METADE DOS PORTUGUESES NÃO FAZ TESTE DO VIH/SIDA POR MEDO
Ainda assim, há muito desconhecimento face aos comportamentos de risco e o medo e a injustiça são os principais sentimentos gerados pela doença. Cerca de 93 por cento das pessoas que participaram no estudo dizem que as pessoas infectadas com o vírus são discriminadas, e apenas 37 por cento sentem que este tratamento diferencial tem reduzido.
Para os inquiridos as campanhas de publicidade mais eficazes são as que apelam à prevenção, ao uso de preservativo e à necessidade de um diagnóstico precoce. São estas que a população melhor recorda. Porém, a grande maioria é indiferente a muitas delas – apenas 49 por cento recorda com alguma facilidade as campanhas publicitárias levadas a cabo nas últimas décadas.
O estudo - elaborado pelo Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Católica Portuguesa com o apoio da Tibotec – baseou-se num inquérito realizado em Novembro junto de 603 portugueses, de ambos os sexos, entre os 18 e os 65 anos, sobre temas de saúde pública. “Pretende-se que as conclusões possam dar um contributo fundamentado para se ultrapassar o medo, gerando novas atitudes face às pessoas seropositivas e à doença”, explicou Castro Caldas, médico neurologista e Director do ICS.
De acordo com a classificação adoptada pela OMS, a epidemia portuguesa é do tipo concentrado. A prevalência na população geral portuguesa é inferior a um por cento, mas pelo menos em dois grupos vulneráveis (utilizadores de drogas injectáveis e reclusos) é superior a cinco por cento.
No caso dos grupos de utentes que recorreram em 2004 às diferentes estruturas de tratamento da toxicodependência, as percentagens de positividade para o VIH variaram entre os 12 por cento e os 28 por cento. O relatório diz também que o peso relativo das vias de transmissão da infecção tem-se modificado em Portugal, mas os utilizadores de drogas injectáveis representaram, desde o início da epidemia e até 1999, a maior proporção de infectados.
Romana Borja-Santos/Público 27.11.08
Fotos da Net
António Inglês
6 comentários:
Pois é António...as +pessoas infelizmente ainda pensam que só acontece com os outros, outras por mero egoísmo recusam a pretecção...e, depois vem a descriminização, as pobres crianças infectadas,etc., etc.,
Junto--me ao teu grito!
Jinhos
Excelente este texto amigo. Em casa todos fizemos se bem que há muito tempo que não fazemos. Desde que outras doenças nos impediram de continuar a dar sangue, nunca mais fizemos. O Pedro como é dador faz regularmente, e a Mónica também faz de vez em quando porque os auxiliares e os enfermeiros, fazem dum tanto em tanto tempo.
Um abraço e bom feriado.
P.S. Não vou ler agora o seu tratado histórico. Volto quando tiver um bocadinho mais de tempo
Clarinda
É verdade Clarinda. Ninguém quer acreditar que lhe possa acontecer a si próprio. Depois quando elas acontecem já não há mesmo remédio.
Acho que nos dias de hoje se gerou um clima de falta de confiança entre os homens, daí o medo de fazer o teste e de encontrar as respostas que jamais pensaria ouvir.
Ao contrário, penso que quem não deve não teme e a infecção pode vir de tantas maneiras.
No barbeiro, no dentista, num hospital... sei lá e de outras que todos sabemos quais...
Normalmente quem vai pagar toda esta inconsciência são os filhos que não pediram para vir ao mundo nem têm culpa de nada.
Um beijinho
António
Elvira
Eu infelizmente tive de dar sangue durante nove anos seguídos para o meu pai e hoje em dia sempre que posso, dou.
Análises até fazemos com grande frequência cá em casa, por razões de saúde e aproveitamos a ocasião.
Neste preciso momento até que estamos sem as fazer vai para algum tempo, mas como brevemente terei de as fazer para a minha operação (que ainda não foi repare), então sim nessa altura voltarei a estar em dia.
Desejo-lhe um bom feriado e espero que já esteja bem. Para a semana há mais.
Um abraço
António
é verdade, antónio, muitos não fazem o teste por vergonha e/ou por medo... e continuam a aparecer cada vez mais casos, a prevenção está no ar, mas depois...
é como se sabe!
excelente texto
beijinhos
Olá António,
Passo para te deixar um beijinho.
Trablhos muitos completos que nos deixaste, como sempre.
O teu alerta é muito importante.
Cá em casa já fizemos o teste, apenas uma vez, aproveitando rotinas e análises gerais, há cerca de um ano.
Aconselho a leitura do blog Sidadania onde se aprende muito sobre o tema e se aprende a desdramatizar.
Volto para ler o teu trabalho sobre a Restauração da Independência.
Beijinhos
Branca
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