OS NOVE PECADOS QUE NOS PODEM CAUSAR VÍCIOS VII!
7 - COMPRAS
Não há estudos adaptados à realidade portuguesa, mas um trabalho da Universidade de Standford (EUA) indica que a oniomania (vício das compras) declarada abrangerá cerca de 8% das pessoas – em Portugal, significaria 800 mil pessoas.
Os vícios da sociedade moderna
"Existe o prazer de comprar, nomeadamente porque há o alívio da tensão do desejo de ir [comprar]. A pessoa compra e alivia-o. Compra, não interessa o que for e de que jeito. Muitas vezes não tem dinheiro suficiente para gastar e cria dificuldades no orçamento individual, no orçamento familiar"
Para alguns psicólogos, o acto de comprar compulsivamente pode ser interpretado como uma doença, tendo naturalmente seus sintomas, sua patologia e sua cura. Outros investem na tese de que a compra compulsiva é exactamente como outros comportamentos compulsivos, não representando uma doença. Neste caso, o ato de comprar seria uma actividade de impulsos derivada do pequeno controlo que temos sobre nosso comportamento no exacto momento da compra.
Pedro Durán Meletti da Artemoda entrevistou o Dr. José de Melo (http://www.ptshot.com/JosedeMelo/6335/)
Como identificar um comprador compulsivo?
Não é difícil. De um modo geral esses indivíduos apresentam uma obsessão por comprar muito mais do que precisam ou do que podem pagar. Existem indivíduos que compram o mesmo artigo repetidamente pelo simples fato de comprar alguma coisa, sem avaliar se o objecto é ou não importante para seu quotidiano.
Quais são os sintomas deste comportamento?
Alguns dos sintomas que estão presentes nesta patologia são: não resistir ao impulso de comprar; gastar acima do seu plano financeiro, assumindo dívidas e prejudicando assim o seu orçamento mensal; prejudicar os planos das pessoas à sua volta com compras abusivas; procurar créditos para conseguir pagar suas dívidas; ter necessidade de comprar o produto no primeiro momento que o vê; ter consciência de que os produtos que adquiriu não têm qualquer utilidade para si no momento da compra.
O indivíduo que tem um problema desta ordem sente uma alteração na sua disposição quando toma a decisão de comprar tudo o que lhe apetece. Ele consegue criar a ilusão de que, por meio dos seus comportamentos compulsivos, controla a forma como lida com os seus sentimentos. Então, a compra compulsiva torna-se uma tentativa de encontrar um sentido emocional para sua vida pois, quando compra, o indivíduo sente-se “cheio”.
O comportamento do comprador compulsivo é semelhante ao de algum outro paciente que tenha desvio psicológico?
O indivíduo de uma forma lenta e progressiva começa a depender deste processo [de compra] para sentir algum conforto na sua vida, e na procura da sua identificação pessoal. A sua vida transforma-se numa procura do prazer através das compras. O comprador a nível intelectual sabe que este processo não lhe traz felicidade, mas não consegue arranjar outro para se sentir melhor consigo mesmo. Esta é uma das características de todos os indivíduos que possuem uma personalidade aditiva.
A compra pode ser considerada, nestes casos, um vício?
O processo de comprar de forma patológica tem início com um conjunto de experiências que, de alguma forma, trazem para o indivíduo uma sensação de mudança no estado do humor. Normalmente nesta altura o indivíduo ainda não percebeu o problema, apenas sabe que quando compra algo consegue alterar o seu estado de humor. No entanto, nem todas a pessoas que procuram obter essa satisfação no acto de comprar se tornam compradores compulsivos. Muitas pessoas passam pelos casinos, por exemplo, mas não se tornam jogadores compulsivos. Alguns encontram por si só outras formas de se satisfazerem e não permitem que a patologia se desenvolva.
Ao fazer as compras, o que difere o homem da mulher?
Ao longo dos tempos, as diferenças entre homem e mulher têm diminuído. No entanto, a procura de ajuda na clínica onde trabalho revela uma grande percentagem de pacientes mulheres com comportamentos compulsivos nas compras. Mas já existem alguns estudos que apontam um aumento significativo de indivíduos do sexo masculino com esta mesma perturbação. O que acontece, infelizmente, é que os homens são um pouco mais resistentes a procurar ajuda.
Como saber se estou exagerando na hora de comprar?
Se achar que é muito difícil resistir ao impulso de comprar gastando mais do que aquilo que ganha, e suas dívidas se começarem a acumular, é provável que esteja exagerando nas suas compras.
Se eu perceber que sou um comprador compulsivo, o que devo fazer?
Em primeiro lugar é necessário admitir de uma forma honesta consigo mesmo que tem um problema. Em seguida aceitar que a partir do momento em que faz a primeira compra fugindo do planeamento mensal, não vai parar sem ter comprado imensas coisas que não precisas, iniciando o processo de novo.
Como posso me tratar sozinho?
Iniciando um processo de tratamento desta patologia, o que é extremamente difícil sem a ajuda de um técnico habilitado. Existem relatos de alguns indivíduos que conseguem parar de comprar. No entanto, como não resolveram o problema que está por trás de seu comportamento, mudam de objecto e continuam com o seu comportamento compulsivo noutra área, como sexo, álcool, jogo...
Que conselhos podem ser dados a um comprador compulsivo?
Procurar levar a relação com outras pessoas obtendo a gratificação de sentir que é amado e respeitado pelos outros. Ser carinhoso consigo mesmo e tratar bem de si, alimentando-se de forma saudável, praticando desportos, não cometendo excessos. Estar atento à forma como procura mudar o seu estado de humor. E não começar a esconder ou dissimular aos seus amigos comportamentos que o envergonhem ou o façam sentir desconfortável.
Quais são as características que definem um bom comprador?
Estudo britânico sugere tratamento
Viciados em compras podem melhorar com antidepressivos
O medicamento, denominado citalopram, foi usado em 24 pacientes com o problema pelos investigadores do Centro Médico da Universidade de Stanford, na Califórnia.
Todos os pacientes eram consumidores compulsivos durante, pelo menos dez anos, e sofriam pessoal ou financeiramente por causa do vício das compras problema. Um deles possuía 55 máquinas fotográficas, enquanto outro tinha mais de dois mil alicates.
Cada paciente recebeu a droga por sete semanas. E, ao longo da investigação, os cientistas concluíram que o remédio reduzia a compulsão por comprar em cerca de dois terços dos pacientes.
Em seguida, durante nove semanas, parte do grupo recebeu o mesmo fármaco, enquanto outros, sem serem avisados, tomaram comprimidos de placebo. Cinco dos oito pacientes que receberam o placebo tiveram recaídas. Mas, ao invés, todos os que continuaram a tomar a droga disseram ter perdido o interesse em comprar. Muitos dos doentes deslocaram-se até aos centros comerciais, mas não compraram absolutamente nada.
Entretanto, muitos especialistas discordam do uso de drogas para tratar problemas como a compulsão por comprar. Para Robert Lefever, director do centro de recuperação Promis, na Grã-Bretanha, é errado usar medicação nesses casos, porque apenas substitui um vício por outro. «É claro que os antidepressivos ajudam no problema, da mesma forma que ajudam a tratar a dependência do álcool», afirmou o médico à
Paula Pedro Martins / Jornalista
Fotos da Net
António Inglês
18 comentários:
Olá mano,
Que sorte tive, andava mesmo agora por aqui e o post a entrar!
Mas, vou já fugir, este é um vício das mulheres (algumas), é o que vocês homens dizem...
Estou a brincar, claro, hoje o consumismo atinge todos os géneros e idades.
Se soubesses o que eu tenho andado por aí a meter-me contigo. Acabei de te mandar um comentário no post anterior, já deves ter percebido e se fores a casa da tua neta até te vais assustar...ah!ah!ah!
Hoje está tudo muito azul cá para o Norte...!
Tem uma noite serena, sem pesadelos com dragões...!
Beijinhos azuis, não, não pode ser senão não os queres, vá lá eu não sou discriminatória, podem ser de cor mais berrante...
Agora é que vais ficar "zangado" comigo...!
Beijinhos
Mana Branca
Amigo António
Vou confessar-te uma coisa: se toda a gente fosse como eu, os centros comerciais e grandes superfiícies iam todos à falència.....
Odeio ir às compras. Vou ao supermercado porque tem de ser. Levo uma lista do que preciso e có vou a essas prateleiras. Faço compras sozinha porque as minhas amigas gostam de se passear pelos vários corredores e ver tudo. Eu odeio. Acho mesmo que é a única situação em que consigo descrever o sentimento de ódio.
Na roupa para vestir, vou a uma loja e não me importo de comprar 3 ou 4 camisetas ou calças iguais e da mesma cor, se acho que não me ficam mal... até nos sapatos. Servem? Não magoam o pés? Ok, levo 3 pares. É assim que faço compras.
Conheço gente que vive a crédito porque compra tudo a crédito. Até a comida. Nos melhores supermercados. Para mostrar que podem ter uma vida que NÃO podem ter. É uma vida a crédito. Felizmente eu não sei viver assim....
Beijinhos
Meu Deus mas como é que eu leio isto tudo?!!!!!!!!!!!
Beijocas grandes e bom domingo...
António, Amigo!
Este é um dos meus vícios, dos meus maiores pecados. No entanto, a moderação é uma das minhas características. Gosto de oferecer, sem ter dia para isso. O factor surpresa é muito importante e arranjo motivo para comprar um livro, uma flor, um Cd para um amigo, uma amiga, um vizinho, alguém que me presta um serviço regular.Não costumo comemorar dias. Todos se prestam a bons momentos de convívio e à entrega de um presentinho a quem gostamos.
Depois, para mim, compro um pouco de tudo o que uma senhora compra: perfumes, bijuteria, vestuário e, essencialmente livros e Cds.
A casa é outra perdição. E lá se vai o dinheiro nas molduras para as fotografias, nos quadros, nos bibelots...
Mas tudo isto sem perder de vista a gestão do meu ordenado, muito a sério. Ah, sabes, a minha cabeça funciona em escudos.E olha que me dá um resultadão.
Beijinhossssssss e um abraço da amiga
Isabel
desejo-lhe um bom domingo. com ou sem compras.
bjo
As compras podem ser um drama.
Conheço uma pessoa que teve que receber tratamento para evitar arruinar-se e endividar-se para lá dos seus limites.
Graças a Deus, nunca gostei de montras nem lojas. Com excepção de livrarias : aí é o desastre!!
Feliz domingo!
E a tua mão, já está curada, como se espera?
Olá meu querido amigo, belíssimo texto... E mais não comento... Parabéns, por tanto trabalho para nós...
Amigo um bom Domingo,
Beijinhos de carinho!
Fernandinha
Avô!!
Só lhe vim deixar, um beijinho Azul, obviamente! :D
Não!!!
Espere... Três beijinhos AZUIS!!!
TRÊS!!!!
ahhahhahaha
(logo ou Terça-feira virei lê-lo com toda a calma do mundo. Ok... Já sei que vai achar isso uma missão impossível, a sua neta calma é difícil de imaginar!! Mas a sério que sim, que virei calma até porque tenho de respirar fundo para ler tanta blogagem ao mesmo tempo!! Então este post das compras... Ai... :\ hahaha)
Mais beijinhos lhe deixo!!
Azuis! :D (eu, de língua de fora, ao estilo "nha nha nha nha nha nhaaaaaa) ahaha :)
Feliz Domingo para si e para os seus!:)
Adorei o teu post.
Jinhos
Branca
Atrasados, mas cá vão os parabéns pelo AZULÃO que pelos visto veio para ficar.
Beijinhos
António
Maria
Acho que somos muito parecidos neste pecado.
Também eu detesto andar às compras, e quando o tenho de fazer, normalmente é a primeira coisa que me servir é que compro.
Um beijinho
António
Amigona
Bom dia. Isto não é para ler , é para ir lendo, se assim entender.
Eu vou estar por aqui, portanto minha amiga, é vir quando e como puder.
Um beijinho
António
Olá Isabel
Eu também sou assim, aliás gosto mais de dar do que receber. Mas mesmo neste caso, quando tenho de ir comprar algo, é sempre à última da hora.
Os tempos que passam têm contribuído muito para que eu "trave" um bocadinho esse gosto de dar coisas, normalmente cá por casa.
Um beijinho
António
Maria Luar
Também para si, lhe desejo tudo de bom.
Um abraço
António
São
Pois eu nem de livros. Compras são as que têm de ser e mesmo assim sempre à última da hora.
Este motivo por vezes leva-me depois a comprar cada porcaria...
Um abraço
António
Fernandinha
Acho que o texto vale mais pelo alerta...
Um beijinho
António
LISA
Parabéns AZUIS!
Não digo mais nada...
Jinhos
António
Maria Clarinda
Um abraço para si.
António
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