quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais celebra 10º aniversário


De 13 a 16 de Novembro no Mosteiro de Alcobaça

A 10ª edição da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais decorre de 13 a 16 de Novembro, no Mosteiro de Alcobaça. Assumindo-se como pioneira do conceito em Portugal, a Câmara Municipal de Alcobaça, que trabalha nesta Mostra desde 1999, promove e divulga o riquíssimo património cultural que é a doçaria, apostando na tradição gastronómica deixada pela presença dos Monges e Monjas Cistercienses nos Conventos de Alcobaça e Cós. Destaque para o lançamento do Livro "10 anos de receitas", a Exposição Retrospectiva "10 Anos de Mostra" e o Comboio Turístico pelas ruas do centro histórico.

Horário:

Quinta, Sexta e Sábado das 10h30 às 23h00

Domingo: das 10h30 às 21h00

Bilhete:

1 dia ................................... 1€

Livre trânsito ...... 4 dias ....... 2.5€



APRESENTAÇÃO.

Este é o X ano que a cidade de Alcobaça recebe a Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais.

Assumindo-se como pioneira do conceito em Portugal, a Câmara Municipal de Alcobaça, que trabalha nesta Mostra desde 1999, promove e divulga o riquíssimo património cultural que é a doçaria, apostando na tradição gastronómica deixada pela presença dos Monges e Monjas Cistercienses nos Conventos de Alcobaça e Cós.

Durante os primeiros anos, o evento decorreu numa tenda especialmente concebida para o acontecimento, localizada em vários pontos da cidade, mas a decisão de alterar o local da Mostra, em 2006, para o Mosteiro, foi uma aposta ganha, fruto da notoriedade que o certame foi adquirindo ao longo dos anos e da necessidade de preservar as tradições gastronómicas.
A beleza do Mosteiro constitui, só por si, motivo de visita e faz deste, o local ideal para receber esta Mostra, que recebe mais de 30 mil visitantes por edição.

O MOSTEIRO


A Abadia de Alcobaça é um dos mais importantes mosteiros cistercienses medievais. Ao estatuto de monumento emblemático da Ordem, durante toda a época medieval e moderna, juntam-se os de primeira obra inteiramente gótica de Portugal e de segundo panteão da monarquia nacional, depois dos enterramentos régios de D. Afonso I e de D. Sancho I em Coimbra.

O Mosteiro foi fundado em 1153 por doação do primeiro monarca a Bernardo de Claraval. Alguns autores sugeriram que, imediatamente após esta data, a construção tenha arrancado, segundo uma rígida planta bernardina, projecto historiograficamente conhecido como Alcobaça I. A verdade, porém, é que estudos posteriores rejeitaram esta hipótese e parece hoje relativamente consensual o arranque da obra somente em 1178 (GUSMÃO 1948)

Verdade incontornável é que funcionou como sede da Congregação Autónoma Cisterciense em Portugal a partir de 1567.

Com cerca de 220 metros de comprimento, o Mosteiro é formado por três corpos: a Igreja, cuja fachada atinge os 43 metros de altura; as Alas Norte e Sul, onde se situavam os aposentos dos reis e da corte em visita; e as residências do Abade e dos Monges.

No transepto e de cada lado, encontram-se os túmulos de D. Pedro I e D. Inês de Castro, os eternos amantes de uma das mais belas e trágicas histórias de amor. O túmulo de D. Inês apresenta nas faces laterais cenas da vida de Cristo. O túmulo de D. Pedro alude à vida de S. Bartolomeu. Na cabeceira, vê-se uma Rosa da Vida do par amoroso. Nas dezoito edículas que se dispõem em duas faixas circulares concêntricas, está documentado todo o trágico poema de amor, desde as cenas da vida dos dois amantes, até ao sangrento fim da doce Inês e o castigo dos assassinos. Na parte inferior da rosácea, no pequeno túmulo com uma estátua jacente lê-se o supremo adeus: "Até ao fim do Mundo.



A MOSTRA

O Refeitório, a Sala dos Monges e a Sala do Capítulo são as salas do Mosteiro que dão as boas-vindas à mais carismática Mostra Conventual do País. Por isso, e durante quatro dias, este ano de 13 a 16 de Novembro, o monumento Património da Humanidade acolhe mais de 40 participantes nacionais e internacionais, com destaque para os Conventos portugueses e brasileiros, Mosteiros de Espanha, Abadias de França e Bélgica.

VERDADEIRAS DELICIAS


As delícias sedutoras, verdadeiras maravilhas criadas através de inúmeras experiências, de longa prática e dedicação, de paciência e devoção, bem como os licores que ao longo dos séculos foram rodeados de secretismo, serão tentações disponíveis a todos os que visitarem o Mosteiro de Santa Maria.

As receitas conventuais constituem uma ementa de raros sabores, sobremesas e licores com grande êxito, e serão representadas num ambiente único, palco da Glutonaria Medieval – “sitio onde melhor se comia na Europa”, segundo William Beckford, no livro Alcobaça e Batalha”.

Esta Mostra pretende manter Alcobaça numa dimensão internacional, como pólo de defesa da autenticidade das artes culinárias, pois são ainda bastantes os doces de origem conventual que figuram no receituário português e expostos nesta Mostra, onde o visitante poderá ainda “aguçar o paladar” com Licores Conventuais.

DOCES E LICORES.

De entre os manjares presentes nas edições da Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais pode saborear-se:

DOCES DO ASSADO

• Os famosos Toucinho-do-Céu, Barrigas de Freira, Ovos-Moles, Castanhas de Ovos, Pão de Rala, Papos de Anjo, Pão-de- de Alfeizerão, Tachinhos do Abade, Pastéis de Lorvão, Pastéis de Tentúgal, Lampreia de Ovos, Tigeladas, Tortas de Guimarães, Morcelas Doces, Queijinhos do Céu, Divina Gula, entre outros;

DOCES INOVAÇÕES:

• Chocolates, marmeladas, licores, bombons, biscoitos, bolachas, entre outros, actualmente, fabricados em conventos europeus por freiras e frades;

LICORES:

• Para acompanhar os magníficos doces conventuais poderá saborear por exemplo: os Licores: de Ginja de Alcobaça, de Singeverga (o único ainda fabricado num Mosteiro em Portugal), de Eucaliptine, de Ambrar Oro, entre outros.



PROGRAMA

NOTA: Entrada e Bilheteira pela Escadaria da Ala Norte

Saída pela sala 3 - Sala dos Monges

13 DE NOVEMBRO

. 10H30 Inauguração;

. 16H30 Entrega dos Prémios do Concurso Nacional de Doçaria Conventual.

. Composto pelo júri: Chefe Silva, Filipa Vasconcelos, Henrique Sá Pessoa, Irene Gonçalves e Amilcar Malhó

14 DE NOVEMBRO

• Programa RTP "Portugal no Coração" (emissão parcial)

• 21h30 | Concerto de Canto Gregoriano pelo Coro Solemnis, Sala dos Reis

15 DE NOVEMBRO

. 21H30 Concerto com o tenor Filipe de Moura, Sala dos Reis

15 e 16 DE NOVEMBRO

• Animação de rua durante a tarde

DESTAQUES

• Lançamento do Livro "10 ANOS 10 RECEITAS"

• Exposição Retrospectiva "10 Anos de Mostra" - Claustro D. Dinis;

• Três salas com Mostra de Doces e Licores (Refeitório - sala 1, Sala do Capitulo - sala 2, Sala dos Monges - Sala 3);

• Comboio Turístico pelas ruas do centro histórico da cidade;




OS PARTICIPANTES.

Com presença habitual de monges e monjas como são os casos do Mosteiro de Singeverga e do Louriçal (Mosteiro do Santíssimo Sacramento), em 2007 a surpresa centrou-se no monges cistercienses da Galiza - Monges da Ordem de Cister, oriundos do Mosteiro de Oseira (Ourense), destacando-se pelos magníficos Licores de Eucaliptine e Ambrar Oro, com lançamento de garrafas próprias exclusivamente para a Mostra.

O querido Chefe Silva, cozinheiro de grande prestígio da cozinha Portuguesa e conventual, é já uma marca no evento.

Em 2008

PORTUGAL CONTINENTAL:

Abrantes - Pastelaria O Forno

Alcobaça - Casa do Pão-de-Ló de Alfeizerão

Alcobaça - Casa das Oliveiras

Alcobaça – David Pinto & Companhia, Lda.

Alcobaça - MLC – Licores

Alcobaça - Padaria Lérias

Alcobaça - Pastelaria A Casinha Montes

Alcobaça - Pastelaria Alcôa

Alcobaça - Pastelaria Saraiva

Alcobaça - Pastelaria Vieira

Alcobaça - Restaurante António Padeiro

Alcobaça - Restaurante Trindade

Alcobaça - União Alcobacense de Panificação

Alcácer do Sal - Dália Rosa

Amarante - Salão de Chá Butterfly

Arouca - Manuel da Silva Basto

Aveiro - Ovos Moles de Aveiro

Beja - Maltezinhas de Francisca Casteleiro

OS PARTICIPANTES.

Braga - Pastelaria O Gigo

Évora - Maria José Cambetas

Évora - Francisca Rasga

Guimarães - Pastelaria Clarinha

Leiria - Padaria do Marquês, Lda

Lisboa - Açucarices CaféLouriçal - Convento do Louriçal

Montalvo - Mosteiro de Nª Srª da Boa Esperança

Nelas - Segredo dos anjos

Lorvão - O Mosteiro

Portimão - A Casa da Isabel

Santarém - Francelina Sá – Dédé

Singeverga - Mosteiro de Singeverga

Tentúgal - A Pousadinha

Vizela - Pastelaria Kibom

REGIÕES AUTÓNOMAS:

Açores - São Miguel – Garçatainha

Madeira - Funchal - Memórias Gastronómicas

INTERNACIONAIS:

Bélgica - Abbaye de Herkenrode

Brasil - Convento de Nª Srª do Desterro – Bahia

Espanha - Transmañó - Monastério de la Transfiguración del Señor (Transmañó)

Espanha - Monasterio Cisterciense de Oseira

Espanha - Monasterio Cisterciense de Sobrado dos Monxes

França - Abbaye Saint Benoit de Fleury - Saint Benoit sur Loire

França - Abbaye de Fontenelle - Saint Wandrille Rançon (Normandie)




COMO CHEGAR.

Vindo de Sul, da zona da Grande Lisboa ou do Aeroporto, pode tomar a A1 ou a A8. Se optar pela A1, saia no nó de Aveiras e siga pelo IC2 até encontrar indicações na direcção de Alcobaça, ao Km 81, onde pode seguir pela EN 8-6.

Vindo de Norte, da zona do Porto ou de Coimbra, siga pela A1 até ao nó de Leiria e aí procure as indicações da A8. Entrando na A8, siga até ao nó de Valado dos Frades e, ao sair da auto-estrada, siga pela EN8-5 até Alcobaça.

Os Caminhos de Ferro, pela linha do Oeste, fazem a ligação em comboio entre Lisboa – Entrecampos, Cacém, Malveira, Torres Vedras, Bombarral, Caldas da Rainha, São Martinho do Porto, Cela Velha, Valado dos Frades, Fanhais, Pataias Gare, Martingança, Marinha Grande e Leiria.




RECEITAS.

PASTÉIS DE LORVÃO

Receita para 36 pastéis

I N G R E D I E N T E S

500 g de açúcar; 2 dl água; 250 g de miolo de amêndoa moída grosseiramente com ou sem pele ou ralada fina; 2 colheres (sopa) de farinha; 50 g de manteiga; 10 gemas; 4 claras; raspa de limão; 1 colher (chá) casaca de canela; manteiga ou margarina (para untar); farinha (para polvilhar).

Misture a água com o açúcar, leve ao lume e deixe ferver até atingir o ponto de bola mole. Deixe amornar. Junte-lhe a amêndoa, a manteiga e a farinha, mexa bem até borbulhar, retire e deixe arrefecer um pouco. Entretanto, unte forminhas com manteiga (ou margarina) e polvilhe-as com farinha. Estando morna, junte à massa as gemas, as claras em castelo, a raspa de limão e a canela. Deite nas formas, enchendo até 3/4 da altura e leve a cozer em forno a 160 ºC, durante cerca de 30 minutos. Retire e sirva em caixinhas de papel plissado.

Nuno Renato – Lorvão

Receita retirada do livro: “Doçaria Conventual na Mostra de Alcobaça”- Chefe Silva (Texto Editores - 2004 )


CORNUCÓPIAS
20 pessoas

I N G R E D I E N T E S

Para a massa: 250 g de farinha; 3 colheres (sopa) de manteiga; 1 colher (chá) de fermento em pó; sal q. b.; azeite ou óleo (para fritar); açúcar e canela (para polvilhar)

Para o recheio: 1 chávena (almoçadeira) de doce de ovos-moles.

Misture a amasse a farinha, a manteiga, o fermento, o sal e a água até conseguir obter uma massa própria para tender. Tenda a massa com a espessura de cerca de 2 ou 3 mm. Corte em tiras de 1.5 cm de largo, e enrole em espiral, partindo de cima para baixo em forma de cornucópias, aconchegando bem. Frite em azeite ou óleo, ou mistura dos dois, a 160 ºC. Retire as cornucópias, passe-as por açúcar e canela e recheie com o doce de ovos-moles.

Pastelaria Alcoa – Alcobaça

Receita retirada do livro: “Doçaria Conventual na Mostra de Alcobaça”- Chefe Silva (Texto Editores - 2004 )



Tinta Fresca

Fotos da Net

António Inglês

5 comentários:

Maria disse...

E a esta hora saio daqui a salivar... com as cornucópias...
Estando por aí na semana que vem, já tenho programa...
:)))
(depois digo-te quanto engordei!)

Um abraço, António

Isamar disse...

Um convite quase irrecusável. Tanto docinho e licor quem lhes resiste?
Lá se vai a linha.
Só o convento já seria um apelo para visitar o Oeste. Assim, melhor será.

Beijinhos

gaivota disse...

excelente! alcobaça e seus eventos!
há que tempos não entro pelo mosteiro, nesses recantes das panelas... esta mostra é uma delícia, todos os anos me apanham lá, é claro, os doces são uma tentação, terrível, os licores já sabemos, não é? a msr será sempre a melhor de todas as ginjas...
a descrição que aqui fazes está soberba, obrigada
este ano não vou poder ir proque estou doente, mas tenho amigos alcobaceiros (como irmãos) que me trarão algumas delícias...
hummmmmmmmmm, que apetites!
beijinhos

Elvira Carvalho disse...

Realmente o tempo passa... parece que ainda há dias o amigo, mostrou a feira dos doces do ano passado, com fotos em slide, onde até o amigo aparecia, bem como a sua esposa. E ainda lembro o comentário da nossa amiga Geo, por causa dos doces. E já se passou um ano...
Um abraço

Raquel Costa disse...

huuummmm!
Aquelas cornucópias...
obrigada pela receita, vou tentar chegar ao gostinho que provei há uns anos em Alcobaça nesta feira.
Era tanta a gente que foi entrar, ver de longe e sair, mas ainda deu para as cornucópias...