sábado, 22 de novembro de 2008

45 ANOS DEPOIS


A 22 de Novembro de 1963, uma sexta-feira, John Fitzgerald Kennedy, o trigésimo-quinto Presidente dos Estados Unidos da América, era assassinado enquanto desfilava no carro presidencial na Praça Dealey em Dallas, Texas. As imagens são chocantes. Primeiro o então presidente leva as mãos ao peito e baixa a cabeça. Acabara de levar um tiro no peito que também atingiu o Governador do Texas, John Connally. Um segundo tiro atinge-o na cabeça. Jackie Kennedy, sua esposa e primeira dama de então, tenta juntar algo que que saiu decorrente do tiro, na parte traseira da limousine.

Terrorismo, acto individual ou até mesmo complô da CIA, foram várias as teorias sobre este assassinato.



O assassinato

Às 11.40 o Air Force One aterra no aeroporto Dallas Lovefield, depois de um curto voo que fez de Fort Worth. A comitiva presidencial põe-se em marcha para o centro de Dallas. Durante o trajecto a comitiva tem que realizar várias paragens para que o presidente saúde as pessoas.

Às 12.30 entra na Praça Dealey e avança pela rua Houston, e nesse momento leva 6 minutos de atraso. Na esquina das ruas Houston e Elm, a comitiva deve realizar uma volta de 120º para a esquerda, o que obriga à redução da velocidade da limusina.

Depois de passar Elm Street fica frente ao edifício do armazém de livros escolares do Texas, a uma distância de 20 metros.

Logo a seguir a passar o armazém ouviu-se o primeiro disparo dos três que alegadamente faria Lee Harvey Oswald. Calcula-se que nesse momento a comitiva ia a uma velocidade de 15 km/h. A Comissão Warren concluiu posteriormente que um dos três disparos não atingiu o automóvel. Quase todos estão de acordo que Kennedy recebeu dois disparos e que o terceiro disparo, que o atingiu na cabeça, foi o mortal.



O primeiro disparo foi desviado por uma árvore e fez ricochete no cimento, chegando a ferir a testemunha James Tague. 3,5 segundos depois, dá-se o segundo disparo, que chega a Kennedy por trás e sai pela sua garganta, ferindo também o governador do Texas, John Connally. O presidente deixa de saudar o público e a sua esposa fá-lo encostar-se no assento. O terceiro disparo ocorre 8,4 segundos depois do primeiro disparo, precisamente quando o automóvel passava em frente da pérgula John Neely Bryan, feita de cimento. Quando o terceiro disparo atingiu a cabeça de Kennedy, Jaqueleen Kennedy reagiu saltando para a parte traseira do veículo. Clint Hill, agente dos serviços secretos, conseguiu alcançar a mala do carro na tentativa de ajudar o presidente.

Um cidadão de nome Abraham Zapruder, que filmava a comitiva presidencial, conseguiu captar no seu filme o momento em que Kennedy é alcançado pelos disparos. Este filme é parte do material que a Comissão Warren utilizou na sua investigação do assassinato.

Lee Harvey Oswald usou uma espingarda Mannlicher de fabricação italiana, com mira telescópica e mecanismo manual.



Outros feridos

O Governador do Texas John Bowden Connally, ia no mesmo veículo à frente do presidente, e também foi gravemente ferido mas sobreviveu. A sua ferida ocorreu quase em simultâneo com o primeiro disparo que atingiu Kennedy (teoricamente como resultado da mesma bala, pelo que esta é conhecida como a "teoria da bala mágica", emanada pela Comissão Warren, embora isto não seja geralmente admitido sem polémica).



Supostamente, a acção da sua esposa de se dirigir para ele e fazê-lo cair sobre as suas pernas ajudou a salvar a sua vida dado que evitou em grande parte o pneumotórax. James Tague, um espectador e testemunha do crime, também ficou com uma pequena ferida na parte direita da face. Estava situado 82 m à frente do local onde Kennedy foi atingido.



Lee Harvey Oswald

Lee Harvey Oswald foi detido 80 minutos depois do assassinato por ter morto um oficial da polícia de Dallas, J. D. Tippit. Foi acusado da morte de Tippit e de Kennedy à última hora da tarde de 22 de Novembro. Oswald negou sempre ter disparado contra o presidente. O caso de Oswald nunca foi julgado porque dois dias depois, enquanto era trasladado e custodiado pela policía, Jack Ruby dispara sobre ele e mata-o.

Terrorismo, acto individual ou até mesmo complô da CIA, foram várias as teorias sobre este assassinato.


Fontes: Wikipédia e Comunicação Social da época.

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António Inglês





sexta-feira, 21 de novembro de 2008

FAMÍLIAS TIRAM IDOSOS DOS LARES E FICAM COM REFORMA


Crise.


Misericórdia receia pelo bem-estar dos que saem dos lares


Já há famílias em Portugal que estão a ir buscar os seus idosos aos lares para contarem com as suas reformas como fonte de receita. O alerta foi dado ontem pelo Presidente do secretariado da União de Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos. "Há cada vez mais famílias a retirar idosos de lares das misericórdias para os levarem para casa e obterem, assim, mais uma fonte de rendimento", afirmou à Lusa aquele responsável. Uma situação que tende a agravar-se em virtude da crise e das dificuldades financeiras que as pessoas hoje atravessam , admitiu Manuel Lemos ao DN.




Porém, Manuel Lemos recusa-se a dar número de casos ou mesmo lares onde essas situações se tenham verificado. Apenas adianta que se trata sobretudo de idosos de lares localizadas na periferia dos grandes centros urbanos.



Contudo, o DN apurou junto de outra fonte da Misericórdia que já existem mais de 20 casos. Um deles aconteceu no Vimieiro há cerca de seis meses.



Sem competência para impedir que estas situações aconteçam - "porque a família é soberana" - , a Misericórdia limita-se a alertar para o facto e manifestar o seu receio pela forma como os idosos possam estar a ser tratados. "Porque segundo as informações de que dispomos não foram retirados do lar porque a família tivesse mais condições para os acolher mas sim por razões financeiros". Para já, Manuel Lemos promete que a instituição "vai estar atenta. E se nos próximos meses a situação se agravar teremos de falar com os Serviços da Segurança Social, para que estes intervenham".



No entanto, espera que até lá "haja uma reflexão sobre estes novos fenómenos", afirmou, defendendo que é nestas alturas de crise económica que o Estado deve estar mais atento às instituições da economia social, com mais problemas do que é normal. E alerta: "mais importante do que uma política de distribuição de dinheiro aos idosos é a de prestação de serviços à terceira idade. Porque hoje há pessoas que vêm para os lares não só porque estão numa situação de dependência física, mas pela solidão ou até por questões de segurança", sublinha Manuel Lemos. A Misericórdia continua a ter listas de espera para os seus lares.



A legislação em vigor prevê que as instituições de acolhimento possam reter até 85% do valor total da reforma da pessoa acolhida. A esta verba a segurança social acrescenta mais 388,51 euros por cada utente. Para o idoso fica 15% do valor da reforma, que algumas vezes é "guardada" pela família, revelam entretanto fontes da instituição.|

ANA TOMÁS RIBEIRO
NATACHA CARDOSO -ARQUIVO DN

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António Inglês


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O RATO PARIU UMA MONTANHA



Ícone. Mais do que um herói de animação, Mickey é um símbolo do século XX e da América. Tem uma estrela no Passeio da Fama e desde o início que foi um sucesso entre o público e uma mina de ouro para Disney




A ideia parecia absurda mas Walt Disney estava confiante: ter um rato, um animal de que todos tinham medo e que a todos criava repulsa, como personagem simpática e amigável era o desafio. O criador tinha apenas 26 anos e não havia muitos financiadores dispostos a investir dinheiro neste rato que começou por se chamar Mortimer mas que, por sugestão de Lillian, a mulher de Walt Disney, acabou por se chamar Mickey. Isto foi em 1928. E foi assim que, há 80 anos, nasceu uma estrela.




Apesar da data oficial de aniversário do Mickey ser 18 de Novembro, porque foi neste dia que foi lançado o filme Steamboat Willie, em que era protagonista, a verdade é que Mickey e Minnie apareceram pela primeira vez na curta Plane Crazy, produzida em Maio de 1928. Ub Iwerks foi o desenhador e realizou o filme juntamente com Disney. Nesta primeira aparição, Mickey constrói um avião, convida Minnie para voar e passa toda a viagem a tentar beijá-la. É um filme ao mesmo tempo amoroso e cómico, mas que acabou por não chegar ao cinema.



Apesar do fracasso, Disney insiste numa segunda curta-metragem com este rato: The Gallopin' Gaucho (a parodiar o filme The Gaucho, com Douglas Fairbanks), onde, além de Minnie, aparece pela primeira vez a personagem Bafo de Onça. Mas, mais uma vez, Walt Disney não conseguiu encontrar um distribuidor.



Steamboat Willie foi, na verdade a terceira curta-metragem de Mickey a ser produzida, mas foi a primeira com som e a primeira a captar, de facto, a atenção do público. Como de costume, Steamboat Willie foi co-realizado por Walt Disney e Ub Iwerks, responsável pela animação, e o filme era uma paródia assumida de Steamboat Bill Jr., com Buster Keaton.




Um dos motivos do sucesso deste filme foi, sem dúvida, o modo como a banda sonora foi usada em interligação com a narrativa, algo que era pouco comum na altura, sobretudo para criar um efeito cómico. Disney aproveitou este sucesso para sonorizar e relançar os dois filmes anteriores.



A partir daí, ninguém conseguiu parar o Rato Mickey. Uma das particularidades destes primeiros filmes é que a voz de Mickey é assegurada pelo próprio Disney, o que aconteceu até 1946. Já, quanto ao desenho, em 1930 deixa de ser assinado por Iwerks, que deixa Disney para criar a sua própria empresa. Apesar de Walt Disney ter sido o autor da personagem, a verdade é que era Iwerks que desenhava e fazia toda a animação.



Outros desenhadores e argumentistas foram contratados. Floyd Gottfredson foi, nos anos 30, o principal autor daquela que era já a mais famosa personagem da casa, começou também a aparecer em tiras publicadas na imprensa diária.



Mickey é o grande herói dos anos da Depressão. É nesta altura que surge a galeria de personagens que hoje todos identificamos, onde se destacam Pluto, Mancha Negra, Pateta ou Clarabela. Criado em 1934 para a série Silly Synphonie, Pato Donald tornou-se uma das mais populares personagens, acabando por ganhar o seu próprio universo. Tradicionalmente, Mickey surge de calções vermelhos e sapatos amarelos, uma homenagem de seu criador à Ordem de DeMolay, da qual era membro. Mas o Rato surpreendia a cada filme, ora era bombeiro ora cowboy, ora aventureiro ora detective. O público adorava.



Mickey foi a primeira estrela animada dos estúdios de Disney; recebia milhares de cartas dos fãs; Charlie Chaplin, um dos seus modelos, pediu que antes dos seus filmes passasse um desenho animado do Rato Mickey; Sergei Eisenstein gabou a "perfeição" da personagem; o Presidente Roosevelt queria que houvesse sempre um filme de Mickey na Casa Branca para ser exibido quando lhe apetecesse; o Rato Mickey foi um dos primeiros e principais alicerces do império que Walt Disney construiu. Em 1932 o Clube de Fãs de Mickey já tinha milhões de membros e Disney recebeu um Oscar especial pela criação desta popular figura. Em 1934, o merchandising associado ao Rato já rendia qualquer coisa como 600 mil dólares por ano.



Redesenhado e colorido, Mickey manteve-se no top. Em 1940 saiu o clássico da Disney, Fantasia, um marco a nível artístico e técnico, com som estereofónico, animação com cores e formas nunca antes vista. Desde então, apesar de aparecer em menos filmes (a Segunda Guerra Mundial levou a uma diminuição da produção dos estúdios mas também a novas estratégias e a novas personagens), Mickey ficou para sempre como o ícone da Disney - a tal ponto que uma das senhas das Forças Aliadas no Dia D, 6 de Junho de 1944, foi "Mickey Mouse".




Disney é o anfitrião óbvio da Disneyland, desde a sua inauguração em 1955. Em 1978, na celebração dos seus 50 anos, Mickey tornou-se a primeira personagem de animação a ter uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.

MARIA JOÃO CAETANO

DIÁRIO DE NOTÍCIAS


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António Inglês




BRASIL HUMILHA PORTUGAL COM UM EXPRESSIVO 6-2.


Brasil encerra jejum de golos em casa em grande estilo, vence batalha de craques contra Cristiano Ronaldo e Dunga ganha alívio após resultados ruins em 2008

Se antes de a bola começar a rolar para Brasil e Portugal nesta quarta-feira, na cidade-satélite do Gama, no Distrito Federal, a expectativa era pelo duelo entre o actual melhor do mundo, Kaká, e o provável futuro, Cristiano Ronaldo, ao final do jogo outro nome foi reverenciado por todos no Bezerrão: Luis Fabiano.

O atacante do Sevilha marcou três golos na impressionante virada brasileira para cima de Portugal por 6 a 2 e deixou o campo ovacionado aos 23 minutos do segundo tempo, quando foi substituído pelo “Imperador” Adriano. De quebra, ajudou a equipe de Dunga a acabar com dois incómodos jejuns: o de não marcar golos no país, que já durava três partidas (Argentina, Bolívia e Colômbia) e o de não vencer os portugueses, que incomodava os brasileiros desde 1989.

Completaram a goleada o lateral-direito Maicon, da Inter de Milão, o meio-campista Elano, do Manchester City, e Adriano, da Inter de Milão. Para Portugal, marcaram o meia Danny, logo aos cinco minutos de jogo, e o atacante Simão Sabrosa, no segundo tempo.
...

O jogo: O pontapé inicial dado por Pelé, o homenageado da noite no estádio Bezerrão pelo 39º aniversário de seu milésimo golo, parece ter inspirado o homem responsável por marcar os golos da equipe: Luis Fabiano.

O primeiro golo do jogo, no entanto, foi dos visitantes. Deco cobrou escanteio da esquerda, a zaga brasileira não cortou e a bola sobrou para o zagueiro Bruno Alves, que chutou forte. No meio do caminho, Danny, do Zenit, da Rússia, desviou “de letra” e abriu o placar logo aos cinco minutos: 1 a 0.

Quando tudo levava a crer que os visitantes poderiam complicar a vida do Brasil, o zagueiro Pepe, naturalizado português, mostrou que ainda tem sangue verde e amarelo correndo em suas veias e “ajudou” a equipe de Dunga.

Pressionado por Robinho, o zagueiro do Real Madrid entregou o ouro para o atacante do Machester City cruzar com perfeição para Luis Fabiano, com calma, dominar, empatar a partida e acabar com um jejum de três partidas da selecção sem balançar as redes em jogos disputados no Brasil: 1 a 1, aos nove minutos.

Reequilibrado, o Brasil passou a jogar melhor e chegou à virada aos 25. Kaká fez grande jogada pela direita, prendeu a bola e cruzou para trás. Luis Fabiano, bem colocado, fez o giro e bateu forte, sem chances para Quim: 2 a 1. Kaká ainda desperdiçou boa chance para ampliar antes da descida para os vestiários, mas o placar parcial ficou mesmo 2 a 1.

Massacre: Na volta para o segundo tempo, Cristiano Ronaldo, que levou a pior em uma dividida com Elano ainda na etapa inicial, não conseguiu fazer jus ao rótulo de favorito ao título de melhor jogador do ano e seguiu produzindo pouco.

Quem seguiu produzindo muito foi Luis Fabiano. Aos dez minutos, o atacante participou de linha de passe de alto nível junto com Elano e Robinho e serviu para a chegada do lateral-direito Maicon, que encheu o pé e aumentou: 3 a 1, para delírio dos torcedores.

O que já era alegria virou êxtase dois minutos depois. Maicon chegou ao fundo e cruzou para Robinho, que fez o giro e bateu forte. Quim rebateu nos pés de Luis Fabiano, que estufou as redes pela terceira vez na noite e transformou a virada em goleada: 4 a 1.

Simão Sabrosa, em nova falha da defesa, chegou a fazer 4 a 2 e diminuir o vexame, mas Elano, em um lindo chute quase sem ângulo marcou o quinto golo e fechou com chave de ouro o ano da selecção brasileira.

Ovacionado, Luis Fabiano deixou o campo para a entrada do “Imperador” Adriano, que lutou muito e deixou sua marca, de cabeça, fechando o massacre: 6 a 2. Cristiano Ronaldo, por sua vez, saiu em baixa: discutiu com Marcelo e levou cartão amarelo do árbitro, ao som das vaias do torcedor do Distrito Federal.

Gazeta Press



Comentário

Simplesmente humilhante este jogo que os portugueses não conseguiram nem souberam conduzir, quase desde os primeiros dez minutos da partida.

Portugal até entrou bem no jogo e logo aos cinco minutos marcou a primeiro da partida.

Mas as coisas não correram bem para Portugal que viu o Brasil empatar quatro minutos depois. Ainda na primeira parte o Brasil fez o segundo golo numa oferta de Natal do luso-brasileiro Pepe que facilitou a vida à selecção brasileira, começando aí o verdadeiro massacre que os canarinhos exerceram sobre a equipa das quinas.

A segunda parte, foi ver o marcador aumentar, ainda que Simão tenha feito o 4-2, e assistir aos gestos interessantes de Carlos Queiroz por cada golo que o Brasil marcava.

Na verdade, era mesmo de esconder a cara porque esta selecção nacional tem vindo de derrota em derrota, qual delas a mais fraca e os resultados são disso prova. Por cada novo jogo, nova e triste exibição portuguesa que não vence nem convence.

Tenho a certeza de que muitos portugueses, que como eu se aguentaram em pé para assistir ao jogo na TVI, suspiraram dúzias de vezes por Luís Filipe Scolari.

Este jogo foi mau de mais para ser verdade. Faltou força mental e anímica. Faltou fio de jogo e colectivo. Faltou um meio campo forte e esclarecido e esta madrugada faltaram pontas de lança e faltaram as nossas vedetas que estiveram completamente apagadas. Portugal não pressionou e as vedetas brasileiras, essas sim, fizeram toda a diferença. Mal comparado, fiquei com a sensação de que estava a assistir a uma prova entre um Ferrari e um Fiat 600, tal a diferença entre as duas equipas.

António Inglês

Fotos da Net