TÁ U MAR FÊT UM CÃO!
“Andando por aí, navegando por muitos e muitos blogs, sítios e imprensa diária, em busca de assuntos que me digam algo que eu sinta que possa interessar, em primeiro lugar a mim próprio, e depois a todos aqueles que têm a paciência de visitar este meu espaço, encontro inúmeras surpresas que não esperava de todo em todo, mas que me vão criando um mundo novo.
Foi assim que um dia destes, dei de caras com este poema do nosso amigo Vieira Calado, creio que dedicado à cidade algarvia de Lagos, e resolvi partilhá-lo convosco pois nestes últimos tempos muito tenho aprendido quando visito os seus blogs.
Eu que nem sou muito dado a poesias, não sou de todo indiferente a um bom poema, quando ele me diz algo, ou as suas palavras comigo falam e me soam bem. Quando as entendo e consigo facilmente perceber o seu sentido. Que me perdoe o amigo Vieira Calado”.
António Inglês
RUA DA BARROCA
Sentir o acre sabor do sal que ainda pronunciam
estas antigas casas, o ar húmido envolvente do rio,
a pura melodia duns lábios, a serenidade antiga.
Estar de novo aqui, vagueando por estas ruelas
donde era possível ouvir as evocações do vento,
no seu ofício de relembrar a tentação dum barco.
Comungar da respiração dum remo cadenciado
que mergulha no mar gerando essa festa mágica,
o prémio para um pescador, o tributo das águas.
E, por fim, evocar esta exígua vertiginosa fronteira
da luminosidade cendrada, violenta, do inverno,
numa gaivota distraída, juvenil, às portas da cidade.
Vieira Calado, em “Lagos Ontem”,
2ª edição da Câmara Municipal de Lagos
Foto da Net
12 comentários:
E eu tenho uma fotografia minha a fotografar a Rua da Barroca, ali ao início, perto do Jardim à entrada do Arco. Fotografaram-me enquanto eu fotografava. Perto de mim tenho um livro " Escritores Portugueses do Algarve" onde tenho o grato prazer de ver , logo na capa, entre outros, o meu amigo Vieira Calado. É um doce homem que tive o grato prazer de conhecer pessoalmente no fim de 2007 e de cuja obra devíamos ter conhecimento. Eu tenho quase tudo quanto publicou. E os seus postais são lindos.
Bem hajas, António, por teres trazido um nosso amigo.
Beijinhosssssss
António, fizeste bem em partilhar e gostei imenso da foto e da frase.
Venho dizer-te que fui ontem a Lisboa e estou bem satisgeita: sete Kgs já se foram!! E tu ?
Feliz Páscoa em companhia dos teus!
Isabel
O nosso amigo Vieira Calado tem a dimensão que eu não sabia que tinha, porque não o conhecia. Até mesmo depois de o ter conhecido por teu intermédio, nunca pensei que fosse o homem que é.
"A curiosidade matou o gato" como se costuma dizer e eu depois de sem querer ter encontrado este poema dele num sítio que curiosamente não lembro qual foi, investiguei e vi como o seu valor está espalhado pelo Algarve. Creio que particularmente por Lagos onde vive há cerca de 14 anos segundo julgo ter lido.
Também ele já me falou em ti de forma carinhosa.
Sabes? Chego à conclusão que não conhecia o Algarve e as suas gentes como pensava. Essa região está repleta de notáveis que mereciam melhor divulgação.
Só graças a ti e ao Vieira Calado com quem tenho trocado algumas palavras, abri os meus conhecimento sobre o "nosso" Algarve.
Um beijinho
António
São
Pois tem sido para mim uma descoberta extraordinária o obra deste nosso amigo, de quem já tenho dois livros.
Quanto aos resultados que obtiveste estou muito satisfeito, principalmente por ti.
Eu, recomecei com a dieta mais rigorosa, que o Doutor me tinha dado na primeira vez que lá fui e foi um êxito. Desta vez não está a ser tão eficaz, até porque o choque maior foi naquela primeira alteração dos hábitos alimentares.
Agora, como já me habituei a comer da forma que ele me ensinou e não tenho feito muitas asneiras, os resultados não são tão rápidos de se fazerem notar, mas mesmo assim já lá vão mais sete kgs.
Se tudo se repetisse, com o tempo de dieta que já levo, cerca de 1 mês mais ou menos, a esta hora já tinha perdido para aí uns 15 ....
Tem-me faltado uma componente que ainda não consegui introduzir no acompanhamento da dieta desta vez que é o andar. Fazer umas caminhadas é o que me faz falta.
Depois da Páscoa, irei fazê-lo com a frequência com que o fazia nos primeiros tempos.
Mas sinto-me bem, muito bem mesmo pois no presente peso cerca de 105/107 e quando comecei tudo isto pesava 140......
E já corro minha amiga, já corro, coisa que não fazia há muitos anos...
Um grande beijinho e parabéns, mas continua que vais ter mais resultados verás.
António Inglês
E ainda bem que este poema foi encontrado!!!!!
Assim, todos nós podemos ter o prazer de o reler...
BRIGADOS. Amigo António!!!!
Bjkas!
Ah a Rua das Barrocas, donde o olhar se perde, pela Meia-praia a perder de vista... Quantas vezes passeei por lá, olhando e fotografando. A foto da Ponta da Piedade, com a Rocha do Sapato em primeiro plano, tenho uma muito idêntica, no primeiro post do meu blog Coisas Minhas, Setembro de 2007. Sabe o que é curioso? É que há dias recebi o último livro do amigo Vieira Calado e meu marido ao abrir o livro e ver a foto dele, disse-me que o conhece, e que se lembra bem dele, de outros tempos.
Um abraço amigo
AH! esqueci dizer uma coisa. Sabe onde eu tomei conhecimento com a obra do nosso amigo Vieira Calado?
Pois o meu primeiro encontro com a obra dele foi no blog do By Osc@r Luiz, um biólogo brasileiro de quem gosto muito.
Um abraço
Avelaneiraflorida
Hoje não me sentiria tão admirado por ter encontrado este poema noutro espaço do amigo Vieira Calado.
Estou muito mais familiarizado com o seu valor e com a sua obra para me sentir dessa maneira.
Um beijinho.
António Inglês
Elvira
Pois eu não conhecia a rua.
Quanto ao livro já cá o tenho também e tem-me feito companhia nestas últimas noites.
Espero que estejam todos bem.
Um abraço
António Inglês
Elvira
Nos últimos tempos tenho visitado tantos blogs que nem me lembro em qual deles encontrei este poema, mas se a memória não me atraiçoa foi num ligado a alguém com relações camarárias em Lagos.
Um abraço
António Inglês
Porque Lagoa é perto de Monchique...
Dias de alegria
vivi em Monchique
mal saía á porta
caía logo a pique
Entre vales verdejantes
em Monchique caminhei
com sol chuva e vento
nas termas me refresquei
Nas termas de monchique
jornais fui comprar
café bebi bem caro
o "gordo" fui buscar
Á Kadoc fui com os putos
toda a noite dançar
três copos eu bebi
a Monchique me fui deitar
O comentário está feito
tenho que ir trabalhar
se bem estenderes
o podes publicar
LA
Meu caro BIG RIVER
Gostei do teu comentário. E como não sou de me ficar cá vai a resposta...
Vieste com a veia afinada
Gostei do teu versejar
Não sei se foi da noitada
Se foram as correntes de ar!
De subir não te fartaste
Nem sequer te vi aflito
Mas no fundo afinal gostaste
Só não gostaste do meu grito!
Vitórria! Vitórria! Vitórria!
Gritei eu vezes sem fim
Vieste triste e sem glória
Mas depois queixas-te de mim!
Ainda um dia hás-de lembrar
Destas férias e outras tais
E voltarás a perguntar
Ó Lacerda não há mais?
Era uma casinha na Serra
De Monchique bem escondida
Caminho estreito e de terra
E uma porta mal parida!
Degraus soltos e perigosos
Em rampa longa e sofrida
De recantos belos e manhosos
Numa encosta muito atrevida!
De camaradagem e amizade
Foram feitos estes três dias
Se não te ficar a saudade
Terás de achá-las por outras vias!
Houve de tudo naquela casa
Em momentos hilariantes
Com um grãosinho na asa
Muitos foram os cantantes!
Turismo Rural disse o cavalheiro
E premiado com selo de ouro
Eu gostaria de saber primeiro
Se foi prémio do tempo mouro...
Aquela maldita camisola
Que fez das suas ao serão
Pôs um teimoso da tola
A espetar uma faca na mão!
Esteve lá a gente boa
Em ambiente quentinho
De Rio Maior e Lisboa
De Carcavelos e até do Minho!
Por agora fico-me assim
Para que não haja engano
Mais férias em festim
Só na Páscoa e para o ano!
AI.
Um abraço ó campeão!
António Inglês
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