sábado, 22 de setembro de 2007

CONSTRUÇÕES NA AREIA ALGARVE 2007




" Há alturas na vida em que os amigos resolvem surpreender-nos, especialmente se são verdadeiros.
Esta foi uma delas, e por isso não pude deixar de partilhar convosco as belas fotos que um desses casais que fazem o favor de nos aturar de vez em quando, nos enviou.
A beleza das fotos é de tal ordem que as palavras fogem sem disso dar-mos conta.
Sem mais demoras deixo-vos com as imagens para que se deliciem e fiquem a saber que esta exposição se passou em Portugal, no Algarve, algures entre Armação de Pêra e Algoz, e contou com inúmeros artistas, nacionais e estrangeiros.
Fiquem bem "

PROVÉRBIO DO DIA

" Cada um vê mal ou bem, conforme os olhos que tem "

AQUILINO RIBEIRO NO PANTEÃO



Aquilino Ribeiro, 44 anos depois da sua morte, torna-se o décimo português a ter honras de Panteão. É, segundo Baptista Bastos, um homem que teve sempre um compromisso com a liberdade. Dele, ficaram 69 obras publicadas onde está patenteada toda a riqueza da língua Portuguesa.

Aquilino Ribeiro já está no Panteão. Algumas vozes, poucas, discordaram. É normal. Sucedeu o mesmo com Amália Rodrigues e Humberto Delgado, como deve ter sucedido com todos os outros inquilinos. Se ninguém discordasse era um forte sinal de que não mereceria estar lá. A unanimidade não engrandece, diminui.

AQUILINO RIBEIRO : Biografia de um «obreiro das letras»

«O Malhadinhas» e «A Casa Grande de Romarigães» são dois dos títulos que celebrizaram em vida o escritor Aquilino Ribeiro, autor prolífico que se considerava um «obreiro das letras» e trabalhou quase até morrer, em 1963.
Tinha então 77 anos e fora pouco antes homenageado pelos seus 50 anos de carreira - começou a publicar em 1913, com o volume de contos «Jardim das Tormentas».
Nasceu a 13 de Setembro de 1885 em Carregal de Tabosa, distrito de Viseu, filho de um padre, Joaquim Francisco Ribeiro, e de Mariana do Rosário Gomes, que cedo decidiram que seguiria o sacerdócio.Frequentou o Colégio da Senhora da Lapa, em 1895, depois foi para Lamego e em seguida para Viseu, em 1902, estudar Filosofia, mas por pouco tempo, tendo ido logo para o Seminário de Beja, de onde foi expulso em 1904. Na sua obra de ficção, há referências a essa época em «A Via Sinuosa», no díptico «Cinco Réis de Gente» e «Uma Luz ao Longe», em que a acção decorre precisamente no Colégio da Lapa. Também nas suas memórias publicadas postumamente, «Um Escritor Confessa-se», fala da sua juventude, embora se trate de um volume sobretudo constituído por relatos de um período de activismo político, igualmente ficcionado no romance «Lápides Sinuosas», continuação da história de «A Via Sinuosa». Foi a época em que Aquilino viveu em Lisboa, a partir de 1906, embora com alguns intervalos, e durante a qual publicou artigos de opinião em jornais como o republicano A Vanguarda e fez traduções. Desse período data ainda o folhetim «A Filha do Jardineiro», que escreveu com José Ferreira da Silva - um misto de propaganda republicana e crítica feroz às figuras do regime monárquico, começando pelo rei D. Carlos. Devido às posições pró-republicanas que assumiu, acabou por ser preso em 1907, depois da deflagração de caixotes de explosivos que se encontravam na sua casa, que causou a morte de dois correligionários. Depois de ter conseguido fugir, em circunstâncias rocambolescas, da esquadra onde estava preso - episódio que conta nas memórias - passou à clandestinidade em Lisboa e partiu para Paris. Aí frequentou o curso de Filosofia da Sorbonne, tendo como professores mestres como George Dumas e Émile Durkheim, e manteve contacto com intelectuais portugueses que tinham abandonado o país também por razões políticas. Apesar do curso, da política, dos projectos editoriais desenvolvidos com os companheiros de exílio - alguns dos quais refere em «Leal da Câmara», uma biografia do pintor -e das crónicas enviadas para Portugal, ainda escreveu o volume de contos «Jardim das Tormentas». Em Paris conheceu Grete Tiedemann, com quem se casou e teve um filho, e regressou a Portugal, já com a família, em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, deixando incompleto o curso de Filosofia. O seu diário «É a Guerra» relata a vida na capital francesa nesse período. Em Portugal, trabalhou durante três anos no Liceu Camões, escreveu crónicas para a imprensa - actividade que desenvolveu regularmente ao longo da vida - e ocupou depois o cargo de segundo bibliotecário na Biblioteca Nacional. Um bibliófilo com particular apetência pelos livros antigos e raros, essa função deu-lhe a oportunidade de fazer trabalhos de investigação incluídos nos Anais das Bibliotecas e Arquivos, entre outras publicações. Manteve também, com alguns colegas, uma actividade cívica que adquiriu maior visibilidade na revista Seara Nova, determinante na difusão dos ideais republicanos e na evolução da atribulada vida política da I República. O seu lado activista reflectiu-se ainda nos últimos anos da monarquia e novamente na participação, em 1927, na revolta frustrada contra a ditadura militar após o golpe de 28 de Maio de 1926, que o levou a refugiar-se em Paris. De volta a Portugal, participou mais uma vez numa acção contra o regime, no chamado movimento do regimento de Pinhel, foi detido e levado para a prisão do Fontelo, em Viseu, de onde fugiu também, acabando por regressar a Paris. «O Arcanjo Negro», escrito em 1939-40 mas publicado só em 1947, por causa da censura, e «o Homem que Matou o Diabo» são duas obras de ficção para cujo enredo o autor aproveitou as suas experiências de activismo político. Nos anos 20, tinha já publicado duas obras que, juntamente com «Terras do Demo» e «A Casa Grande de Romarigães», constituem dois dos seus títulos mais emblemáticos: «O Malhadinhas», inicialmente integrado no volume de novelas «Estrada de Santiago» (1922) e depois em edição independente e «Andam Faunos pelos Bosques» (1926). Depois da morte da primeira mulher, em 1927, casou-se com Jerónima Dantas Machado, filha do ex-presidente da República Bernardino Machado, deposto por Sidónio Pais, e tiveram um filho, Aquilino Ribeiro Machado, em 1930. Terminado o exílio em 1932, ano em que regressou clandestinamente a Portugal, foi amnistiado - depois de ter sido julgado à revelia e condenado em 1929 - e pôde, então, instalar-se em Lisboa e dedicar-se por completo à produção ficcional, às traduções, ao trabalho ensaístico e à colaboração na imprensa. Em 1933, o volume de novelas «As Três Mulheres de Sansão» recebeu o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa, da qual se tornaria sócio efectivo em 1957. Tornaram-se lendárias as tertúlias que frequentava ao fim da tarde no Chiado, à porta da Bertrand, que era a sua editora, bem como notório o seu não-alinhamento com qualquer dos movimentos literários de que foi contemporâneo (modernismo, presencismo, neo-realismo) Além de nunca ter abdicado da sua originalidade, nunca desistiu também da consciência política e cívica que o acompanhou desde a juventude, pelo que continuou a participar em acções contra a ditadura salazarista quando regressou do exílio, aderiu ao MUD (Movimento de Unidade Democrática), apoiou, em 1948-49, a candidatura presidencial de Norton de Matos, fez parte da Comissão Promotora do Voto e em 1958 participou na candidatura de Humberto Delgado à presidência da República. Em resultado de mais de 20 anos de persistência na defesa da criação de uma instituição que reunisse os escritores, conseguiu, em 1956, com alguns contemporâneos, fundar a Sociedade Portuguesa de Escritores, de que foi presidente. Além da trasladação, quarta-feira, para o Panteão Nacional dos seus restos mortais, outras provas houve, em vida ainda, do reconhecimento do seu talento literário, como a apresentação da sua candidatura ao prémio Nobel. Proposta por Francisco Vieira de Almeida, foi subscrita por figuras como José Cardoso Pires, David Mourão-Ferreira, José Gomes Ferreira, Maria Judite de Carvalho, Urbano Tavares Rodrigues, Vergílio Ferreira, Joel Serrão, Mário Soares, Vitorino Nemésio, Alves Redol e João Abel Manta, autor das ilustrações da primeira edição de «A Casa Grande de Romarigães», em 1957, agora reeditada pela Bertrand. Considerado um dos nomes maiores das letras portuguesas, Aquilino Ribeiro cruzou rusticidade com erudição, fazendo desfilar na sua obra uma galeria de personagens peculiares e bastante terrenas que para sempre o classificariam como um observador fiel das «grandezas e misérias» da espécie humana. «Mais não pude» era a frase que queria como epitáfio.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRESENTE NO ACTO

O Presidente da República considerou que Aquilino Ribeiro foi «um dos grandes prosadores da literatura portuguesa do séc. XX». Na cerimónia de trasladação dos restos mortais do escritor para o Panteão Nacional. Cavaco Silva destacou ainda os «ambientes e paisagens» descritos na obra de Aquilino.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

PROVÉRBIO DO DIA

"Ave que canta demais não sabe fazer o ninho"

ESPÉCIES EM VIAS DE EXTINÇÃO



“Começo hoje um ciclo de artigos que fui compilando da net, sobre animais em vias de extinção.
Pela gravidade e importância do problema, achei que seria interessante falar do assunto periodicamente. Neste contexto trago até vós o primeiro dos animais que correm risco de extinção, a Águia Real”.

Na moderna ecologia, designa-se por espécies em vias de extinção aquelas cujo número de indivíduos é muito reduzido, com iminente perigo de desaparecerem se não forem protegidas, e denominam-se espécies ameaçadas ou em perigo quando a população, apesar de ter diminuído, não está à beira da extinção. Mais de 90% das espécies que até hoje existiram desapareceram ao longo do tempo. De início, a extinção deveu-se a fenómenos naturais. Depois, tornou-se cada vez mais a actividade humana a responsável pelo desaparecimento de espécies.
Pouco se sabe sobre o processo de extinção de espécies, que também se pode considerar como um passo da evolução, visto que a eliminação das espécies antigas deixa lugar a espécies novas. É provável que os predadores e as mudanças ambientais tenham desempenhado um papel importante na extinção de populações do passado. Admite-se que é a adaptação a força mais importante que provoca a extinção de uma população. É esta mesma força que dirige a evolução. Ao longo do tempo, uma população pode adaptar-se de maneira tão específica ao seu ambiente e atingir tal especialização que não tem condições de resistir a alterações ambientais. Quando os humanos apareceram, aprenderam a matar organismos como fonte de alimento, comércio ou desporto, alterando, com frequência, os meios ambientais naturais durante o processo. Desta maneira, a taxa de extinção foi-se elevando de maneira progressiva, até que no começo do século XX atingiu a taxa de uma espécie por ano.
Na actualidade, quando os meios naturais são degradados e destruídos em todas as zonas do mundo, essa taxa deve ter-se elevado a uma espécie por dia. Alguns biólogos ainda a consideram elevada, admitindo que, em meados do século XXI, a extinção possa atingir a quarta parte de todas as espécies. É entre os invertebrados e especialmente entre os insectos que a taxa de extinção é mais elevada hoje em dia.
Atendendo à sua escala e ao tempo necessário, este processo de extinção representará um desastre maior que qualquer outra extinção ocorrida desde o começo da vida. Poderá exceder a “grande extinção” dos dinossauros e suas famílias, assim como organismos a eles associados, há cerca de sessenta e cinco milhões de anos, quando desapareceu uma grande parte das espécies da Terra.
Quando os biólogos referiam que se estava a perder uma espécie por ano, referiam-se quase exclusivamente aos mamíferos e aves, que representam no total cerca de 13 000 espécies. Tal e qual como o órgão que se atrofiou não volta a desenvolver-se, uma população extinta não torna a aparecer (lei da irreversibilidade da evolução).
Os humanos determinaram a extinção de muitas espécies, quer através da predação, quer pelo facto de terem desorganizado de tal maneira o ambiente natural de certas populações que tornaram impossível a sua sobrevivência. Por esse motivo, algumas espécies vivem actualmente à beira da extinção.

A Águia-Real

Características Gerais

Nestes animais o Macho tem normalmente 75 cm e a Fêmea 90 cm.
Não há ave que se possa comparar em majestuosidade à Águia Real. Esta enorme ave de rapina voa sobre os cumes montanhosos, abrindo as asas de uma envergadura de mais de dois metros, enquanto esquadrinha o céu e a terra em busca da sua presa.
De repente lança-se sobre a vítima a uma velocidade de 150 quilómetros por hora e cai para apresar uma lebre, perdiz ou coelho. Ocasionalmente as águias capturam cordeiros, embora normalmente só os que estão fracos por falta de alimento.
Comem também carne putrefacta.

Habitat

As Águias Reais constituem um casal para toda a vida e têm normalmente dois ou três pontos concretos de nidificação que escolhes entre si.
Estes locais estão situados a diferentes alturas, variando de distância uns dos outros, que por vezes pode ser mínima, às vezes só uns 20 metros.
Frequentemente utilizam estes pontos em rotação.
O ninho escolhido, um grande monte de ramos colocadas saliente ou no alto da montanha, ou muito raras vezes uma árvore, vai aumentando de tamanho ao passar dos anos. Reparam-no e melhoram-no antes da época de procriação e enfeitam-no com vegetação fresca
Á medida que vão crescendo os filhotes o ninho vai-se cobrindo de um depósito de ossos e restos de alimento levado pelos pais.

Identificação

Têm o corpo quase uniformemente escuro, com matiz dourada na cabeça
Bico recurvado, grosso e poderoso.
Asas excepcionalmente longas
A fêmea é maior que o macho.

Nidificação

Ambos os sexos constroem ou reparam os ninhos em Novembro ou Dezembro.
Postura em Março ou Abril, normalmente de dois ovos brancos, com frequência com manchas pardo-avermelhadas. Incubação de cerca de 50 dias, principalmente feita pela fêmea.
As crias, alimentadas por ambos os pais, deixam o ninho cerca das 12 semanas.

Alimentação

Normalmente alimentam-se de lebres, coelhos, perdizes, cordeiros ( raramente ) e carne em decomposição.

José Gonçalves


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

PROVÉRBIO DO DIA

" A roupa suja lava-se em casa "

PARA COMEÇO DO DIA NÃO FOI MUITO FAMOSO



Hoje, estupidamente, apeteceu-me falar de desodorizantes.
Fiquei assim desde manhã.
Estava numa Papelaria bem no centro da cidade das Caldas da Rainha.
Ao meu lado um senhor, ofegante, mal cuidado mas cheio de pressa pretendia passar à frente de tudo e de todos.
Só isso já mexe com os meus botões. Muitos criaram esse pequeno/grande vício que é, passar à frente de toda a gente em tudo o que é sítio, parecendo que só eles têm que fazer e que os outros que estão ali à espera nada fazem.
Apeteceu-me interpelar o cavalheiro, e fiz um gesto de aproximação para o concretizar.
De repente, algo me fez parar e num ápice dei meia volta e deixei que o ilustre senhor fosse atendido primeiro que eu. O cheiro a transpiração era insuportável, emanava das roupas do homem e pairava no ar como uma nuvem que mesmo não se vendo se fazia sentir e de que maneira. Como é possível?
Provavelmente o senhor estaria assim por já ter trabalhado muito até então, cerca das 10h 30m da manhã. Mas se já cheirava assim até àquela hora, como seria ao fim do dia?
E até poderia ser que o cheiro estivesse impregnado nas roupas e essas não fossem lavadas há muito tempo. Mas que diabo, será que o sujeito não sentia o seu próprio cheiro? E não se sentiria mal em andar assim “perfumado” por entre a população ?
Depois o senhor saiu já com a aposta do Euromilhões entregue. E durante os quinze minutos que se seguíram não consegui sentir outro cheiro que não fosse o “aroma” que tal personagem ali deixara.
Enviei-lhe desde logo um desejo. Se não lhe sair o Euromilhões, que lhe saiam pelo menos uns cobres e ele se lembre de comprar uns desodorizantes. Ou tomar banho uma vez por outra...
Desculpem qualquer coisinha, mas hoje apeteceu-me, estupidamente...

José Gonçalves

A BELEZA

Existe uma beleza que provém do interior. Quando se está em paz connosco mesmos e com os outros, quando se está satisfeito com o que se tem e com o que se partilha, quando se está pleno de bons pensamentos, quando se esquece os maus momentos, quando se é capaz de perdoar e esquecer, quando se desfruta cada instante da vida.... irradia-se beleza! Talvez seja uma beleza diferente da que ditam os livros sempre em mudança da moda, mas uma beleza autêntica.

CUIDADOS DE HIGIENE

O cuidado com o corpo, tanto por dentro como por fora, é fundamental. Não é uma questão de imagem, como alguns pensam, mas de saúde física, mental, social e espiritual.

ODORES

O odor corporal está mal conceituado na sociedade moderna. Por isso, proliferam os desodorizantes que tentam dissimular o odor, ou os anti-transpirantes que reduzem o suor.
O importante é manter uma boa higiene, ajudada por um duche diário e uma alimentação correcta – a que evita o excesso de toxinas. Um bom anti-transpirante natural é a infusão de sálvia; uma ou duas horas depois de ingerida, reduz o excesso de transpiração.

DESODORIZANTES

Desde a época do Império Romano que se tenta controlar o suor e o odor produzidos pelas axilas. Os homens desta época usavam pequenas almofadas aromatizadas debaixo das axilas para diminuir o odor provocado pelo suor.

No início do século XX, os Estados Unidos fabricaram um produto a base de sulfato de potássio e sulfato de alumínio, que seria capaz de controlar o suor e diminuir o odor, e deram o nome de desodorizante.

Devido ao alto preço o produto apenas se espalhou no Ocidente. Após a segunda guerra mundial os preços caíram e assim o desodorizante tornou-se acessível.
Hoje, o desodorizante apresenta diversas formas que podem ser escolhidas de acordo com a necessidade de cada um, encontramos desodorizantes aromatizados ou sem perfume, com ou sem álcool e os com ou sem agentes bactericidas.

Podem ainda ser anti-transpirante que fecha cerca de 50% das glândulas sudoríparas ou anti-perspirante que reduz a formação do mau-cheiro e a transpiração.

Claro que os desodorizantes deverão ser comprados, depois das suas composições serem atentamente lidas por forma a comprar-mos aqueles que efectivamente não afectem a saúde pública.



terça-feira, 18 de setembro de 2007

PROVÉRBIO DO DIA

" Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa "

AUTOMOBILISMO APANHADO DE SURPRESA COM A MORTE DE COLIN MCRAE




“ Sou um amante do desporto automóvel, ao qual estive ligado uns anitos enquanto jovem e enquanto fui tendo alguém que suportava, muitas vezes sem saber, as despesas que o desgaste deste desporto provoca nos carros. Também nunca foram muito grandes essas despesas, fruto de algum cuidado e lá fui conseguindo disfarçar esta minha paixão sem que lá por casa alguém soubesse da actividade.

Até ao dia em que, após o prólogo de um antigo Rali Tap de um ano que já não interessa, feito na pista de atletismo do já extinto Estádio José Alvalade, até ao dia dizia eu, em que um repórter da saudosa revista de automobilismo “ O Volante “, me tirou umas quantas fotos e mas enviou para casa. É escusado dizer-lhes que esta minha “ forte veia para os Ralis” acabou naquele dia.

Desde então tenho-me limitado a assistir a uns tantos que se vão desenrolando em território nacional. É neste contexto que tenho estado presente por terras alentejanas, de há uns anos a esta parte, para assistir ao Baja 500 de Portalegre. Costumo ficar ali por terras da Comenda, bem perto de Niza, onde me delicio desde o amanhecer até ao sol pôr com a imaginação e a adrenalina ao rubro.

São as motos, os quads, os carros e toda a envolvência que uma assistência entusiasmada vai empregando de cada vez que no horizonte, por entre as árvores, se vislumbra o pó que os concorrentes vão levantando do caminho à passagem das suas “máquinas”.

Lá vem um, gritam vozes, em correria para os locais mais propícios que lhes permita ver as “máquinas” o mais por dentro possível, por vezes com alguma falta de segurança. ( Esta rapaziada não tem emenda )

E o barulho? Que fabuloso é ouvir a aproximação daqueles “bombas” ... que sensações... que emoções...

Vem isto a propósito de uma recente noticia sobre um dos pilotos que mais admirava nestas lides, antigo campeão do mundo de Ralis, Colin McRae que faleceu recentemente, (sábado passado) num desastre com um helicóptero que ele próprio tripulava.

De novo este mundo louco em que vivemos, se viu privado de mais uma figura ímpar da actualidade”.

Colin McRae juntou-se assim a Luciano Pavarotti na partida antecipada que cada um deles fez do mundo dos vivos.


O britânico de 39 anos morreu junto com o filho de cinco anos, Johnny. O helicóptero em que voavam caiu numa floresta próxima da sua casa , creio que a menos de mil metros, em Lanark, na Escócia.

Um amigo do filho de McRae e outro homem também morreram no acidente, segundo informação policial.

"Ele era uma grande figura fora do carro e um piloto tremendo dentro", afirmou à BBC o ex-co-piloto de McRae, Nicky Grist. "Ele tinha muita dedicação e um grande talento."

Grist foi navegador de McRae quando ele se tornou no primeiro britânico campeão mundial de rali, em 1995, pela equipa Subaru. McRae também foi vice-campeão em 1996 e 1997 e por pouco perdeu o título pela Ford em 2001. Venceu 25 vezes no Campeonato Mundial de Rali em 146 largadas, além de ter tido 477 vitórias em etapas individuais.

"Fui privilegiado por ter Colin na nossa equipa, pilotando pela Ford, numa época em que ele estava no auge de sua força", disse o director da Ford Rally Team, Malcolm Wilson, em comunicado.

"Ele conquistou uma de suas maiores vitórias connosco, quando venceu o lendário Rali do Safari, no Quénia, em 1999, com um Focus WRC."

David Richards, à frente da equipa Subaru quando McRae conquistou o título em 1995, afirmou que o piloto era uma "lenda do desporto".

"Ele era competitivo e extremo em tudo o que fazia, mas também era muito divertido", disse Richards a repórteres no fim de semana.

O piloto britânico de Fórmula 1 David Coulthard declarou que McRae era "cegamente rápido" com um carro. O tricampeão escocês Jackie Stewart afirmou que a morte é "uma triste perda para a Escócia".

PEQUENO HISTORIAL DO PILOTO

Nascido a 5 de Agosto de 1968 em Lanark (Escócia), Colin McRae é filho do tetra-campeão nacional britânico de Ralis Jimmy McRae.
Cedo se notabilizou, tendo entrado no Mundial de Ralis em 1987, com um Sierra Cosworth, para completar dois Ralis. Em 1991, a Sierra Cosworth viu Colin juntar-se à Prodrive que estava equipada com motores Subaru para o campeonato britânico de Ralis. Em 1991 e 1992 McRae alcançou o título britânico de Ralis seguindo as pisadas do seu pai.
Em 1993 alcança o estatuto de piloto WRC da Prodrive, alcançando também nesse ano a sua primeira vitória no Mundial de Ralis, no Rally da Nova Zelândia desse mesmo ano! Ingressa finalmente na equipa principal da Subaru, na qual alcançou uma vitória épica no Mundial de 1995, no último Rally, quando viu de forma inacreditável o seu
colega de equipa Carlos Sainz abandonar o Rally da Grã-Bretenha e de consequentemente lhe ter entregue o título Mundial desse mesmo ano!
Após vários sucessos na Subaru, McRae resolve ingressar na Ford em 1999 para pilotar o Ford Focus WRC.
Em 2003, Colin ingressa na promissora Citroën, contudo McRae acabou por ter uma época frustrante acabando por não conseguir lugar no WRC em 2004.
No seu palmarés fica o título mundial de 1995, as 25 vitórias (3º piloto da história com mais vitórias), os 42 pódios, as 477 viórias em etapa , 626 pontos conquistados, uma participação no Lisboa-Dakar, uma participação nas 24 horas de Le Mans e uma vitória na Corrida dos Campeões (ROC) de 1998!
Recorde-se que foi a partir de Colin McRae que foi lançada a saga de videojogos com o seu nome, promovendo os Ralis nos videojogos!

AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ

Um dia após o trágico acidente de Colin McRae, onde perderam a vida o piloto escocês, para além do seu filho mais novo, e mais duas pessoas, também pai e filho, eis que a tragédia esteve perto de suceder novamente. O helicóptero que transportava David Richards, antigo responsável da Subaru para quem Colin McRae correu, e a esposa despenhou-se perto de Stansted, Grã-Bretanha, embora desta feita, felizmente, sem quaisquer consequências para os ocupantes, já que a aeronave caiu de lado, e não se incendiou. Os ocupantes não ganharam para o susto, mas tudo acabou em bem, tendo inclusive após o acidente prestado tributo ao piloto escocês Colin McRea, falecido no sábado.

“Não acredito em bruxas, pero que las hay...”


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

PROVÉRBIO DO DIA

" A desgraça não marca encontro "

FEZ 25 ANOS NO DIA 14 DE SETEMBRO 2007 QUE FALECEU, VÍTIMA DE UM ACIDENTE DE VIAÇÃO, A ACTRIZ QUE FOI PRINCESA DO MÓNACO, GRACE KELLY




No dia 13 de Setembro de 1982, um Rover P6 despenhou-se por uma ribanceira abaixo no principado do Mónaco. Dentro do carro seguiam a princesa Grace e a sua filha Stephanie. Grace terá tido um enfarte enquanto guiava e morreu no dia seguinte, faz hoje 25 anos, sem ter recuperado os sentidos.Tinha 52 anos. Stephanie sofreu apenas ferimentos ligeiros.

Durante muito tempo, correu o rumor que era esta que ia ao volante e não a mãe, e que teria sido ela a responsável pelo acidente, facto abafado e negado pelo palácio dos Grimaldi.

No elogio fúnebre da princesa, James Stewart, seu grande amigo, disse: "Amo Grace Kelly. Não porque ela era uma princesa, não porque ela era uma actriz, não porque ela era minha amiga, mas porque deve ter sido a senhora mais simpática que já conheci. Grace trouxe à minha vida o que trouxe à vossa, uma luz doce e quente de cada vez que a via, e a cada vez que a via parecia ser feriado."

O conto de fadas com final infeliz de Grace Kelly começou em Filadélfia, onde nasceu em 1929, numa família endinheirada e católica, de origem irlandesa. Quando acabou a sua educação secundária, em 1947, numa escola privada, já tinha passado modelos em festas de beneficência e possuía alguma experiência de palco. Na sua página do anuário da escola, lia-se a dado passo: "Profecia: menina Grace P. Kelly - estrela do palco e da tela".

Recusada na universidade por causa de notas baixas a Matemática, Grace Kelly começou a ter aulas de representação em Nova Iorque, enquanto trabalhava como modelo.

Estreou-se na Broadway aos 20 anos, em 1949, andou pela televisão e em 1951 entrou no primeiro filme, 14 Horas. A sua beleza fina e irradiante, "algo desfasada da realidade", como notou o crítico e historiador francês do cinema Jean-Loup Passek, e a sua distinção aristocrática, chamaram a atenção do produtor e realizador Stanley Kramer, que a contratou para entrar com Gary Cooper num dos grandes westerns de sempre, O Comboio Apitou Três Vezes, de Fred Zinnemann (1952).

No set do filme, Grace Kelly envolveu-se sentimentalmente com Cooper e com o realizador, as primeiras aventuras entre várias que teria com alguns dos seus célebres colegas de Hollywood e figuras da sociedade.

Após entrar em Mogambo, de John Ford, em 1953, e de ter um romance com o estilista russo Oleg Cassini, em que abortou de um filho deste, Grace Kelly encontrou Alfred Hitchcock. Este grande fetichista de louras tornou-se o seu mentor e potenciou-lhe ao máximo na tela o glamour distinto, a sofisticação erótica e a elegância altiva em Chamada para a Morte, Janela Indiscreta (ambos de 1954) e Ladrão de Casaca (1956). Durante a rodagem deste, começou a ser cortejada pelo príncipe Rainier III do Mónaco.

Em 1955, ganhou o Óscar de Melhor Actriz no dramalhão Para Sempre. Após interpretar uma princesa em O Cisne e uma ricaça em Alta Sociedade, em 1956, Grace Kelly abandonou o cinema. Cinco anos de carreira e 11 filmes depois, tornou-se princesa do Mónaco, a 19 de Abril desse ano.

Os príncipes tiveram três filhos: Carolina, em 1957, Alberto, em 1958, e Stephanie, em 1965. A actriz que foi princesa e tinha medo de guiar morreu na estrada onde, 27 anos antes, tinha rodado uma sequência de Ladrão de Casaca, num carro com Cary Grant.

Eurico de Barros – Diário de Notícias

" A eterna Diva do cinema Grace Kelly, a Princesa que marcou uma época após casamento com o Príncipe Rainier do Mónaco, povoou durante anos o imaginária de tantas e tantas mulheres. No cinema e na vida de princesa foi o exemplo que milhões de mulheres gostariam de seguir "

" Afinal. a morte ceifou permaturamente a vida de Gace Kelly, privando-a de viver um completo e verdadeiro conto de fadas "

" Paz à sua alma "