos dias de hoje o que faz mais são as famosas canecas com um pequeno falo no seu interior, mas ainda faz alguns bonecos e dos falos grandes. Quanto às canecas “não vendo mais porque não tenho”.
Por mês saem do seu pequeno atelier milhares de canecas das Caldas feitas por ele, tudo à mão. “Agora estou a trabalhar praticamente sozinho porque a minha mulher tem as netas para tomar conta”.
Chegou a vender muitas peças para o estrangeiro (Inglaterra, França, Alemanha, Estados Unidos e Espanha), mas agora trabalha apenas para o mercado nacional “e só para algumas lojas”.
Em tempos chegou a empregar muitas funcionárias e num ano produziam cerca de 50 mil bonecos com o também tradicional cordão que quando esticado revela um falo. Eram os “jogadores” do Benfica, do Sporting e do Porto os mais procurados, mas os clubes começaram a querer “royalties” pela utilização dos seus símbolos e isso também se perdeu. Chegaram a pedir-lhe 25 mil euros para poder utilizar o emblema do Benfica, “mas isso não irei eu ganhar o resto da vida a vender os bonecos das Caldas”.
Aos 67 anos Francisco Agostinho está preocupado com o futuro desta actividade porque os filhos não quiseram seguir a sua profissão e há pouca gente a interessar-se por esta tradição erótica das Caldas. O ceramista tem feito muito pela divulgação da tradição e apareceu em inúmeros programas de televisão. Às vezes puxando pelo humor, como no Herman Sic e no Cabaret da Coxa, mas também em programas mais generalistas. “Todas as televisões portuguesas já vieram aqui”, salienta.
O vídeo realizado para o Cabaret da Coxa, da SIC Radical, circula na Internet e faz rir milhares de portugueses. “O Rui Unas entrou para aqui e disse para eu falar o pior possível”, contou. A anedota mais recorrente é sempre aquela do “quando chega às cinco não faço nem mais um…” ao que responde sempre “a minha esposa é que diz: a partir de agora não mexo em mais nenhum”, deixando os interlocutores sem resposta.
A Câmara das Caldas chegou a convidá-lo para ir dar formação, mas depois o convite foi desfeito por não ter curso de formador. Muitas vezes foram autarcas ao seu atelier para dar entrevistas, mas Francisco Agostinho nunca teve, nem pediu, qualquer apoio ou foi tido em conta para promover a continuação da loiça erótica das Caldas.
Com certeza que os seus bonecos e as suas canecas fariam sucesso no salão erótico e o nome das Caldas poderia usufruir com isso. Basta haver quem invista nisso.

Tirado do Jornal Oeste OnLine

quarta-feira, 4 de julho de 2007

TERTÚLIA DE BEM DIZER SÃO MARTINHO DO PORTO

Tertúlia em São Martinho


CONVITE


Um grupo de amigos e residentes de São Martinho do Porto, entendeu constituir a “ TERTÚLIA DE BEM DIZER “ onde todos sem excepção poderão debater temas e ideias numa franca e amena cavaqueira, reavivando os saudáveis serões de café onde os amigos antigamente se reuniam à volta da “bica”, prática infelizmente em desuso nos nossos dias.
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A primeira reunião da “Tertulia de Bem Dizer” terá lugar no próximo dia 20 de Julho de 2007 , pelas 21 horas, no café BOÉMIA na marginal de São Martinho do Porto.
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Desta forma, todos estão convidados a participar nesta primeira sessão da Tertúlia.
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TEMA DO 1º ENCONTRO
A juventude e seu futuro em São Martinho do Porto

Do blog São-Martinho-do-Porto do Dr. Ernesto Feliciano retirei este convite para todos aqueles que se interessam verdadeiramente por São Martinho do Porto


segunda-feira, 2 de julho de 2007

O Cavalo Lusitano







O Cavalo Lusitano

Montado há já cerca de 5000 anos, e considerado o mais antigo cavalo de sela do Mundo, este animal foi seleccionado como cavalo de guerra e deste núcleo foram levados animais para os exércitos de Cartágo , de Esparta, e para os hipódromos de Roma Cavalo de " sangue quente" como o Puro Sangue Inglês e o Puro Sangue Árabe, o Puro Sangue Lusitano é o produto de uma selecção de milhares de anos, o que lhe garante uma "empatia" com o cavaleiro, superior a qualquer raça moderna.Seleccionado como cavalo de raça e de combate ao longo dos séculos, é um cavalo versátil, cuja docilidade, agilidade e coragem. lhe permitem hoje competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre, confrontando-se com os melhores especialistas.As corridas de touros podem ser consideradas como a versão moderna da equitação da "Gineta", que tanta fama e louros conseguiu para os exércitos que a utilizaram durante os tempos das guerras.

O Cavalo Ibérico, com a forma que tem actualmente, mantém-se semelhante aos seus ascendentes, como o demonstra, a aparência com as antigas estátuas, gravuras e descrições que chegaram aos nossos dias remontando à pré-história Ibérica, tendo passado pelos períodos dos Romanos, pela Idade Média e pela Renascença. As suas capacidades naturais tem como origem aquelas descritas e tão louvadas pelos historiadores, pretendendo os criadores que venham a ser melhoradas com a introdução de provas morfo-funcionais. ( Quase todas as raças modernas de cavalos de sela têm sangue do Cavalo Ibérico.)

Segundo vários autores, o factor que mais pesou na diferença que existe nos nossos dias entre o Cavalo Lusitano e o Andaluz, teve a sua origem no fato de, no princípio do século XVIII, ter aparecido na Espanha o toureiro a pé, como revolta popular pela proibição imposta pelo Rei Filipe V das corridas de touros. A partir daí, com a menor utilização do cavalo Andaluz para o toureio, passou a sua selecção a apontar no sentido de um cavalo de tiro ligeiro e de passeio, enquanto que em Portugal se manteve a criação no sentido de produzir bons cavalos de toureio.

Desde 1967, por acordo estabelecido entre os criadores Portugueses e Espanhóis, os Livros Genealógicos foram separados , levando os criadores dos dois países a seguirem trajectórias paralelas, com métodos de selecção e classificação próprios.

O Livro Genealógico da Raça Lusitana foi entregue à Associação Portuguesa de Criadores de Raças Selectas, passando em 1990 para a Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo de Puro Sangue Lusitano nesse ano criada para se dedicar exclusivamente à divulgação e defesa do Cavalo Lusitano.

A institucionalização oficial do Stud-Book da Raça Lusitana, foi sem dúvida, um passo decisivo, no progresso da mesma, ao condicionar a admissão de reprodutores aos requisitos mínimos do respectivo padrão, dando origem a um generalizado e criterioso trabalho de selecção, facultando o conhecimento aprofundado das genealogias, permitindo perpetuar e tirar partido das linhas formadas a partir da insistência em determinar reprodutores (emparelhamento em linha). Aliás para um processo zootécnico eficaz e relativamente rápido há evidente vantagem em aspectos que interessam ao criador, nomeadamente na pureza e uniformidade da raça e na consequente prepotência dos reprodutores obtidos.

Só são inscritos "poldros" filhos de animais já aprovados como reprodutores e aos quais já tenha sido feito testes de confirmação da paternidade. A obrigatoriedade deste teste para inscrição dos "poldros", vem dar uma ainda maior credibilidade ao Stud-Book, pois torna completamente interdita a entrada de animais de sangue exterior à raça. Ao atingirem a idade adulta, os animais são submetidos a uma inspecção realizada por uma Comissão de Peritos da Raça, e caso atinjam os parâmetros mínimos estabelecidos, passarão ao Livro de Reprodutores, podendo assim os seus filhos ser inscritos no Livro. A este ciclo que rege o normal funcionamento do Livro Genealógico da Raça Lusitana, têm vindo a ser adicionadas provas funcionais.

No limiar do ano 2000 o Puro Sangue Lusitano volta a ser procurado como montada de desporto e lazer, e como reprodutor, pelas qualidades de carácter e antiguidade genética. A sua raridade resulta de um pequeníssimo efectivo de cerca de 2000 éguas produtoras. Em Portugal, berço da raça, estão apenas em produção cerca de 1000 éguas, no Brasil 600, em França 200, distribuindo-se as restantes pelo México, Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Itália, Canadá e Estados Unidos da América.