sábado, 15 de novembro de 2008

Alta e baixa de S. Martinho finalmente unidas por elevador


Está finalmente aberta ao público uma das mais importantes obras da segunda fase de requalificação da vila de S. Martinho do Porto...

... O Ascensor do Outeiro, um elevador panorâmico que liga as zonas alta e baixa da vila balnear, foi finalmente inaugurado, numa cerimónia que contou com o secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, e à qual acorreram algumas dezenas de pessoas, que quiseram, sem demoras, experimentar o novo equipamento.

A partir de agora, indivíduos com dificuldade de mobilidade, grávidas, idosos e adultos com carrinhos de bebé têm facilitado o acesso desde a Rua Vasco da Gama (a famosa rua dos cafés) até ao Largo Comendador José Bento da Silva, onde está um miradouro com vista privilegiada sobre a baía e sobre o casario da vila. Com cerca de vinte metros de altura, a nova estrutura envidraçada, de arquitectura contemporânea, faz a ligação entre quatro pisos polivalentes.

O piso –1 destina-se a espaços de arrumos e sanitários públicos femininos e masculinos. No 0 há um espaço aberto onde se pode ver todo o edifício e existe uma caixa multibanco. Já no piso 1, o da entrada, vai funcionar o posto de turismo e uma zona de acesso à Internet, dando ainda acesso à escada pública de ligação ao Largo José Bento da Silva e a um bar com esplanada, na Rua da Bela Vista. No piso 2 existe um espaço multifuncional, com mobiliário amovível, que pode acolher actividades culturais.




A funcionar todos os dias entre as 10h00 e as 21h00, o novo equipamento tem capacidade para carregar uma tonelada, transportando até um máximo de 13 pessoas por viagem, que é gratuita. Por tudo isto, o dia da inauguração do ascensor foi para o presidente da Câmara de Alcobaça, Gonçalves Sapinho, “um dia grande”.

Afirmando que a autarquia está a trabalhar em prol da população, Sapinho recuperou algumas das obras já concluídas, como a despoluição da baía e a construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais, bem como a requalificação da marginal. Mas ainda há mais para fazer, como a entrada em funcionamento da Estação de Tratamento de efluentes suinícolas, o que deverá acontecer dentro de dois anos, e a resolução do problema do assoreamento da baía que será estudado em breve.

Já o secretário de Estado, João Ferrão, considerou que o novo elevador é um “equipamento inteligente, porque ao mesmo tempo que é multifuncional, promove a mobilidade para todos”. Crente de que a estrutura terá um grande impacto na vila, tanto ao nível dos residentes como dos turistas, afirmou que o dia da inauguração se tratou do “primeiro dia do resto da vida de S. Martinho”. Num quadro mais amplo, o novo elevador enquadra-se na requalificação do litoral, que conta com o empenhamento do Governo e das autarquias.




“Para termos orgulho no nosso país temos que contribuir para a sua requalificação”, referiu, acrescentando que “este projecto é sinal de que o país está a caminhar no bom sentido”.

Quem também marcou presença na cerimónia de inauguração do Ascensor do Outeiro foi o presidente da Comissão Instaladora da Entidade Regional de Turismo de Leiria/Fátima, Miguel Sousinha, o adjunto do Governador Civil de Leiria, Jorge Gonçalves e o presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho, Manuel Antunes Pereira, bem como membros do executivo camarário, outros autarcas e entidades.

Adjudicado por 823,268 euros, o Ascensor do Outeiro acabaria por custar 942 mil euros, comparticipados por Fundos Comunitários. O aumento dos custos deveu-se a a alguns imprevistos e a trabalhos a mais. Na empreitada, da autoria dos arquitectos Falcão de Campos e Gonçalo Byrne, integram-se ainda as obras de requalificação do Largo José Bento da Silva.

Joana Fialho

Gazeta das Caldas – On Line



Com este artigo de Joana Fialho acerca do elevador de São Martinho do Porto, que passou a ser denominado como Ascensor do Outeiro, deixo-vos o convite para visitarem esta maravilhosa Baía, que faz as delicias da criançada e não só.

Na verdade, quem vem até São Martinho do Porto jamais deixará de a visitar e não são poucos aqueles que após algumas visitinhas, para cá vieram viver, entre os quais me incluo.

É que esta terra não se resume à sua Baía e à sua praia. Há toda uma atmosfera que nos envolve e nos faz acreditar que a Divina Previdência emprestou a “sua” mãozinha ao Criador. O Outeiro, a parte histórica da Vila; a Falacha, bem na encosta do morro do Facho; a Capela de Santo António e o Cruzeiro; o Cais com o seu Túnel que liga o mar à Baía, para além da Barra; a marginal, agora requalificada, embora à espera de arvoredo; o Largo do Samar como é conhecido o Largo Conde de Avelar; a Rua dos Cafés, enriquecida com esta magnifica obra do Ascensor que permite a todos uma ligação rápida e cómoda entre esta rua e o Adro, Largo Comendador José Bento da Silva, um miradouro de excelência e uma sala de visitas da freguesia; a Igreja Matriz de São Martinho; as inúmeras calçadas que fazem ainda a mesma ligação para quem quer e gosta de andar a pé; o Mercado, ponto de encontro da população, quer da residente, quer daquela que visita a terra ou cá vem passar as suas férias; as Ginjeiras ponto de passagem para a Serra dos Mangues, Venda Nova e Bom Jesus; a estrada Atlântica, que liga a Serra dos Mangues à Serra da Pescaria na direcção da Nazaré, paralela ao oceano e com umas vistas de nos fazer acreditar que estamos voando; a Praia da Gralha, quase inacessível ou de díficil acesso, mas praia Dourada; a Praia dos Salgados, de extenso areal e um tanto perigosa; Vale do Paraíso, a zona agrícola e rural da freguesia; e Estação da CP que marca as memórias dos residentes e de tantos que visitam São Martinho; os Medros, a zona menos rica, mas agora em franco desenvolvimento, pois parece que a construção descobriu o local para se expandir; a Urbanização Simão e o Casal Andrade, antiga Urbanização do Fortunato, os novos bairros de moradias que transformaram a zona Norte da Vila e mais, muito mais que São Martinho do Porto vos oferece.




E não se ficam por aqui as vantagens de passar a ser um visitante habitual de São Martinho do Porto. São também factores fortes, as Vilas e Cidades que “abraçam” esta localidade. Salir do Porto, Alfeizerão, Famalicão, Foz do Arelho, Caldas da Rainha, Nazaré, Alcobaça, Óbidos e um pouco mais distante mas mesmo assim tão perto a Batalha e Fátima.

Usufruímos ainda do privilégio de sermos servidos por uma rede viária que nos permite ligações a todo o país por auto-estradas.

Portanto meus amigos, não existem motivos nem razões para não nos visitarem. Acreditem que serão recebidos da melhor forma possível.

Passem um fim de semana agradável ou as vossas férias e retemperem baterias para as semanas de trabalho que têm de enfrentar ao longo do ano. Verão que se irão lembrar muitas vezes do que aqui leram neste dia.




Um abraço a todos e ficamos a aguardá-los por cá. Aproveitam a época em curso e poderão deleitar-se com a Feira do Doces Conventuais, numa das Sete Maravilhas de Portugal, o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. E quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar. Por aqui também não!




Fotos da Net

António Inglês


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

MORREU O ACTOR PEDRO PINHEIRO


Um dos protagonistas da série “Os Malucos do Riso”


“Mais uma figura das artes que nos deixa. Assim, pouco a pouco, vão desaparecendo figuras das nossas artes e o panorama vai empobrecendo. Mais uma vez, vítima de cancro, doença que ataca sem dar pré-aviso, sem olhar a idades ou sexos. Ao que parece, o aparecimento da doença aconteceu nos últimos três meses de vida do actor, pelo que também de forma fulminante”.





O actor Pedro Pinheiro, um dos protagonistas da série de comédia da SIC “Os Malucos do Riso, faleceu ontem à noite em Lisboa, aos 68 anos.

“O Pedro faleceu às 20h15, no Hospital CUF Descobertas, vítima de cancro, de que padeceu nos últimos três meses”, disse Alberto Barreto, citado pelo Diário Digital.

O conhecido actor participou na rodagem do filme “Amália”, o seu último trabalho na área da representação.

O corpo de Pedro Pinheiro vai estar em câmara ardente na Basílica da Estrela a partir das 12h00, o funeral está previsto para amanhã às 12h30 para o Cemitério dos Olivais.

O actor, que este ano completava 45 anos de carreira, participou em vários projectos, mas ganhou notoriedade pública através das novelas “Tudo por Amor” e “Fascínios”; e as séries “Maré Alta”, “A Minha Família é uma Animação” e “Capitão Roby”.

Além da televisão, Pedro Pinheiro era também um dramaturgo. Foi galardoado com o Grande Prémio de Teatro Português, em 2000, com a peça “Encontro com Rita Hayworth”.

Público

Fotos da Net

António Inglês


DOIS PEQUENOS PRODIGIOS

Aimi Kobayashi do Japão com três anos de idade

e


Ethan Bortnick dos EUA com seis anos de idade



Porque falei de música. Porque o Natal está mesmo à porta. Porque a época é de união, da família, mas essencialmente das crianças. Porque afinal ainda existem prodígios. Deixo-vos com dois de tenra idade.

Haverá no mundo coisa melhor que as crianças? Observem, ouçam e meditem!







quinta-feira, 13 de novembro de 2008

MUDEMOS DE ASSUNTO!



Nos últimos tempos temos sido invadidos com notícias de vária ordem. Umas que nos deixam de rastos, outras que nos querem fazer lembrar dos muitos males que assolam a humanidade.

Tenho deixado aqui pelo meu “canto” essas mensagens, porque também eu, comum mortal, me deixo emocionar e sensibilizar com elas. É minha intenção, ajudar o próximo, que lendo o que vou postando, se vai lembrando de muitas situações que se calhar, não fora andar navegando pela Net, jamais se lembraria delas.

Se repararmos bem, todos os dias são dias de. Disto ou daquilo. Normalmente visam alertar as populações para situações de prevenção ou então querem fazer com que das nossas memórias não se apaguem episódios menos felizes da humanidade ou o desaparecimento de alguém.

Para mim, todos os dias são dias de tudo e portanto não seria necessário que existissem dias marcados para celebrar fosse o que fosse. Como diz o poeta, Natal é quando um homem quiser.

Por falar em Natal, ele está a aproximar-se a passos largos. Não sei se os portugueses ainda terão dinheiro e disposição para compras, mas é pelo menos a festa da família e isso será a melhor das prendas.

Para que o ambiente se desanuvie e se torne bem mais agradável, aqui vos deixo uma das melodias que me fizeram vibrar nos tempos de adolescente. A esta e a outras fiquei a dever momentos que jamais esquecerei. É bom nestes momentos ouvir um pouco de música. É uma terapia excelente.

Cá estou eu outra vez remexendo na memória, mas é inevitável! Há alturas da vida que a utilizamos com mais frequência. Para mim esta é uma delas.

Um abraço a todos e saudações cordiais.

António




DIA MUNDIAL DA DIABETES - 14 de NOVEMBRO



O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno do diabetes no mundo.

Devidamente tratada, a diabetes não impede o doente de ter uma vida perfeitamente normal e autónoma. Contudo, é fundamental que o diabético se ajude a si mesmo, auto controlando a sua doença. Aliás, se o doente for determinado neste papel de auto vigilância, a sua vida ficará muito facilitada.



O que é a diabetes?

A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.

Quem está em risco de ser diabético?

A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:

  • Pessoas com familiares directos com diabetes;
  • Homens e mulheres obesos;
  • Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
  • Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
  • Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
  • Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.



Quais são os sintomas típicos da diabetes?

Nos adultos - A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:

  • Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
  • Sede constante e intensa (polidipsia);
  • Fome constante e difícil de saciar (polifagia);
  • Fadiga;
  • Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
  • Visão turva.

Nas crianças e jovens - A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se:

  • Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;
  • Ter muita sede;
  • Emagrecer rapidamente;
  • Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
  • Comer muito sem nada aproveitar;
  • Dores de cabeça, náuseas e vómitos.

É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos. Nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos.

Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se detecta a doença.



Como se diagnostica a diabetes?

Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina.

Pode ser diabético...

  • Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
  • Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.

Que tipos de diabetes existem?

  • Diabetes Tipo 2 (Diabetes Não Insulino-Dependente) - É a mais frequente (90 por cento dos casos).
    O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos.
    Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Recomenda-se também a actividade física regular.
    Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e actividade física regular, o doente deve recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. Neste caso deve consultar sempre o seu médico.
  • Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulino-Dependente) - É mais rara.
    O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.
    Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.
    Não está directamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.
  • Diabetes Gestacional - Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo.
    A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adopção duma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebé.
    Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.



Outras complicações associadas à diabetes

  • Retinopatia - lesão da retina;
  • Nefropatia - lesão renal;
  • Neuropatia - lesão nos nervos do organismo;
  • Macroangiopatia - doença coronária, cerebral e dos membros inferiores;
  • Hipertensão arterial;
  • Hipoglicemia - baixa do açúcar no sangue;
  • Hiperglicemia - nível elevado de açúcar no sangue;
  • Lípidos no sangue - gorduras no sangue;
  • Pé diabético - arteriopatia, neuropatia;
  • Doenças cardiovasculares - angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais;
  • Obstrução arterial periférica - perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés;
  • Disfunção e impotência sexual - a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos;
  • Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, infecções das cicatrizes depois das cirurgias.



Como se trata a diabetes?

  • Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico correctamente.
    O objectivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue).
    Este tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico de família, engloba três vertentes fundamentais: adopção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina.
  • Diabetes tipo 2 - O tratamento é semelhante mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico.
    Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que actuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina.
    Seguindo uma alimentação correcta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, factor que diminui significativamente o risco de amputações futuras.



O que é a insulina?

A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. Pode ser obtida a partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através do uso de tecnologia do DNA recombinante ou da modificação química da insulina do porco.

Em Portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a técnicas de engenharia genética, sendo as reacções alérgicas muito raras em virtude da sua grande pureza. No mercado estão disponíveis diversas concentrações de insulina. No nosso país, só se encontra disponível a concentração U-100 (1ml=100 unidades).

Por que é que a insulina é necessária para o tratamento da diabetes tipo 1?

Porque, nos doentes com a diabetes tipo 1, as células do pâncreas que produzem insulina foram destruídas, motivo pelo qual este produz muito pouca ou nenhuma insulina. Como sem insulina não se pode viver, a administração de insulina produzida laboratorialmente é um tratamento imprescindível de substituição.

Como se usa a insulina?

O tratamento com insulina é feito através de injecção na gordura por baixo da pele (subcutânea). Até à data o desenvolvimento científico ainda não conseguiu produzir nenhuma forma de insulina que possa ser tomada por via oral, uma vez que o estômago a destrói automaticamente.

Por ser injectável, é necessário que o doente tenha atenção ao modo como a manuseia. Deve ter os seguintes cuidados:

  • Colocar a cápsula de protecção sem tocar na agulha após a utilização da seringa/caneta;
  • Guardar a seringa/caneta à temperatura ambiente;
  • Não utilizar a seringa ou a agulha da caneta se estas estiverem rombas;
  • Não limpar a agulha com álcool;
  • Manter a cápsula quando inutilizar a seringa/caneta e ter muito cuidado na sua eliminação.



Onde se injecta a insulina?

A insulina pode ser injectada na região abdominal, nas coxas, nos braços e nas nádegas. A parede abdominal é o local de eleição para uma mais breve absorção da insulina de acção rápida. Deve ser usada para as injecções realizadas durante o dia. A coxa utiliza-se preferencialmente para as injecções de insulina de acção intermédia, sendo a região das nádegas uma boa alternativa.

Deve proceder-se à rotação dos locais onde se administra a injecção, de forma a evitar a formação de nódulos, porque estes podem interferir na absorção da insulina.

Como conservar a insulina?

Os frascos de insulina, as cargas instaladas nas canetas e as seringas pré-cheias descartáveis em uso devem ser conservadas à temperatura ambiente, mas afastadas da luz solar directa e de locais como a televisão e o porta-luvas do carro.

Que problemas podem surgir no decurso do tratamento de um doente diabético?

  • Hipoglicemia: baixo valor de açúcar no sangue;
  • Hiperglicemia: elevado valor de açúcar no sangue, que significa que a diabetes não está bem controlada;
  • Cetoacidose: situação provocada pelo excesso de corpos cetónicos no organismo. Os corpos cetónicos são substâncias que acidificam o sangue e que podem conduzir ao coma cetoacidótico, pondo a vida do doente em risco.



O que significa ter a diabetes controlada?

Significa que os níveis de açúcar no sangue se encontram dentro dos parâmetros definidos pelos especialistas. É o médico que, de acordo com factores como a idade, tipo de vida, actividade e existência de outras doenças, define quais os valores de glicemia que o doente deve ter em jejum e depois das refeições.

Convém lembrar-se de que os valores do açúcar no sangue variam ao longo do dia, motivo pelo qual se fala em limites mínimos e limites máximos.

Como se sabe se a diabetes está controlada?

Diariamente, é o doente que se analisa e vigia a si próprio, quer através do seguimento da alimentação correcta e da prática de exercício, quer da realização de testes ao sangue e à urina em sua casa.

São justamente os testes realizados diariamente pelo doente que permitem saber se o açúcar no sangue está elevado, baixo ou normal e que, posteriormente, lhe permitem o ajustamento de todo o tratamento.

Consequentemente, a melhor forma de saber se a diabetes se encontra ou não controlada é realizando testes de glicemia capilar (picada no dedo) diariamente e várias vezes ao dia.

Se os valores estiverem dentro dos limites indicados pelo médico, a diabetes está controlada. Se não, o doente deve consultar o médico assistente.





Como prevenir a diabetes?
  • Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;
  • Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;
  • Bons hábitos alimentares;
  • Prática de exercício físico;
  • Não fumar;
  • Cuidar da higiene e vigilância dos pés.

Que direitos têm os doentes diabéticos?

  • Um plano de tratamento e objectivos de autocuidado
  • Aconselhamento personalizado sobre a alimentação adequada;
  • Aconselhamento sobre a actividade física adequada;
  • Indicação sobre a dosagem e o horário da medicação e ainda sobre como adequar as doses com base na autovigilância;
  • Indicação sobre os objectivos para o seu peso, glicemia, lípidos no sangue e tensão arterial;
  • Análises laboratoriais regulares para controlo metabólico e do seu estado físico
  • Revisão, pela equipa de saúde, dos resultados da autovigilância e do tratamento corrente, em cada contacto com profissionais da equipa;
  • Análise, revisão e alteração, sempre que necessário, dos objectivos de autovigilância;
  • Ajuda e esclarecimento;
  • Educação terapêutica contínua;
  • Verificação, pela equipa de saúde, do seu controlo;
  • Verificação, se necessário, do peso, tensão arterial e dos lípidos sanguíneos;
  • Avaliação anual dos olhos e da visão, dos pés, da função renal, dos factores de risco para doenças cardíacas, das técnicas de autovigilância e de injecção e dos hábitos alimentares;
  • Tratamento de problemas especiais e emergências
  • Conselhos e cuidados às mulheres que desejem engravidar;
  • Acompanhamento especializado na gravidez e no parto;
  • Conselhos e cuidados a crianças, adolescentes e às suas famílias;
  • Acessibilidade adequada a cuidados especializados, em caso de problemas nos olhos, nos rins, nos pés, nos vasos sanguíneos ou no coração;
  • Acompanhamento adequado à pessoa idosa;
  • Educação terapêutica para o doente e para a sua família
  • O porquê da necessidade de controlo dos níveis de glicemia;
  • Como controlar os níveis de glicemia através de uma alimentação adequada, actividade física adaptada e tratamento com medicação oral e/ou insulina;
  • Como avaliar o seu controlo através de testes de sangue e/ou urina (autovigilância) e actuar face aos resultados (autocontrolo);
  • Quais os sintomas de aumento dos níveis de glicose e acetona, como prevenir e tratar;
  • Quais os sintomas de descida do nível de glicose, como prevenir e tratar;
  • O que fazer quando está doente;
  • Prevenção e tratamento das possíveis complicações crónicas, incluindo lesões nos olhos, nos rins, nos pés e o endurecimento das artérias;
  • Como lidar com o exercício físico, com as viagens e com outras situações sociais ou de lazer;
  • Como actuar perante eventuais problemas de emprego, serviço militar, seguros, licença de condução automóvel, entre outros;
  • Informação sobre o suporte social e económico existente, para que o diabético tenha os direitos sociais (emprego, reforma e outros) que as suas capacidades e habilitações possibilitem, sem qualquer tipo de restrição ou discriminação.




Quais são os deveres dos diabéticos?

Para que a vida se prolongue e a diabetes não seja um impedimento ao usufruto de uma vida normal, o diabético deve:

  • Assumir comportamentos que o conduzam permanentemente à obtenção de ganhos de saúde e que contribuam para o seu autocontrolo
  • Predispor-se a aprender continuamente a controlar a sua diabetes;
  • Tentar ser autónomo, praticando o seu próprio autocontrolo;
  • Examinar regularmente os pés;
  • Tentar seguir um estilo de vida saudável;
  • Controlar o peso;
  • Praticar actividade física regular;
  • Evitar o tabaco;
  • Esclarecer-se sobre quando e como contactar a equipa de saúde em situação de urgência ou de emergência;
  • Contactar a equipa de saúde sempre que sinta necessidade e até que fique esclarecido sobre as questões que o preocupam;
  • Entrar em contacto e conversar com outras pessoas que tenham a diabetes e com associações locais ou nacionais de doentes diabéticos;
  • Assegurar que a família, amigos e colegas de trabalho se encontram esclarecidos sobre as necessidades da diabetes;
  • Controlar diariamente a sua diabetes, desempenhando um papel activo no seu tratamento
  • Fazer a sua autovigilância e adaptando o tratamento aos resultados – autocontrolo;
  • Tomar correctamente a medicação;
  • Examinar e cuidar dos pés;
  • Contactar a equipa de saúde se verificar que está mal controlado ou se apresentar hipoglicemias graves, ou ainda se surgirem sintomas de infecção;
  • Evitar desperdícios dos recursos comuns existentes, de forma a contribuir para a manutenção e, se possível, aumento dos seus direitos
  • Cumprir o plano de vigilância e terapêutica;
  • Usar correctamente os materiais de controlo e tratamento;
  • Usar adequadamente os serviços de saúde;
  • Utilizar correctamente o Guia do Diabético disponibilizado pelo seu médico assistente e ajudar os outros diabéticos a fazê-lo também.

Em suma, olhe por si próprio, ajude os profissionais a cuidar bem da sua saúde, seguindo conselhos tão simples e práticos como os seguintes:

  • Pratique exercício com regularidade;
  • Não fume;
  • Vigie bem a sua diabetes;
  • Não engorde;
  • Controle a tensão arterial;
  • Mantenha os níveis de colesterol e triglicéridos controlados e dentro dos parâmetros aconselhados pelos médicos.

Onde procurar ajuda?

No centro de saúde da sua área de residência, onde deverá contactar o seu médico de família.

Portal da Saúde – Ministério da Saúde

Fotos da Net

António Inglês