segunda-feira, 1 de outubro de 2007

SPUTNIK 50 ANOS LEMBRAM-SE?


Fez 50 Anos no passado dia 29 de Setembro que o primeiro satélite artificial foi lançado para o espaço.

No dia 4 de Outubro de 1957, cinco dias após o seu lançamento, efectuado pela União Soviética, o Sputnik, escapando sem dificuldades à gravidade da Terra e subindo além da atmosfera até se posicionar em órbita, cruzou o limiar de uma nova dimensão da experiência humana. As pessoas a partir de então podiam ver a si mesmas como viajantes do espaço. Esse avanço na mobilidade do futuro poderia provar-se tão libertador quanto os primeiros passos erectos de nossos ancestrais hominídeos, no passado mais distante.No entanto, a reacção imediata reflectiu as sombrias preocupações de um mundo que vivia sob o domínio da Guerra Fria, uma era de medo na qual as duas super potências, União Soviética e Estados Unidos, se confrontavam trocando ameaças de destruição em massa. O Sputnik alterou a natureza e o escopo da Guerra Fria.

Uma simples esfera com peso de apenas 80 kg e diâmetro pouco inferior a 60 cm, com uma superfície altamente reflexiva de alumínio, para reflectir melhor a luz solar e torná-la mais visível da Terra. Dois transmissores de rádio com antenas longas e flexíveis emitiam uma corrente contínua de sinais em frequências que podiam ser captadas por cientistas e operadores de rádio amador, de forma a confirmar a realização.

No momento do Sputnik, John Kennedy era senador recém-eleito pelo Estado de Massachusetts, e não demonstrava interesse especial pelas questões espaciais. Yuri Gagarin era um piloto militar soviético ainda desconhecido, e John Glenn era um aviador do Corpo de Fuzileiros Navais que havia estabelecido há pouco tempo um recorde para o mais veloz voo transcontinental a jacto entre Los Angeles e Nova York. Neil Armstrong estava testando aviões de alto desempenho no deserto de Nevada. As vidas de todos eles não demorariam a mudar, e o mesmo se aplicaria a centenas de milhares de outros engenheiros, técnicos, operários e pessoas comuns, no mundo inteiro.

A corrida espacial foi muito curta: 12 breves anos entre o alarme causado pelo primeiro satélite e o poiso da Apollo 11 na Lua. Mas ela foi emocionante, deslumbrante e ocasionalmente magnífica. Vou deixar que Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua e um sujeito de poucas palavras, tenha a palavra final. "Creio que sempre estaremos no espaço", disse ele em entrevista para o programa de história oral da Nasa. "Mas demoraremos mais do que os proponentes da exploração espacial gostariam para fazer coisas novas, e em alguns casos factores externos ou forças fora de nosso controle terão de surgir para nos motivar, e é difícil antecipar o que pode e o que não pode acontecer".

“ Cinquenta anos meus amigos, tinha eu oito anitos... e parece que foi ontem...”

Informação tirada da net

8 comentários:

Isamar disse...

E tanta coisa mudou! Cinquenta anos na vida da Terra não são nada mas na nossa tanto aconteceu.
Um post muito bem feito. Remeteste-me para a minha meninice e vieram-me à memória aquelas noites em que , no campo, me punha a olhar o céu para ver passar o satélite.
qual seria? Eu tinha pena da laika! O certo é que o avô me dava aulas de astronomia a partir dessa curiosidade. Via a estrela polar, o sete estrelo ( ursa menor) , o planeta Marte....
A tua baía está lindíssima! Passei por lá no Domingo!
Beijinhos

Elvira Carvalho disse...

Há 50 anos amigo eu nem sonhava o que era um satélite e se calhar nem tinha ouvido falar nisso. Tinha acabado de fazer a 4ª classe, e andava a fazer recados para ajudar as despesas. Nem sequer sabia o que era um rádio, quanto mais um satélite. Há 50 anos vivia num velho barracão de madeira, com meus pais e irmãos. O meu pai que era muito engenhoso, com um dÍnamo de uma bicicleta velha, e mais umas peças que ele arranjou no ferro velho, fez uma galena, que era assim uma espécie de rádio mas só se ouvia através duns auscultadores. Servia para ele ouvir os relatos de futebol e a minha mãe ouvir ao domingo a missa.
Um abraço

António Inglês disse...

sophiamar

Cinquenta anos para nós é muita coisa. Eu lembro-me vagamente desta história, talvez mais pelo nome de Sputnik que ficou famoso. Tinha eu oito anos e nessa altura, nunca me preocupei muito em olhar os céus, excepto quando estava em casa de algum dos meus avós. Havia uma curiosidade que eu tinha nessa altura. Porque os meus avós maternos viviam no Minho e os paternos no Ribatejo e como o céu me parecia sempre igual, lembro-me de perguntar ao meu pai se as estrelas que via em Afife eram as mesmas que via em Rio Maior???
Como é bom regressar-mos assim a esse tempo.
Já o prometi e um dia destes vou entreter-me a escrever umas tantas coisas que ainda me lembro dessa altura.
A nossa Baía está realmente a melhorar a olhos vistos, pelo menos na qualidade da água. Foi alvo de uma requalificação que não te sei dizer se a melhorou ou piorou. Nas voz dos comerciantes, não existem grandes melhoras bem pelo contrário.
No domingo fomos capazes de nos ter cruzado sem saber-mos quem eramos pois também por lá andei.
Um beijinho.
José Gonçalves

António Inglês disse...

elvira

Minha amiga, eu também não sabia o que era o Sputnik, mas a fama da coisa correu célere. Lembro-me bem que na escola eu costumava brincar com os meus colegas e quando nos zangávamos eu dizia-lhes: queres levar um Sputnik? era assim uma espécie de murro...
Ainda bem que nenhum quis, porque senão o mais certo era levar eu, embora eu tenha sido um grande malandreco. Com cinco anos, para ter uma ideia, cheguei da escola, que me vinham trazer a casa, e como a minha mãe naquele dia não estava como de costume à janela, eu e mais uns tantos desaparecemos e fomos comprar "fulminantes" ao Bairro de Alvalade. Como morava perto do Areeiro, este passeio levou uma horitas no meio da brincadeira, em que tivemos de atravessar a linha férrea que passava encostadinha a nossa casa. Escusado será dizer que arranjei um trinta e um aos meus pais que já pensavam em tudo, pois correram esquadras de policia, hospitais, sei lá mais o quê à minha procura.
Quando apareci finalmente, valeu-me uma vizinha...
A minha amiga, só me dá motivos de orgulho por me permitir ser seu amigo. A vida antigamente era muito difícil, se era. Um dia talvez conte. Hoje não.
Já falei demais.
Obrigado por ser quem é.
Um grande abraço
José Gonçalves

Elvira Carvalho disse...

Cá estou outra vez: Acredito que o amigo ouvisse falar muito nisso.
Não pode esquecer que vivia na capital.
Eu vivia na Seca do Bacalhau da Azinheira, uma povoação onde viviam 15 casais, mas para onde vinham trabalhar mais de 3oo pessoas de Outubro a Março, que era quando os navios chegavam com o Bacalhau. É uma seca que ainda hoje existe, mas já está desactivada, na margem do Coina.
Um dia hei-de escrever sobre isso.
Não tem nada a ver com quem vivia em Lisboa. Lembro-me que quando tinhamos que ir a Lisboa, normalmente por questões de saúde, ficávamos tão contentes como ficaremos hoje com umas férias no estrangeiro.
Um abraço

avelaneiraflorida disse...

Como eu gosto de vir aqui!!!!
Reencontro , aprendo, converso...
"BRIGADOS" Amigo José Gonçalves!!!

UMA BOA NOITE!

António Inglês disse...

elvira

É mesmo, eu acho que naqueles tempos seria um privilegiado...
Realmente viver em Lisboa era diferente de viver nos arredores.
Repare que nesse tempo, Coina era atrás do sol posto... hoje é já ali...
Ainda a semana passada lá passei, curiosamente.
Nesse aspecto não tenho que me queixar.
Fico à espera de ver uma postagem sua sobre a seca do bacalhau nesses tempos, dos quais, mesmo difíceis ainda aposto tem saudades... ou não?
Faça o favor de dormir em paz e na melhor companhia. Até amanhã.
Veja lá que já me dou ao atrevimento de lhe dizer, até amanhã...
Um abraço com o respeito e a amizade que lhe devo.
José Gonçalves

António Inglês disse...

avelaneiraflorida

As palavras que me ofereces são verdadeiras pérolas que vou guardando para mais tarde recordar.
Parece o anúncio, mas é verdade.
Tenho momentos que fico mais desmotivado e é nessas alturas que me sabe bem recordá-las...
Obrigado amiga, mas quem verdadeiramente aprende todos os dias sou eu. Aprendo que se podem fazer amigos desta maneira, simples, franca, aberta... e vou revendo muita coisa que já me esquecia.
Um obrigado muito grande para ti.
Um abrçao
José Gonçalves