quinta-feira, 20 de setembro de 2007

ESPÉCIES EM VIAS DE EXTINÇÃO



“Começo hoje um ciclo de artigos que fui compilando da net, sobre animais em vias de extinção.
Pela gravidade e importância do problema, achei que seria interessante falar do assunto periodicamente. Neste contexto trago até vós o primeiro dos animais que correm risco de extinção, a Águia Real”.

Na moderna ecologia, designa-se por espécies em vias de extinção aquelas cujo número de indivíduos é muito reduzido, com iminente perigo de desaparecerem se não forem protegidas, e denominam-se espécies ameaçadas ou em perigo quando a população, apesar de ter diminuído, não está à beira da extinção. Mais de 90% das espécies que até hoje existiram desapareceram ao longo do tempo. De início, a extinção deveu-se a fenómenos naturais. Depois, tornou-se cada vez mais a actividade humana a responsável pelo desaparecimento de espécies.
Pouco se sabe sobre o processo de extinção de espécies, que também se pode considerar como um passo da evolução, visto que a eliminação das espécies antigas deixa lugar a espécies novas. É provável que os predadores e as mudanças ambientais tenham desempenhado um papel importante na extinção de populações do passado. Admite-se que é a adaptação a força mais importante que provoca a extinção de uma população. É esta mesma força que dirige a evolução. Ao longo do tempo, uma população pode adaptar-se de maneira tão específica ao seu ambiente e atingir tal especialização que não tem condições de resistir a alterações ambientais. Quando os humanos apareceram, aprenderam a matar organismos como fonte de alimento, comércio ou desporto, alterando, com frequência, os meios ambientais naturais durante o processo. Desta maneira, a taxa de extinção foi-se elevando de maneira progressiva, até que no começo do século XX atingiu a taxa de uma espécie por ano.
Na actualidade, quando os meios naturais são degradados e destruídos em todas as zonas do mundo, essa taxa deve ter-se elevado a uma espécie por dia. Alguns biólogos ainda a consideram elevada, admitindo que, em meados do século XXI, a extinção possa atingir a quarta parte de todas as espécies. É entre os invertebrados e especialmente entre os insectos que a taxa de extinção é mais elevada hoje em dia.
Atendendo à sua escala e ao tempo necessário, este processo de extinção representará um desastre maior que qualquer outra extinção ocorrida desde o começo da vida. Poderá exceder a “grande extinção” dos dinossauros e suas famílias, assim como organismos a eles associados, há cerca de sessenta e cinco milhões de anos, quando desapareceu uma grande parte das espécies da Terra.
Quando os biólogos referiam que se estava a perder uma espécie por ano, referiam-se quase exclusivamente aos mamíferos e aves, que representam no total cerca de 13 000 espécies. Tal e qual como o órgão que se atrofiou não volta a desenvolver-se, uma população extinta não torna a aparecer (lei da irreversibilidade da evolução).
Os humanos determinaram a extinção de muitas espécies, quer através da predação, quer pelo facto de terem desorganizado de tal maneira o ambiente natural de certas populações que tornaram impossível a sua sobrevivência. Por esse motivo, algumas espécies vivem actualmente à beira da extinção.

A Águia-Real

Características Gerais

Nestes animais o Macho tem normalmente 75 cm e a Fêmea 90 cm.
Não há ave que se possa comparar em majestuosidade à Águia Real. Esta enorme ave de rapina voa sobre os cumes montanhosos, abrindo as asas de uma envergadura de mais de dois metros, enquanto esquadrinha o céu e a terra em busca da sua presa.
De repente lança-se sobre a vítima a uma velocidade de 150 quilómetros por hora e cai para apresar uma lebre, perdiz ou coelho. Ocasionalmente as águias capturam cordeiros, embora normalmente só os que estão fracos por falta de alimento.
Comem também carne putrefacta.

Habitat

As Águias Reais constituem um casal para toda a vida e têm normalmente dois ou três pontos concretos de nidificação que escolhes entre si.
Estes locais estão situados a diferentes alturas, variando de distância uns dos outros, que por vezes pode ser mínima, às vezes só uns 20 metros.
Frequentemente utilizam estes pontos em rotação.
O ninho escolhido, um grande monte de ramos colocadas saliente ou no alto da montanha, ou muito raras vezes uma árvore, vai aumentando de tamanho ao passar dos anos. Reparam-no e melhoram-no antes da época de procriação e enfeitam-no com vegetação fresca
Á medida que vão crescendo os filhotes o ninho vai-se cobrindo de um depósito de ossos e restos de alimento levado pelos pais.

Identificação

Têm o corpo quase uniformemente escuro, com matiz dourada na cabeça
Bico recurvado, grosso e poderoso.
Asas excepcionalmente longas
A fêmea é maior que o macho.

Nidificação

Ambos os sexos constroem ou reparam os ninhos em Novembro ou Dezembro.
Postura em Março ou Abril, normalmente de dois ovos brancos, com frequência com manchas pardo-avermelhadas. Incubação de cerca de 50 dias, principalmente feita pela fêmea.
As crias, alimentadas por ambos os pais, deixam o ninho cerca das 12 semanas.

Alimentação

Normalmente alimentam-se de lebres, coelhos, perdizes, cordeiros ( raramente ) e carne em decomposição.

José Gonçalves


4 comentários:

elvira disse...

pertinente actual e necessária a chamada de atenção para um flagelo da humanidade que são as espécies em vias de extinção. Eu penso que a vida na terra é uma corrente em que cada espécie é um elo dessa corrente. O homem como todo o ser vivo é um elo dessa corrente. Cada vez que um espécie é extinta, parte-se um elo e a corrente vai ficando mais fragmentada. Um dia, espero eu que não tarde de mais, o homem precisará da corrente para sobreviver, e vai dar-se conta que graças á sua estupidez, já só tem bocados.
Isto é o que penso. E penso também que enquanto o homem não respeitar todos os seres vivos, e não os defender como defenderia a sua vida, o mundo, está condenado á extinção.
Um abraço



Á margem do post. Andou pelo "Coisas minhas" ou pelo "Sexta-feira"? Neste último tem agora um bom remédio para a insónia...eheheheheheh

António Inglês disse...

Elvira

De vez em quando lembro-me assim de umas quantas coisas que tenho arquivadas e das quais me esqueço com frequência.
Deve ser da idade. O que acontece é que de vez em quando, entretenho-me a procurar nos vários artigos que por aqui andam e lá me sai um para o blog.
Este achei muito oportuno realmente e irei falar em mais espécies em extinção.

Quanto andei por "sua" casa foi pelo Sexta-feira se a memória não me atraiçoa, mas lá irei aos dois se mo permitir.
Um abraço
José Gonçalves

Elvira Carvalho disse...

Só passei para desejar um bom fim de semana.
Um abraço

António Inglês disse...

Elvira

Obrigado e um bom fim de semana para si também
José Gonçalves