VILA DE SÃO MARTINHO DO PORTO
VILA DE SÃO MARTINHO DO PORTO
(Sua História)
PARTE V
Nos Paços de Estão, no ano de 1568, a 20 de Janeiro, foi aclamado Rei o jovem D. Sebastião.
El-Rei muito jovem e animado por sonhos de expansionismo, em que a opinião das Cortes não terá sido neutra, lança-se na conquista de África.
Na Santa Sé encontra compreensão, o Papa acredita na vitória de uma nova Guerra Santa.
No ano de 1577 começa-se a contratar, nos diversos centros da Europa, combatentes para aumentarem o nosso exército.
Fazem-se nos estaleiros de São Martinho do Porto, com madeira de pinhal de Leiria, a maior parte das caravelas que seguíram para Lisboa onde se juntaram a outras.
A 14 de Junho, no ano do Senhor de 1578, é benzido o estandarte Real, na Sé de Lisboa, e El-Rei D. Sebastião parte para Alácer-Kibir.
Mas o sonho de desfaz transformando-se em holocausto, pois na triste jornada de África, tombaram para sempre toda a Lusa Cavalaria que seguiu o jovem “Capitão de Deus”
Neste século foram aqui construídas duas grandes naus de 60 peças cada uma, “Nossa Senhora da Nazareth” e “Oliveirinha”, que cruzaram o Oceano em busca de novos mundos.
Era pois este porto de uma importância considerável.
Afluíam aqui muitas embarcações mas, com o passar dos anos e no século XVII no reinado de D. João IV, este porto estava modificado.
Quando em 1650 se mandou fazer nova averiguação, igual à que se tinha feito em 1501, viu-se que o porto desta Vila e Sede de Concelho, não podia conter senão navios de pequeno porte e o ancoradouro foi dado por muitos, como perigoso.
Mas as terras de São Martinho do Porto, Alcobaça e Salir, não tinham ainda uma verdadeira divisão.
Esta foi feita no reinado de El-Rei D. João V, século XVIII, o qual mandou passar um acordo em 7 de Novembro de 1741, que foi entregue ao Provedor de Leiria, para proceder à vistoria do lugar da Contenda e averiguar a verdadeira divisão das terras.
Nos princípios da Centúria seguinte, os Mestres António da Silva e Manuel Vicente, fizeram duas fragatas de 30 peças cada.
Com o passar do tempo e em 1757, notava-se já um grande aumento da população.
Contava-se com 193 vizinhos e o pároco da Vila era apresentado pelo D. Abade, o qual recebia um alqueire de trigo por cada fogo.
Mas lentamente o porto de São Martinho caminhava para a ruína.
(Continua)
José Gonçalves
6 comentários:
Ora mais um bocadinho de história muito bem contada. Agora imagine que tinha posto tudo isto num só post. Ou tinha que abreviar muito e ficávamos sem saber montes de coisas ou ninguém chega ao fim.
Um abraço e fico à espera do resto.
Boa noite Elvira
Sabia que Elvira é o nome de minha prima?
É Elvira Rosa, mas nós trata-mo-la por Bira.
Quanto a mais este bocadinho da história, eu sou bom aluno...ehehehe...
Um abraço e em breve teremos a história completa. Esta também era grande demais.
José Gonçalves
Mais um bocadinho de História muito interessante e até muito bem dividido, evitando, assim, a desmotivação de quem gosta de ler estes temas. Quanto aos pinhais dessa zona, vê bem , Zé, a importância que D.Dinis teve ao mandar plantar pinhais ao longo da costa.Contribuiu muito para o desenvolvimento de todas as actividades económicas do reino. Nessa altura, também já se havia dado por terminado o processo da reconquista cristã no nosso território peninsular e definidas as fronteiras através do Tratado de Alcanizes.Voltarei com tempo.
Beijinhos
Olá sophiamar
Esta acção de D. Dinis, permitiu ao país o desenvolvimento de muitas actividades económicas, como dizes, mas também ajudou as zonas litorais a consolidar os solos, e são fundamentais para a saúde pública.
Os teus comentários estão a ser imprescindíveis e constituem uma mais valia para complementar estes textos.
Agradeço-te esta colaboração preciosa minha amiga.
Um abraço
José Gonçalves
Olá
Vim fazer-lhe nova visita e perdi seu aniversário....meus parabéns!
Gostei de saber estas coisas sobre esta vila, da qual só me lembro de ter passado um ano na colónia balnear! Que recordações!Que histórias de que me lembrei!
Obrigado!
Beijos estrelados
Belisa
Senti as estrelas por aqui e vi que tinha estado cá.
Ainda bem. Obrigado pelos parabéns, mas minha amiga, aqui entre nós eu deixei de fazer anos, agora acumulo.
Um grande abraço
José Gonçalves
Enviar um comentário