sábado, 13 de outubro de 2007

BEM VINDOS

CERTIFICADO BLOG

CERTIFICADO

O meu amigo Joaquim Marques do Alcobaça e Não Só outorgou-me há já uns tempos este certificado, que eu desconhecia me tinha sido entregue.
Este facto, ficou a dever-se a uma incorrecta leitura que fiz do seu blog, meu amigo, que espero me perdoe.
Fico-lhe grato pela amabilidade e um dia destes retribuirei a mais uns tantos blogs onde gosto de ir.

SÃO MARTINHO DO PORTO



Umas quantas fotos foram tiradas a amigos de S. Martinho mas a grande maioria é do autor

SÃO MARTINHO DO PORTO é uma freguesia do Concelho de Alcobaça, com 15 Km2 de área e com cerca de 3.200 habitantes. Foi Vila e Sede de Concelho até ao ano de 1855.

A forma de Concha que esta Baía tem, um acidente geográfico, permite-lhe ser única no país e na Europa, sendo o último vestígio de um antigo golfo que se estendia no Século XVI, até Alfeizerão.

A Lagoa de Alfeizerão, sendo navegável desde o mar até à Tornada, permitia um porto de mar em Alfeizerão.

Hoje apenas resta a Concha de São Martinho do Porto, com uma barra de 250 m, cujas águas calmas lhe granjearam a fama de Praia das Crianças.

O povoado estende-se pelas encostas debruçadas sobre o mar, desde a capela de Santo António até ao Cais. Com o aumento da construção a sua área foi aumentando estando hoje quase ligada a Salir do Porto e a Alfeizerão.

Fundada pelos monges do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça no Século XIII, foi até aos finais do século passado, um importante porto de mar, que veio gradualmente a perder a sua importância, servindo hoje como porto de recreio e da apanha submarina de algas.

O assoreamento e a despoluição são preocupações constantes da população que vê desaguar nesta Baía o rio Tornada obrigando a cuidados especiais pois através dele chegam à baía muitos detritos arrastados pelas águas da sua corrente.

A concha tem cerca de 1200 metros de diâmetro em baixa-mar, não excedendo a barra mais de quatro metros de fundura. Mas a um quarto de légua para fora encontram-se logo fundos de quarenta metros.
O assoreamento tem sido um problema da baía ao longo dos tempos.

Em 1815 o coronel Gomes de Carvalho apresentou um projecto de restauração do porto de São Martinho orçado em 32 mil réis.

As obras iniciadas um ano depois permitiram a atracagem de sessenta navios. Muitas obras foram a seguir levadas a cabo na baía, registando-se os projectos dos engenheiros Tibério Blanc e Mourão.

Conhecido ficou também o projecto de Bento Fortunato de Almeida de Eça, de Fevereiro de 1888, que tinha por fim desviar os rios Tornada e Alfeizerão para fora da concha por meio de um túnel através do monte de Salir, a terminar na costa numa extensão de 890 metros. Era uma obra que iria orçar em 88 mil réis.

Como se vê as preocupações não são de hoje nem os projectos actuais uma novidade por aí além..."
A norte desenvolve-se a Serra dos Mangues, onde ainda são visíveis muitos moinhos que outrora serviam de ganha pão a parte da população.

Com características diferentes, em terreno mais plano e menos rochoso, Vale do Paraíso é o lugar da Vila onde os produtos agrícolas predominam, sendo depois vendidos no Mercado todas as manhãs.

Foi uma povoação essencialmente de pescadores, mas a sua população vive nos dias de hoje do turismo, alugando as suas casas aos muitos veraneantes que a esta Praia chegam todos os anos para passarem férias. Por essa razão esta Vila sofre uma aumento populacional assustador, passando dos seus 3.200 habitantes residentes para cerca de 50.000 nos meses de Verão.

Uma praia perfeita ao longo de uma baía deslumbrante. Um mar azul de suave quietude, paraíso para as crianças e para os desportos náuticos.

Desde o alto dos Miradouros do Facho e do Cruzeiro ou da Capela de Santo António, dá gosto ver a baía colorida por típicas traineiras amarelas e pelo rasto prateado dos pequenos barcos.

Tem a sua Igreja Matriz, na parte velha da Vila que se estende desde o Outeiro até à Falacha. De um lindíssimo miradouro, o Largo José Bento da Silva, agora em obras de requalificação, tal como a marginal, desfruta-se de uma soberba vista sobre a praia e o casario.

Neste largo está edificado o antigo Colégio José Bento da Silva, doado ao povo por este Comendador, ilustre benemérito da sua terra, onde hoje se encontram instalados os serviços da Sede da Junta de Freguesia e a Casa da Cultura José Bento da Silva.

São várias as Associações que em São Martinho existem, sendo as mais significativas, para além da já referida Casa da Cultura, o Clube Recreativo Concha Azul, a Gota de Amor- Associação de Dadores de Sangue, o Clube de Caça e Pesca, o Clube Náutico de uma importância fundamental para o desenvolvimento dos desportos náuticos, e agora remodelado e a Associação de Defesa do Ambiente.

No aspecto social, São Martinho do Porto está servida por uma Instituição de valor ímpar, no apoio aos idosos e aos pequenitos, a Fundação Manuel Francisco Clérigo, uma outra doação à população do homem que lhe deu o nome, tendo pois LAR de IDOSOS e ATL .

Seria injusto não falar aqui na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São Martinho do Porto, que actualmente serve a população da terra e as populações vizinhas e cujo empenho dos seus membros tem sido meritório na defesa e segurança de todos. Para eles um bem hajam pelo bem que desinteressadamente fazem a todos quantos a eles recorrem.

A gastronomia desta localidade, não sendo muito fértil, tem na qualidade a diferença dos seus pratos mais conhecidos: a Sopa de Navalheira, antigamente Sopa de Lagosta que era apanhada na nossa Baía mas que hoje deixou de por aqui aparecer, e a Massada de Peixe.

São muitos os restaurantes que servem esta Vila, o difícil será escolher e neles poderá comer, para além destas especialidades que penso, apenas por encomenda será possível encontrar, um bom peixinho fresco, uma boa mariscada ou outras especialidades mais correntes.

Na hotelaria, existem alguns Hotéis e Residenciais mas reconhece-se que mais seriam necessários para um maior desenvolvimento turístico, afinal a principal actividade desta terra. Faço uma referência ao antigo Hotel do Parque, verdadeiro ex-líbris da Vila, outrora uma grande e afamada unidade hoteleira, mas que hoje agoniza, quiçá aguardando a sentença de morte que tem sido retardada por razões que a razão desconhece ou pelo temor às reacções que tal decisão poderá acarretar na população.

Esperemos que os interesses dos senhores construtores civis não se sobreponham aos interesses do equilíbrio ambiental, arquitectónico e cultural.

Não é por ser a terra onde vivo, é por ser justo que aconselho quem me lê a num futuro próximo, agendar umas férias em São Marinho do Porto, a Praia das Crianças por excelência pois não oferece grande perigo devido à pouca ondulação das suas águas férteis em argila e gesso.

Por aqui ao longo dos anos da sua existência, esta terra foi terra de veraneio ou de acolhimento de alguns membros da realeza portuguesa, e mais recentemente de notáveis dos vários governos da República.

Em São Martinho do Porto têm casa muitas famílias nobres da nossa sociedade e por alguma razão esta linda Praia é conhecida pelo “BIDÉ DAS MARQUESAS”

O seu micro-clima permite-nos afirmar com segurança, que até o Inverno vem aqui passar o Verão. Cá vos esperamos.


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

SONHANDO


Clique em cima da imagem

Pelo Sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e do que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

UMA PROCISSÃO NAS FESTAS DA SENHORA DA PENEDA

Foto tirada da Net

Na postagem anterior, relativa ao Santuário da Senhora da Peneda, são evocadas as festividades em honra de Nossa Senhora da Peneda.

Estas festividades, como todas as que pelo nosso país fora são cartaz, têm a sua componente religiosa. Na região minhota, essa componente é marcadamente posta à evidência, sendo em muitos casos o principal evento do programa.

Aparentemente, poderia pensar-se que estas festividades, seriam mais umas, iguais ou parecidas a tantas outras, mas não. Estas têm realmente algo de especial, e disso vos deixo testemunho, através desta pequena descrição de uma procissão a que assisti ocasionalmente numa das muitas visitas que faço à Senhora da Peneda.

Há alguns anos atrás, em passeio por aquelas bandas, resolvemos fazer uma visita a este Santuário. Como o fizemos nos princípios de Setembro, acabámos por encontrar a Peneda em festa.

Na altura, estava a procissão a sair do Santuário, e nós respeitosamente colocámo-nos em local estrategicamente definido por forma a não perder-mos pitada de nada.

A procissão, desenrolou-se normalmente e foi passando diante dos nossos olhos , saltando à vista um pormenor demasiado repetitivo na maioria das mulheres que seguíam devotadamente a procissão. Todas ou quase todas iam vestidas de preto, o que numa primeira análise indiciaria um elevado número de viúvas na localidade.

Intrigados, por serem muitas, e por serem a maioria dos seguidores da procissão, resolvi no final, dirigir-me ao paraco que presidiu às cerimónias e questionei-o sobre o porquê de existir na Peneda tanta viúva. A resposta foi surpreendente:

- Não são viúvas. Nestas bandas, como deve saber, há poucas possibilidades de emprego, por isso os homens emigram e procuram fora da terra o sustento das suas famílias.

Ño dia em que saem, as suas mulheres envergam um traje negro, que simboliza a ausência que os maridos foram forçados a fazer, e só voltam a vestir de cor, quando eles regressarem a casa. Não quer isto dizer que não existam no meio desta multidão de mulheres algumas viúvas, mas essa não é a razão de tanto preto nestas gentes.

Nem precisei de perguntar porque seriam as mulheres a maior percentagem de acompanhantes da procissão. Era óbvio.

José Gonçalves



SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA PENEDA


Fotos tiradas da Net

“Volto hoje a falar de locais que me são particularmente queridos, não só por fazerem parte do meu Alto Minho, mas também por os considerar lugares sagrados de peregrinação onde vou com regularidade quando em férias estou por aqueles lados. Poderia utilizar palavras minhas para descrever todos eles, mas como prefiro ver aqui retratados pormenores que não saberia expor, utilizo a consulta da Net. Espero que me perdoem".

O SANTUÁRIO

O Santuário de Nossa Senhora da Peneda, em Arcos de Valdevez, na freguesia de Gavieira, a caminho da vila de Melgaço, tem como data provável de inicio da sua construção, finais do século XVIII, a julgar pela data inscrita na coluna existente ao cimo da escadaria de acesso.

Acredita-se que neste local tenha existido uma pequena ermida construída para lembrar a aparição da Senhora da Peneda, cujo culto foi crescendo e motivou a construção do santuário.

Este lugar de culto é constituído pelo designado, escadório das virtudes, com estatuária que representa a Fé, Esperança, Caridade e Glória, datada de 1854, a igreja principal, terminada em 1875, o grande terreiro, o terreiro dos evangelistas e a escadaria com cerca de 300 metros e 20 capelas, com cenas da vida de Cristo.

É um dos maiores Santuários Marianos de Portugal, situado numa vertente da granítica Serra da Peneda.
A sua origem é igual a quase todas as origens dos imensos locais de devoção que existem por todo o mundo: apareceu uma senhora mágica a uma pastorinha que lhe pediu para rezarem muito e para lhe erigirem uma capelinha e a partir dali, como diz o poeta, "Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce...".
Na Peneda realiza-se todos os anos, entre os dias 1 e 8 de Setembro, uma festa em honra da Senhora do mesmo nome.
Nesses dias, a pequena e pacata povoação transforma-se num centro de peregrinação de todo o Alto Minho e também da vizinha Galiza. Uns por devoção, outros para diversão, outros ainda para fins comerciais.
No "meu tempo", a festa da Senhora da Peneda era o culminar de um verão recheado de festejos religiosos, ponto de encontro de gente das diversas aldeias, roupa lavada, raparigas bonitas e alegres, bailaricos e aventuras amorosas...
E na Peneda havia disso tudo em abundância. Ali a noite era de folia. Os grupos de rapazes e raparigas com bombos, pandeiretas e castanholas atrás do tocador de concertina deslocavam-se incessantemente pelo terreiro. Onde houvesse espaço formava a roda e... era um espectáculo. Dezenas de pares formavam um círculo em torno do tocador de concertina, alguém assumia o comando e dançava-se a "chula" até cansar. Era impressionante o sincronismo do imenso grupo que se formava espontâneamente. E a nuvem de pó que envolvia toda a gente, na roda ou fora dela a observar.
Nas tascas improvisadas a música era outra. Também ali se ouvia o estridente som das concertinas mas era para acompanhar os cantadores ao desafio que improvisavam cantigas e bebiam vinho de zurrapa até não poderem mais...
O acesso era quase exclusivamente a pé. Saíamos de casa de madrugada, ainda noite, com o farnel que nos sustentaria pelo menos durante dois dias, pela serra fora, em grupo, que uma pessoa sozinha não se aventurava por aqueles montes de qualquer maneira.
Mas a parte mais importante da viagem era a gloriosa visão do santuário quando chegávamos às curvas da Meadinha. Pelo trilho de pedras abaixo viam-se os pagadores de promessas, quase sempre mulheres, arrastando-se de joelhos, uma forma de agradecerem as graças recebidas, muitas vezes acompanhados de filhos pequenos que eram invariavelmente as causas do desespero e do recurso à intercepção da Senhora.
Agora os procedimentos são diferentes. Vai-se de automóvel e pagam-se as promessas em numerário. É melhor para todos.

LENDA DA PENEDA

A Senhora da Peneda terá aparecido a cinco de Agosto de 1220, a uma criança que guardava algumas cabras, a Senhora apareceu-lhe sob a forma de uma pomba branca e disse-lhe para pedir aos habitantes da Gavieira, para edificarem naquele lugar uma ermida. A pastorinha contou aos seus pais, mas estes não deram crédito à história.

No dia seguinte quando guardava as cabras no mesmo local, a Senhora voltou a aparecer, mas sob a forma da imagem que hoje existe, e mandou a criança ir ao lugar de Roussas, pedir para trazerem uma mulher entrevada há dezoito anos, de nome, Domingas Gregório, que ao chegar perto da imagem recuperou a saúde.

ROMARIA DA SENHORA DA PENEDA

A Peneda era uma das "Brandas" que o povo do Soajo tinha pela serra. Por sua vez, o tombo de Castro Laboreiro em 1565 e ao falar da Peneda, menciona os nomes ermitão e rio do ermitão. Foi neste sítio que apareceu a milagrosa imagem da Senhora da Peneda ou das Neves. Duas versões típicas do "fantástico" do Alto Minho coabitam na tradição castreja.1ª versão: Em 5 de Agosto de 1520, a uma pastorinha da Gavieira quando andava com suas "rezes", a pareceu a Senhora. E seu "recado" foi:

  • Vai à Gavieira e diz a teus pais que muito desejo me ergam aqui uma ermida!
  • Estás tonta, rapariga (?) responderam os pais!

Voltou a pastorinha à "branda" e engongada lá deu a resposta à Senhora!

  • Não desanimes! Vais agora a Rouças e traz-me aqui a Domingas Gregório!
  • Como, disse o Maioral, se ela está entrevadinha há mais de dezoito anos!
  • Mas foi, repetiu a pastorinha, foi esse o "recado" da Senhora; "traz-me a Domingas Gregório para que nela cobre perfeita saúde".
Assim fez Juiz e Zelador. E diz o povo que Domingas, ao ver a Senhora, ficou livre e sã de todos os achaques que padecia!2ª versão: Muito semelhante à do "Santojinha" da Serra d’Arga (o Santo feito à pressa), diz-nos que a imagem de Nossa Senhora da Peneda teria sido encontrada por um criminoso natural de Ponte de Lima. Arrependido, permitiu-lhe a Senhora o Dom de a Ter descoberto e de a manter consigo depois de tantos anos estar oculta. É de cor morena e o corpo, menos de palmo, com o Menino Jesus no braço. De pedra, foi mais tarde substituída por outra de madeira e que, actualmente, se venera. A imagem de granito, dizem, foi roubada entre 1927 e 1936!


VOLTEMOS À HISTÓRIA!

Não há dúvida que foram muitos os cristãos que na invasão sarracena (Séc. VIII), esconderam os seus tesouros e imagens para não serem profanados. Que o topónimo ermitão e o rio de Ermitão tem algo a dizer, sobre a possibilidade da existência de uma ermida naquele lugar, tem.

Fosse como fosse, e respeitada a tradição, não há dúvida de que a devoção à Senhora da Peneda irradiou por todo o Minho, com a designação da Senhora das Neves na Segunda metade do Séc. XVI.

Ao longo do Séc. XVIII construíram-se mais quatro capela e uma VIA SACRA com treze estações. Em 1857 foi inaugurado pelo Padre Manuel Feliz Silvério Cerqueira, abade do Gerês, o escadório monumental, imitação do Bom Jesus, de Braga. Foi Francisco Barreiros, de Barbeita (arquitecto da nova Ponte do Mouro e do Pedro Macau), o escultor das estátuas que se levantam majestosas no escadório e que dão pelos nomes de Fé, Esperança, Caridade e Glória. Novo pórtico, os dos "Evangelistas" e, depois, já no terreiro, os quartéis e as "casas" da confraria. Por um escadório final de lanços duplos chega-se ao templo com duas torres na fachada.

Dentro, e a meio da tribuna do altar-mor, a imagem pequenina de Nossa Senhora da Peneda a contrastar com o monumental Santuário.

Nos outros altares, entre outras imagens: Santa Ana ensina Maria a ler. De pé, Joaquim contempla extasiado (alguns romeiros pegam na imagem de Maria Menina e tocam com ela na cabeça dos filhos "para aprenderem"); a Sagrada Família (de chapéu), em estilo maneirista; o aparecimento da Senhora das Neves ao criminoso de Ponte de Lima. Ao lado, um ex-voto de homem do mar, quem sabe do Portinho da Praia d’Âncora e da Senhora d’Abonância, que tantas afinidades tem com a Peneda.

"Não fazemos programa - é a Senhora da Peneda, e, por tradição, todos vêm cá", "Vêm à novena, que se realiza às nove horas da manhã e abre a romaria, que termina no dia oito.". A maior parte dos peregrinos fica nos cartéis que a Confraria, agora, com a ajuda do Programa PITER transformou em Albergue de Peregrinos e ainda um remodelado hotel e restaurante sem perderem a sua traça e características de "casas de peregrinos".

No dia 2, é o Sagrado Lausperene, com o Santíssimo Exposto...

No dia 6, é a procissão eucarística, às 5 da tarde, descendo a escadaria e voltando ao Santuário, com benção dada do coro.

No dia 7, é a procissão de velas, terminando no dia 8, com a Festa de Nossa Senhora da Natividade, com missa "instrumental" e procissão do "Adeus", às 11 horas.

A parte lúdica da festa traz-nos as cantigas ao desafio, as concertinas, a música popular. Calcula-se que serão várias as centenas de concertinas e cantadores ao desafio que nas noites de 6 para 7 e 7 para 8 irão demandar as terras da Peneda. Inevitavelmente a gastronomia faz parte também da romaria. E se alguns, muitos, levam o bem recheado farnel, outras há que, abancando nas diversas tascas e restaurantes saboreiam o delicioso "Pica no Chão", o Cabrito do Soajo, tenro dos retonços do Mezio, com ervas aromáticas destas paisagens; mas, também, o arroz de feijão com a posta da vitela Barrosã; ou os enchidos e fumados caseiros; os queijos frescos e os capitosos vinhos verdes ou, ainda, os saborosos doces, sobremesas tradicionais – Charutos de Ovos e os não menos conhecidos Rebuçados dos Arcos!... Sem esquecer as tortilhas e as empanadas ou mesmo o lacon com grelos dos nossos amigos galegos.

Enfim, uma variedade enorme de saborosos petiscos que nós aconselhamos na sua ida à Senhora da Peneda.ITER transformou em Albergue de Peregrinos e ainda um remodelado hotel e restaurante sem perderem a sua traça e características de "casas de peregrinos"

PERCURSOS DE AUTOMÓVEL NA ZONA DA PENEDA

“Itinerário: Arcos de Valdevez – Mezio – (Soajo) – Branda de Bordença – Adrão – Branda de Gorbelas – Branda de Rouças – Branda da Junqueira – Gavieira – Branda de Bosgalinhos – Branda de S. Bento do Cando – Branda de Bouça dos Homens – Baleiral – Senhora da Peneda – Bico de Pássaro – Lamas de Mouro – Portelinha – Travessa – Castro Laboreiro”.

Trata-se de um percurso aberto, que pode ser iniciado em Arcos de Valdevez ou em Castro Laboreiro. Apesar do nome, este percurso não passa apenas por brandas, cobrindo também os lugares mais importantes da serra da Peneda e de uma parte da serra do Soajo. As brandas visitadas neste percurso são brandas de cultivo: pequenos aglomerados de casas servidas por leiras, onde se cultiva a batata e o centeio, e por «paúlos» de feno que medra espontaneamente na primavera.

De Arcos de Valdevez siga para o Mezio. Se não conhecer o Soajo, pode fazer um pequeno desvio para conhecer esta aldeia serrana. Logo à entrada da povoação, encontra o seu núcleo de 24 espigueiros, cujo mais antigo data de 1782. Junto à capela, pode ver um moinho em ruínas designado por moinho do convento. Coberto pela vegetação, ainda possui cobertura e alberga os equipamentos de moagem. Não deixe também de parar para ver o pelourinho, que é um testemunho do tempo em que esta população serrana foi vila. Sobre três degraus assenta a coluna, em cuja parte superior, sem capitel, aflora uma carta rudemente lavrada. No alto da coluna, insolitamente, existe uma grossa laje de forma triangular. Segundo a tradição, o Pelourinho do Soajo, representa o pão a esfriar na ponta de uma lança. Visite também a Ponte da Ladeira, cuja característica principal é um único arco de aduelas estreitas, construído sobre as bases sólidas de dois paredões, que originam um tabuleiro em dupla rampa ou um pequeno cavalete com parapeitos baixos.

Pode agora passar pela Branda de Bordença, Adrão, Branda de Gorbelas, Branda de Rouças e Branda da Junqueira até Gavieira, onde pode ver os espigueiros colectivos e as seidas. As seidas são cabanas que servem de abrigo às pessoas que levam o gado até ao monte. Durante a noite, a lareira mantém-se acesa, com o intuito de manter afastados as cobras e outros animais. A sua construção é de pedra, sendo de forma redonda.

Continue pela Branda de Bosgalinhos e Branda de S. Bento do Cando, onde pode visitar a Capela de S. Bento do Cando, que foi construída no séc. XVII. A Capela, os quartéis dos participantes da novena e o cruzeiro constituem um conjunto digno de visita. S. Bento do Cando era o lugar de paragem e de repouso do caminho obrigatório que ligava os principais conventos beneditinos de Braga a Melgaço. Já em 1758 esta capela um grande centro de romagem.

Siga então para a mais distante de todas as brandas, a Branda da Bouça dos Homens, que se situa no limite do PNPG. Depois de a visitar, faça o percurso inverso até atingir novamente a Branda de Rouças, de onde segue então para a Senhora da Peneda. O Santuário foi construído desde o final de século XVIII até ao séc. XIX. O estilo neoclássico predomina, embora em certas partes ainda esteja presente o estilo Barroco. Possui uma escadaria de dois lanços de 300 metros em linha recta. No cimo existe um pórtico, que tem ao centro uma coluna, com a data de 1787, que suporta a figura do Anjo da Guarda. Ao longo do escadório, estão as capelas que descrevem a vida de cristo. Do cimo da escadaria pode ver a povoação da Peneda, do outro lado do vale, que parece um presépio, com os seus campos, casas e espigueiros.

Siga em direcção a Lamas de Mouro e, daí, para Castro Laboreiro, onde pode visitar o Castelo. Embora algumas referências documentais permitam sustentar que existiria um castelo anterior, a fortificação actual data da segunda metade do séc. XII e a sua edificação é geralmente atribuída a D. Dinis. A planta revela padrões góticos bem patentes na integração de cubelos e pequenos torreões nos panos da muralha da alcáçova. Arruinado e parcialmente desmontado no séc. XIX, conheceu na segunda metade deste século uma pequena intervenção de limpeza e conservação. A Igreja Matriz é de Estilo Românico, do século XII. No telhado, no canto superior direito, pode ver-se um relógio de sol com a inscrição das horas em numeração romana. O Pelourinho, um dos pontos fulcrais desta localidade, é de estilo manuelino e data de 1560.

Visite também as várias pontes que existem por esta localidade, como a Ponte da Dorna, Ponte da Capela, Ponte da Cava Velha, etc.

Se quiser, pode ainda fazer, em todo-o-terreno ou a pé, o trilho de Castro Laboreiro.

Na zona de Castro Laboreiro existe uma Mancha Megalítica dispersa por uma área superior a 50 km2, pontuando a despida vastidão planáltica da parte nordeste da freguesia de Castro Laboreiro, a uma altitude superior a 1100 m. Nesta mancha existem cerca de uma centena de monumentos megalíticos.

O percurso é feito por um estradão e o itinerário é o seguinte: Castro Laboreiro - Rodeiro - Alto da Portela de Pau - Pedra Mourisca - Alto dos Cepos Alvos - Portos – Varziela - Castro Laboreiro. Também pode ser feito a pé.

Textos e fotos tirados da Net nomeadamente do site da Região de Turismo do Alto Minho


NÃO RESISTO


Foto tirada da Net

Meus amigos, não resisto.
Hoje, relendo o Jornal “A Bola” de Terça-Feira dia 9 de Outubro de 2007, que é o que faço durante os dois ou três dias após a compra dos diários desportivos, dei de caras com um artigo publicado na coluna Segunda a fundo, da autoria de Carlos Pereira Santos, com o título de : Portugal Bobone.
Paula Bobone, ilustríssima figura do Jet-Set nacional, dispensa apresentações e faz frequentemente afirmações que nos põem de cara à banda.
Eu sei que a culpa não é dela, mas sim de quem dá ouvidos a estas “tiradas” ou até mesmo daqueles que lhe deram a possibilidade de ter a projecção que hoje tem.
Por isso, em jeito de reflexão, deixo-vos com um extracto deste artigo que nem precisa de mais comentários...

Diz o artigo:

...“ Continuo preocupado, outra vez. Não percebo, por exemplo, porque é que não exportamos a Paula Bobone, que tem afirmações bizarras e outras mirabolantes, do
género, «sofro mais com uma árvore cortada do que com um enforcado numa corda».
De acordo. Aliás, acho que todos os portugueses sofrem mais com uma árvore cortada do que com um enforcado numa corda. Melhor, os portugueses sofrem mais com uma flor arrancada do que com um enforcado numa corda. Aqui somos todos parecidos.
Adoramos árvores e flores. Ou, caindo na realidade detestamos a Bobone. Este Portugal Bobone é uma feira de vaidades. Que irrita...

Elucidativo o artigo. Elucidativas as afirmações de Paula Bobone. E se pensam que estas frases “brilhantes” ficam por aqui enganam-se, pois fiquem com mais algumas...

Numa recente edição da "Grande Reportagem", Bobone deixa-nos esta pérola:

- "Os sem-abrigo deviam assumir a sua condição".

Ou ainda esta:

- "Gosto de me enfeitar como se fosse uma árvore de Natal a 25 de Dezembro. As portuguesas ainda têm um ar cinzento e pouco audaz."

E mais esta:

- “No Verão há grande promiscuidade física. A falta de maneiras arrepia, já viu o que é ir até à Costa da Caparica e ter de me deitar ao lado de alguém que não conheço de lado nenhum?”

Ou esta:

- "A Praia da Rocha está civilizada. Tem uma coisa que eu odeio, que são os ecopontos, isso é mais uma bimbalhada à portuguesa”, feita à revista Focus.

Para terminar deixo-vos duas entrevistas a orgãos de informação nacionais, ao DN e ao Semanário Sol.

AO DN:

"O que aprecia mais nos seus amigos?
- Que me telefonem.
A sua ocupação favorita?
-«Paspalhar» no fim-de-semana.

Qual seria a sua maior desgraça?
- Perder a agenda.
O pássaro preferido?

- A borboleta.

As suas heroínas na ficção?
- Branca de Neve, porque teve sete anões para a ajudar num momento difícil da sua vida.

O que mais detesta?
- Responder a questionários.
Como gostaria de morrer?
- Num trono doirado com anjinhos à volta, ouvindo canto gregoriano, vestida de Chanel, bebendo Coca-Cola.
Defeitos que lhe inspiram mais indulgência?

- A inveja dos «caretas». Tenho pena dos inferiores."

AO SEMANÁRIO SOL

Faltam mulheres na politica?

- Faltam.

O que poderiam trazer de diferente?

- Nunca vi uma mulher em guerra.

Margaret Tatcher...

- Oiça,...Por acaso aí já me calou...

Que mulheres é que vê na politica Portuguesa com capacidade?

- Não vejo nenhuma. Dê-me uma ajuda.

Manuela Ferreira Leite?

- Dizem que é boa, mas não percebo muito de finanças. Os tipos das finanças estão ao nível dos astrólogos. Aquilo que prevêem nunca acontece.

Nada tenho contra Paula Bobone. Nada tenho a favor de Paula Bobone. Mas com afirmações destas é preciso ter alguma coisa ou dizer mais alguma coisa? Apenas o que Carlos Pereira Santos afirma no fim da sua coluna de A Bola:

Em Portugal até a Bobone tem perdão!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

9 DE OUTUBRO DE 1261 NASCIA O 6º REI DE PORTUGAL – D. DINIS

D. DINIS – O Lavrador, O Rei-Agricultor, O Rei-Poeta e O Rei-Trovador

D. Dinis foi o sexto rei de Portugal. Filho de D. Afonso III e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X de Castela, foi aclamado em Lisboa em 1279.

Foi cognominado O Lavrador ou O Rei-Agricultor, pelo impulso que deu no reino àquela actividade, e ainda O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador, pelas Cantigas de Amigo e de Amor que compôs, e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca a que se assistiu no seu reinado. Foi o primeiro rei português a assinar os seus documentos com o nome completo. Presume-se que tenha sido o primeiro rei português não analfabeto

ADMINISTRAÇÃO

Como herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, o país encontrava-se em conflito com a Igreja Católica. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o Papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Salvou a Ordem dos Templários em Portugal através da criação da Ordem de Cristo, que lhe herdou os bens em no reino português depois da sua extinção e apoiou os cavaleiros da Ordem de Santiago ao separarem-se do seu mestre castelhano.

D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a Paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.

A sua prioridade governativa foi essencialmente a organização do reino: continuando a vertente legisladora de seu pai D. Afonso III, a profusa acção legislativa está contida, hoje, no Livro da Leis e Posturas e nas Ordenações Afonsinas. Não são "códigos" legislativos tal como os entendemos hoje, mas sim compilações de leis e do direito consuetudinário municipal, alteradas e reformuladas pela Coroa.

Com efeito, a incidência de questões de carácter processual com igual peso ao carácter de direito positivo das suas leis, denuncia a crescente preocupação do rei em enquadrar o direito consuetudinário (ou costumeiro) no âmbito da Coroa, e em efectivar o seu poder no terreno. As determinações sobre a actuação de alvazis (oficiais concelhios), juízes, procuratores e advocati demonstram isto, já que um poder meramente nominal sobre todos os habitantes do Reino, como era típico na Idade Média, não se compatibiliza com este esforço em esmiuçar os trâmites jurídicos, ou em moralizar o exercício da justiça. A criação de corregedores denuncia claramente o início do processo de territorialização da jurisdição da Coroa, extravasando os domínio régios, a par da crescente importância da capitalidade de Lisboa.

O reinado de D. Dinis acentuou a predilecção por Lisboa como local de permanência da corte régia. Não existe uma capital, mas a localização de Lisboa, o seu desenvolvimento urbano, económico e mercantil vão fazendo da cidade o local mais viável para se afirmar como centro administrativo por excelência.

A articulação entre o norte e o sul do país - este sul que se torna alvo da maior atenção e permanência dos reis - fazem de Lisboa centro giratório para tornar Portugal viável. Entre o norte, onde a malha senhorial é mais densa e apertada, e o sul, onde o espaço vasto conquistado aos mouros implanta sobretudo os domínios régios e as ordens militares, assim como vastos espaços de res nullius e torna Portugal um reino onde duas realidades diferentes se complementam.

Preocupado com as infra-estruturas do país (ver discussão), D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro. Fomentou as trocas com outros reinos, assinou o primeiro tratado comercial com o rei de Inglaterra em 1308 e criou o almirantado, atribuído como privilégio ao genovês Manuel Pessanha, e fundando as bases para uma verdadeira marinha portuguesa ao serviço da Coroa.

D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras, criando as chamadas feiras francas ao conceder a várias povoações diversos privilégios e isenções. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.

ÚLTIMOS ANOS E MORTE

Os últimos anos do seu reinado foram marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. Afonso IV, receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, D. Afonso Sanches o espoliasse do trono, exigiu o poder e combateu o pai. Nesta luta teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel que, em Alvalade se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de batalha.

D. Dinis morreu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325, e foi sepultado no Mosteiro de São Dinis, em Odivelas. Tem como descendente também o Papa Bento XIII, que foi papa de 1724 a 1730.

Fotos e textos tirados da Net


EM 9 DE OUTUBRO DE 1867, O ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA COMPRAM À RUSSIA O ALASCA


ESTADOS UNIDOS E RÚSSIA NEGOCEIAM O ALASCA

O Alasca é um dos 50 Estados dos Estados Unidos da América, e é o maior Estado do país em extensão territorial, sendo maior do que os estados americanos de Texas, Califórnia e Montana juntos, respectivamente o segundo, o terceiro e o quarto maiores Estados do país. O Alasca é também o Estado mais escassamente povoado dos EU, com uma densidade populacional de 0,42 hab/km², a menor entre os 50 Estados. O Alasca tem menos habitantes do que qualquer Estado americano com excepção de Wyoming e do Vermont. Se fosse um país independente, o Alasca seria o 19° maior país do mundo em extensão territorial. Relativamente isolada do restante do país, o Alasca é considerado parte dos Estados do Pacífico.

É o Estado mais setentrional e ocidental dos Estados Unidos. É também considerado por alguns como o Estado mais oriental do país, sendo que duas das ilhas do Arquipélago dos Aleutas estão localizadas no Hemisfério Oriental. A maior parte da população do Alasca vive na região sul e sudeste do Estado. Sendo escassamente povoado, tem por causa disso, o cognome oficial de The Last Frontier (A Última Fronteira). O Alasca é uma península, cercado por três lados por corpos d' água, e faz fronteira somente com o Canadá, território de Yukon e província de Colúmbia Britânica. É um dos dois Estados americanos que não fazem parte dos Estados Unidos continental, os 48 Estados localizados entre o Canadá e o México. O segundo Estado é o Havaí.

O nome Alasca provém da palavra aleutiana - um idioma esquimó - Alyeska, que significa "Grande País" ou "Grandes Campos". O Alasca foi comprado pelos EU à Rússia em 9 de Outubro de 1867, graças à insistência do então Secretário de Estado americano William Seward, por 7,2 milhões de dólares. À época, Seward foi criticado por outros políticos e ridicularizado por muito da população americana pela sua decisão, uma vez que boa parte da população americana acreditava então que o Alasca não passava de uma região imprestável e coberta de gelo. Porém, descobertas de grandes reservas de recursos naturais desde então atraíram milhares de pessoas à região. Em 1959, o território do Alasca foi elevado à categoria de Estado, tornando-se o 49º Estado americano.

O ALASCA

Esta é sem dúvida uma região muito interessante e com muitas coisas a descobrir. É o maior estado dos Estados Unidos da América e ocupa a extremidade Noroeste da América do Norte. Tem uma área de 945 000Km2 e menos de 62 0000 habitantes. Conhecida como a terra dos contraste, o Alasca esconde riquezas e uma grande diversidade, desde regiões geladas até um deserto. No Verão o Sol chega a brilhar durante 24 horas, ao contrário do Inverno em que não se vê um raio de Sol, nas regiões mais a Norte do estado. Este estado para além dos mais de três milhões de lagos possui também o maior número de geleiras activas do planeta, são mais de 100 000.

Fotos e textos tirados da Net

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A VIAGEM AO DOURO



A VIAGEM

Não sou muito dado a viagens de autocarro e por isso quando nos surgiu o convite , vacilei um bocado, confesso. Durante uma horinhas mantive comigo mesmo uma luta sem tréguas. De um lado tinha a cabeça a funcionar (mal) aconselhando-me (mal) para não ir, por outro lado o coração (bem) a obrigar-me a pensar (bem) fazendo-me sentir que os meus receios eram infundados.

A verdade é que o programa era demasiado aliciante e portanto algum deles teria de ficar a perder depois de analisados minuciosamente, todos os pormenores da viagem. Perdeu quem funcionou mal, a cabeça e ainda bem. Hoje consegui até que os dois estivessem de acordo, depois deste fim de semana absolutamente alucinante.

Numa primeira etapa, aquela que me preocupava mais, a viagem de autocarro levou-nos até Vila Real onde, surpresa das surpresas, decorria o Circuito Internacional de Vila Real, prova que já não se realizava há uns bons anos em virtude de ter havido mais um acidente que ceifou a vida a um espectador e mandou para o hospital alguns outros. Emocionantes os treinos livres a que tivemos oportunidade de assistir por mero acaso. Com a adrenalina ao rubro lá fomos almoçar, que o tempo era pouco para tudo aquilo a que nos proponhamos. Como primeiro impacto emocionante não começámos mal.

Já estão a imaginar o estado de espírito que invadiu todos os meus companheiros de viagem, alguns dos quais nunca tinham estado a um kilómetro de tais máquinas voadoras”,
quanto mais poder v
ê-las passar ali tão perto de nós, que estivemos encostadinhos aos " rails " que protegem o circuito. Não era apenas o barulho, também a velocidade que os carros atingiam naquela pequena recta do traçado nos transportavam para outra galáxia.

Depois de almoço, numa rápida viajem até ao Pinhão embarcámos então no " Douro Azul " que nos havia de transportar até à Régua, não sem antes sermos de novo surpreendidos com um turístico comboio de locomotiva a vapor, que estacionado na Estação da CP do Pinhão impedia que cumprisse-mos o horário para o nosso cruzeiro fluvial. Tantas emoções e tão fortes mesmo antes de sentirmos aquela que nos levou a realizar este sonho que eu e minha mulher guardávamos há tanto tempo.

E começou o nosso cruzeiro.
Que vos posso dizer? Que n
ão encontro as palavras certas para descrever todas as imagens que nos foram aparecendo à medida que descíamos o Douro. Simplesmente fabulosas.

O nosso " Douro Azul " estava apinhado de gente que como nós ali foi satisfazer a curiosidade, por isso resolvemos ficar pelo interior do Barco, embora viesse-mos com frequência cá fora, encher as nossa máquinas fotográficas de recordações que irão perdurar ao longo dos tempos. Aqui neste meu cantinho, nada melhor se enquadraria que estas imagens POR ENTRE MONTES E VALES.

A BARRAGEM DE BAGAÚSTE

Foram momentos inesquecíveis, os vinhedos das encostas, as famosas casas do vinho do porto, o rio, a chegada à barragem. Tudo de pé cá fora de olhos bem abertos e com muito respeitinho por tudo aquilo que se iria passar.

Lentamente, o Douro Azul entrou no estreito canal entre comportas onde se imobilizou para que se procede-se ao esvaziamento daquele compartimento. Devagarinho também, o nível da água começou a descer e o nosso barco foi acompanhando esse movimento. A visão que tínhamos até então, deixou de existir e por momentos ficámos com a sensação de que estávamos a entrar num poço, bem fundo. A comporta que se tinha elevado nas nossas costas formava agora uma imensa muralha de onde jorrava água em pequenas quedas que nos davam uma imagem lindíssima.

À nossa frente, pelo contrário, a muralha que nos foi aparecendo lentamente à medida que o nível da água descia, começou devagarinho a subir, abrindo perante nós de novo o Rio Douro em toda a sua magnitude, embora a um nível diferente. Para trás ficara a Barragem de Bagaúste, onde dezenas de pessoas se debruçaram observando toda a manobra do desnivelamento. Um pequeno lanche a bordo e um Porto de estalo, encerraram com distinção esta etapa inesquecível.

CASA DE MATEUS

Como o sábado, dada a hora, deixava margem para manobra, entenderam os organizadores nossos amigos que poderíamos ainda visitar a Casa de Mateus que está situada a cerca de 5 km de Vila Real. Não se sabe ao certo quando começou a ser construída, mas sabe-se que em 1760 estavam concluídos os alicerces e as paredes. Esta casa, pertença dos Condes de Vila Real, é considerada um dos mais belos solares de Trás-os-Montes e até mesmo do país, e, segundo alguns, o seu projecto arquitectónico deve-se ao famoso Nicolau Nasoni. Foi mandada erigir por António José Botelho Mourão, avô do Morgado de Mateus D. José Maria de Sousa Botelho e Vasconcelos, embaixador em Paris.

Recheada de belo mobiliário, com os tectos e as sanefas feitos em castanho trabalhado, a Casa de Mateus é, desde 1971, uma fundação privada dirigida pela família, que ali organiza cursos de música, o prémio literário D. Dinis, exposições de artes plásticas, concertos, congressos e seminários. Integrado no solar surge uma biblioteca, onde poderá encontrar uma notável edição de Os Lusíadas de Luís de Camões , o museu riquíssimo e a capela, cuja construção foi concluída em 1750 e, na face frontal sobressai um bonito espelho de água com uma escultura no meio da autoria de João Cutileiro, provavelmente a perspectiva mais conhecida da Casa de Mateus, uma das jóias do período barroco em Portugal. Aqui é produzido o "Mateus Rosé", conhecido em todo o mundo.
Visit
ámos o palácio, brilhantemente descrito por uma amável guia que nos contou minuciosamente tudo o que quisemos saber. De saída passámos pela adega onde já não assistimos ao pisar das uvas que tinha acabado de ali acontecer. Saímos já noite e iniciámos a nossa viagem até Mangualde onde pernoitámos.

MANGUALDE E VISEU

No domingo, a hora de partida foi retardada, que o dia anterior tinha sido fortíssimo pelo esforço físico e pelas emoções que estavam à flor da pele.

Em Mangualde, subimos então à Srª do Castelo onde aquele Santuário ficou registado nas nossas memórias, pelo seu interior e pormenor. Do miradouro que fica no cimo do monte, bem na sua frente, os nossos olhos captaram imagens de uma rara beleza.

Viseu foi a visita que se seguiu e a cidade deixou -nos impressionados pelo seu desenvolvimento e pelas vias de acesso de que a cidade está servida.

A qualidade de vida em Viseu não são palavras vãs, pois dá gosto viver ali, adivinha-se. O comércio está em franca expansão e a parte velha da cidade, com grande parte dos edifícios recuperados, deixa-nos com a certeza de Viseu ser uma cidade cuidada.

A sua lindíssima Sé, o Museu Grão Vasco, e a Igreja da Misericórdia foram visitas a não perder, e a elas voltarei, seguramente com o meu filho que a história escreve-se por ali.

Depois de um almoço bem recheado e bem regado, inicmos a viagem de regresso, e não fora a boa disposição que irradiava da cara de todos, pela satisfação de terem participado em tão belo passeio, e esta última etapa da viagem ter-nos-ia trazido alguma desilusão, uma vez que grande parte do percurso foi feito a passo de caracol, obrigando-nos a chegar a casa tarde e a más horas.

Rapidamente esquecemos o pormenor porque tudo o resto é para lembrar e a avaliar pelas promessas, para repetir.