segunda-feira, 10 de novembro de 2008

BANCOS... BANQUINHOS... E BANQUEIROS! GESTOS... GESTINHOS... E GESTORES!


Tenho andado meio “apardalado” com a recente notícia dos problemas no BPN, salvo da falência pela a nacionalização que o governo resolveu adoptar como medida, dizem. Tudo muito confuso para a cabeça de um simples e humilde mortal, que se limita a contar os tostões para ver se chegam pelo menos ao dia 20 de cada mês. Os últimos dez são de autêntico sufoco. Mas isto sou eu, porque não tenho gestores, com direito a carro, chauffeur, telemóveis, secretárias particulares, viagens e outras benesses, pagos a peso de ouro para que as minhas finanças possam “florir”. Sou e a patroa que fazemos, (mal pelos vistos), a nossa própria gestão dos “cobres” que nos vão dando algum sossego até ao dia 20 de cada mês. Talvez por isso, ninguém decidiu até hoje, entregar-nos as suas finanças para que nós as geríssemos.




Sempre pensei que o dinheiro fazia dinheiro e que assim os bancos não teriam razão para falir ou ficarem sem fundos. Sem o tal dinheiro que tantos lhes entregam diariamente. Não era suposto serem os bancos a ter o dinheiro que lhes confiamos? Não são os bancos que no fim do ano apresentam lucros e mais lucros nas suas contas? Então como é possível que isto aconteça? Como é possível que irresponsabilidades destas possam acontecer? Crise? Crise temos todos nós, e o nosso negócio não é o dinheiro. O negócio dos bancos é. São eles que nos cobram juros elevadíssimos, taxas por tudo e por nada. Porquê então uma situação destas? E agora? Que acontecerá a quem foi responsável por esta situação?

Cá em casa, quando gerimos mal o “orçamento” e nos falta o “vil metal”, normalmente pagamos cara a leviandade. E se nos atrasamos no pagamento de algum imposto, somos logo ameaçados e levam-nos tudo. Mas pagamos, temos de pagar! A bem ou a mal! E neste caso quem pagará tudo isto? O Estado? O Estado ou todos nós?




Isto sou eu a pensar alto, que deste negócio não percebo “patavina”. A explicação há-de surgir seguramente e se existirem culpados que sejam punidos e que paguem pois a mim ninguém me perdoa nada. Só que, como na maioria das vezes, nestes casos onde entra o “peixe graúdo” a culpa acaba sempre por morrer solteira. Só quando os responsáveis são da “arraia miúda” é que tudo aparece em grandes parangonas, culpando sem apelo nem agravo o desgraçado que cometeu um ilícito de desviar ... se calhar um papo-seco para matar a fome em casa.

Foi assim que um dia destes, ao ler a revista TV-Guia, julgo que da última semana, me deparei com um artigo escrito por Francisco Moita Flores que me ajudou a perceber que afinal de contas as minhas dúvidas não são assim tão... dúvidas. Aqui vos deixo o artigo:




O BPN

A decisão de nacionalizar o BPN parece-me acertada, embora nada perceba de finanças. A esquerda votou contra. A direita, a favor. Exactamente ao contrário das nacionalizações de outros bancos há 30 anos. Nessa altura, a esquerda nacionalizava,e a direita protestava. Dizem-me que as razões são diferentes. Na altura, nacionalizou-se porque o dinheiro era do povo. Agora nacionaliza-se para salvar os banqueiros. Mas se o dinheiro que está nos bancos é do povo, do rico e do pobre, salvando o dinheiro do rico, salva-se o dinheiro do pobre, afinal os mesmos pobres que há trinta anos pediam que se nacionalizassem os bancos. Uma confusão! Só que ainda não se percebeu a razão da crise dos bancos. Podem compreender os sábios, mas o tal povo que tem uns trocados numas contas-poupança reforma, e no qual me incluo, está baralhado.





Se há dois meses havia tanto dinheiro e investimento, para que raio de lugar foi a massa que desapareceu dos bancos? É o mesmo que uma esquadra sem polícias ou um hospital sem médicos. A verdade, verdadinha, é que devemos ir um pouco mais longe na procura do dinheiro. Comecemos pelos fundos comunitários. Sabe-se que desde há dois anos entram por dia em Portugal milhões de euros vindos da União Europeia. Para fazer obras. Para formar quadros, Esses biliões desapareceram? Estão a ser investidos? Mas onde pára o raio do dinheiro, Santo Deus? Sabemos que os carteiristas não o têm. Os cartões de crédito lixaram a vida dos carteiristas. Não está nos bancos. Não está no governo. Então, continuemos a procurar.





Entremos na ilegalidade. Imaginemos que existem em Portugal apenas 30 mil toxicodependentes em velocidade de cruzeiro. Que cada um deles gasta 50 euros para comprar as doses diárias. Em notas, claro, que neste negócio não se aceitam cartões. Isto dará 1,5 milhões de euros em circulação. Mais coisa menos coisa. Todos os dias. Num mês atira-se para os 45 milhões. É obra! Julgo que está na hora de proceder à nacionalização desta massa. Nacionalizar os toxicodependentes e o Fisco a atazanar a vida dos traficantes. Aí a esquerda e a direita votam a favor. É que esta ideia é idiota. E quando se trata de idiotices, toda a malta da política está de acordo. Quando se trata de coisas sérias, discutem para mostrarem quem é mais esperto. No final, são espertalhões, e quem se lixa é o mexilhão. O povo que todos adoram desde que não os chateie.

Francisco Moita Flores – Criminologista

Fonte TVGuia

Fotos da Net

António Inglês


4 comentários:

Paula Raposo disse...

Eu também ainda não percebi...

gaivota disse...

e quem é que percebe???
só mesmo eles que andam muito lá dentro do assuntooooooooooooo
beijinnhos

António Inglês disse...

Paula

E alguém percebe?

António

António Inglês disse...

Gaivota


Respondi assim à Paula Raposo. É que ninguém percebe mesmo.
Abraço
António