ESPÉCIES EM VIAS DE EXTINÇÃO
“Começo hoje um ciclo de artigos que fui compilando da net, sobre animais em vias de extinção.
Pela gravidade e importância do problema, achei que seria interessante falar do assunto periodicamente. Neste contexto trago até vós o primeiro dos animais que correm risco de extinção, a Águia Real”.
Na moderna ecologia, designa-se por espécies em vias de extinção aquelas cujo número de indivíduos é muito reduzido, com iminente perigo de desaparecerem se não forem protegidas, e denominam-se espécies ameaçadas ou em perigo quando a população, apesar de ter diminuído, não está à beira da extinção. Mais de 90% das espécies que até hoje existiram desapareceram ao longo do tempo. De início, a extinção deveu-se a fenómenos naturais. Depois, tornou-se cada vez mais a actividade humana a responsável pelo desaparecimento de espécies.
Pouco se sabe sobre o processo de extinção de espécies, que também se pode considerar como um passo da evolução, visto que a eliminação das espécies antigas deixa lugar a espécies novas. É provável que os predadores e as mudanças ambientais tenham desempenhado um papel importante na extinção de populações do passado. Admite-se que é a adaptação a força mais importante que provoca a extinção de uma população. É esta mesma força que dirige a evolução. Ao longo do tempo, uma população pode adaptar-se de maneira tão específica ao seu ambiente e atingir tal especialização que não tem condições de resistir a alterações ambientais. Quando os humanos apareceram, aprenderam a matar organismos como fonte de alimento, comércio ou desporto, alterando, com frequência, os meios ambientais naturais durante o processo. Desta maneira, a taxa de extinção foi-se elevando de maneira progressiva, até que no começo do século XX atingiu a taxa de uma espécie por ano.
Na actualidade, quando os meios naturais são degradados e destruídos em todas as zonas do mundo, essa taxa deve ter-se elevado a uma espécie por dia. Alguns biólogos ainda a consideram elevada, admitindo que, em meados do século XXI, a extinção possa atingir a quarta parte de todas as espécies. É entre os invertebrados e especialmente entre os insectos que a taxa de extinção é mais elevada hoje em dia.
Atendendo à sua escala e ao tempo necessário, este processo de extinção representará um desastre maior que qualquer outra extinção ocorrida desde o começo da vida. Poderá exceder a “grande extinção” dos dinossauros e suas famílias, assim como organismos a eles associados, há cerca de sessenta e cinco milhões de anos, quando desapareceu uma grande parte das espécies da Terra.
Quando os biólogos referiam que se estava a perder uma espécie por ano, referiam-se quase exclusivamente aos mamíferos e aves, que representam no total cerca de 13 000 espécies. Tal e qual como o órgão que se atrofiou não volta a desenvolver-se, uma população extinta não torna a aparecer (lei da irreversibilidade da evolução).
Os humanos determinaram a extinção de muitas espécies, quer através da predação, quer pelo facto de terem desorganizado de tal maneira o ambiente natural de certas populações que tornaram impossível a sua sobrevivência. Por esse motivo, algumas espécies vivem actualmente à beira da extinção.
A Águia-Real
Não há ave que se possa comparar em majestuosidade à Águia Real. Esta enorme ave de rapina voa sobre os cumes montanhosos, abrindo as asas de uma envergadura de mais de dois metros, enquanto esquadrinha o céu e a terra em busca da sua presa.
De repente lança-se sobre a vítima a uma velocidade de 150 quilómetros por hora e cai para apresar uma lebre, perdiz ou coelho.
Comem também carne putrefacta.
As Águias Reais constituem um casal para toda a vida e têm normalmente dois ou três pontos concretos de nidificação que escolhes entre si.
Estes locais estão situados a diferentes alturas, variando de distância uns dos outros, que por vezes pode ser mínima, às vezes só uns 20 metros.
Frequentemente utilizam estes pontos em rotação.
Á medida que vão crescendo os filhotes o ninho vai-se cobrindo de um depósito de ossos e restos de alimento levado pelos pais.
Identificação
Têm o corpo quase uniformemente escuro, com matiz dourada na cabeça
Bico recurvado, grosso e poderoso.
Asas excepcionalmente longas
A fêmea é maior que o macho.
Nidificação
Ambos os sexos constroem ou reparam os ninhos em Novembro ou Dezembro.
Postura em Março ou Abril, normalmente de dois ovos brancos, com frequência com manchas pardo-avermelhadas. Incubação de cerca de 50 dias, principalmente feita pela fêmea.
Alimentação
Normalmente alimentam-se de lebres, coelhos, perdizes, cordeiros ( raramente ) e carne em decomposição.
José Gonçalves
4 comentários:
pertinente actual e necessária a chamada de atenção para um flagelo da humanidade que são as espécies em vias de extinção. Eu penso que a vida na terra é uma corrente em que cada espécie é um elo dessa corrente. O homem como todo o ser vivo é um elo dessa corrente. Cada vez que um espécie é extinta, parte-se um elo e a corrente vai ficando mais fragmentada. Um dia, espero eu que não tarde de mais, o homem precisará da corrente para sobreviver, e vai dar-se conta que graças á sua estupidez, já só tem bocados.
Isto é o que penso. E penso também que enquanto o homem não respeitar todos os seres vivos, e não os defender como defenderia a sua vida, o mundo, está condenado á extinção.
Um abraço
Á margem do post. Andou pelo "Coisas minhas" ou pelo "Sexta-feira"? Neste último tem agora um bom remédio para a insónia...eheheheheheh
Elvira
De vez em quando lembro-me assim de umas quantas coisas que tenho arquivadas e das quais me esqueço com frequência.
Deve ser da idade. O que acontece é que de vez em quando, entretenho-me a procurar nos vários artigos que por aqui andam e lá me sai um para o blog.
Este achei muito oportuno realmente e irei falar em mais espécies em extinção.
Quanto andei por "sua" casa foi pelo Sexta-feira se a memória não me atraiçoa, mas lá irei aos dois se mo permitir.
Um abraço
José Gonçalves
Só passei para desejar um bom fim de semana.
Um abraço
Elvira
Obrigado e um bom fim de semana para si também
José Gonçalves
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