Ícone. Mais do que um herói de animação, Mickey é um símbolo do século XX e da América. Tem uma estrela no Passeio da Fama e desde o início que foi um sucesso entre o público e uma mina de ouro para Disney
A ideia parecia absurda mas Walt Disney estava confiante: ter um rato, um animal de que todos tinham medo e que a todos criava repulsa, como personagem simpática e amigável era o desafio. O criador tinha apenas 26 anos e não havia muitos financiadores dispostos a investir dinheiro neste rato que começou por se chamar Mortimer mas que, por sugestão de Lillian, a mulher de Walt Disney, acabou por se chamar Mickey. Isto foi em 1928. E foi assim que, há 80 anos, nasceu uma estrela.
Apesar da data oficial de aniversário do Mickey ser 18 de Novembro, porque foi neste dia que foi lançado o filme Steamboat Willie, em que era protagonista, a verdade é que Mickey e Minnie apareceram pela primeira vez na curta Plane Crazy, produzida em Maio de 1928. Ub Iwerks foi o desenhador e realizou o filme juntamente com Disney. Nesta primeira aparição, Mickey constrói um avião, convida Minnie para voar e passa toda a viagem a tentar beijá-la. É um filme ao mesmo tempo amoroso e cómico, mas que acabou por não chegar ao cinema.
Apesar do fracasso, Disney insiste numa segunda curta-metragem com este rato: The Gallopin' Gaucho (a parodiar o filme The Gaucho, com Douglas Fairbanks), onde, além de Minnie, aparece pela primeira vez a personagem Bafo de Onça. Mas, mais uma vez, Walt Disney não conseguiu encontrar um distribuidor.
Steamboat Willie foi, na verdade a terceira curta-metragem de Mickey a ser produzida, mas foi a primeira com som e a primeira a captar, de facto, a atenção do público. Como de costume, Steamboat Willie foi co-realizado por Walt Disney e Ub Iwerks, responsável pela animação, e o filme era uma paródia assumida de Steamboat Bill Jr., com Buster Keaton.
Um dos motivos do sucesso deste filme foi, sem dúvida, o modo como a banda sonora foi usada em interligação com a narrativa, algo que era pouco comum na altura, sobretudo para criar um efeito cómico. Disney aproveitou este sucesso para sonorizar e relançar os dois filmes anteriores.
A partir daí, ninguém conseguiu parar o Rato Mickey. Uma das particularidades destes primeiros filmes é que a voz de Mickey é assegurada pelo próprio Disney, o que aconteceu até 1946. Já, quanto ao desenho, em 1930 deixa de ser assinado por Iwerks, que deixa Disney para criar a sua própria empresa. Apesar de Walt Disney ter sido o autor da personagem, a verdade é que era Iwerks que desenhava e fazia toda a animação.
Outros desenhadores e argumentistas foram contratados. Floyd Gottfredson foi, nos anos 30, o principal autor daquela que era já a mais famosa personagem da casa, começou também a aparecer em tiras publicadas na imprensa diária.
Mickey é o grande herói dos anos da Depressão. É nesta altura que surge a galeria de personagens que hoje todos identificamos, onde se destacam Pluto, Mancha Negra, Pateta ou Clarabela. Criado em 1934 para a série Silly Synphonie, Pato Donald tornou-se uma das mais populares personagens, acabando por ganhar o seu próprio universo. Tradicionalmente, Mickey surge de calções vermelhos e sapatos amarelos, uma homenagem de seu criador à Ordem de DeMolay, da qual era membro. Mas o Rato surpreendia a cada filme, ora era bombeiro ora cowboy, ora aventureiro ora detective. O público adorava.
Mickey foi a primeira estrela animada dos estúdios de Disney; recebia milhares de cartas dos fãs; Charlie Chaplin, um dos seus modelos, pediu que antes dos seus filmes passasse um desenho animado do Rato Mickey; Sergei Eisenstein gabou a "perfeição" da personagem; o Presidente Roosevelt queria que houvesse sempre um filme de Mickey na Casa Branca para ser exibido quando lhe apetecesse; o Rato Mickey foi um dos primeiros e principais alicerces do império que Walt Disney construiu. Em 1932 o Clube de Fãs de Mickey já tinha milhões de membros e Disney recebeu um Oscar especial pela criação desta popular figura. Em 1934, o merchandising associado ao Rato já rendia qualquer coisa como 600 mil dólares por ano.
Redesenhado e colorido, Mickey manteve-se no top. Em 1940 saiu o clássico da Disney, Fantasia, um marco a nível artístico e técnico, com som estereofónico, animação com cores e formas nunca antes vista. Desde então, apesar de aparecer em menos filmes (a Segunda Guerra Mundial levou a uma diminuição da produção dos estúdios mas também a novas estratégias e a novas personagens), Mickey ficou para sempre como o ícone da Disney - a tal ponto que uma das senhas das Forças Aliadas no Dia D, 6 de Junho de 1944, foi "Mickey Mouse".
Disney é o anfitrião óbvio da Disneyland, desde a sua inauguração em 1955. Em 1978, na celebração dos seus 50 anos, Mickey tornou-se a primeira personagem de animação a ter uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.
Sem dúvida! A minha infância também foi recheada por filmes de Walt Disney. E com eles a vossa doce pronúncia! Ainda hoje revejo muitos, em especial quando as minhas netas estão por cá. Um beijo António
É bom deixar-mos sair de vez em quando a parte criança que todos temos connosco. Revejo muitos destes filmes como se fosse a primeira vez. E como são diferentes os desenhos animados de agora... Tempos... Um abraço António
Como o Mickey fez aninhos, lembrei-me de o colocar entre as minhas postagens. Sempre gostei muito dos filmes de Walt Disney. Revejo muitos com muito prazer e transmitem-me uma calma tremenda. Já com o desenhos animados dos tempos de hoje a que os nossos filhos e netos se sujeitam, não engraço nada mesmo. Tudo muda minha amiga! Um beijinho António
Gostei do post. Numa época em que cada dia vim um pseudo-político dizer uma patacoada, e em que os telejornais nos entopem os ouvidos com a recessão, é bom lembrar o bom e velho Mickey. Um abraço e um bom fim de semana
Gostei de relembrar este boneco. Sou uma grande fã da Disney, via todos os filmes com os meus filhos, mesmo os mais recentes e ainda hoje gosto de os ver. Têm sempre melodias maravilhosas, imagens e histórias moralistas encantadoras. Espero que esteja tudo bem contigo. Deixo-te beijinhos. Branca
o rato mickey e a sua minnie, o pato donald e os sobrinhos huguinho, zezinho e luizinho, o tio patinhas... todos eles ainda hoje me deliciam e releio às vezes aqueles velhos livrinhos que ainda guardo... beijinhos
Além dos filmes da Disney, também fui um devorador dos livrinhos de desenhos animados que comprei "aos montes" para ler à noite. Ainda tenho alguns e de vez em quando passo uma vista de olhos por eles. Um abraço e um beijinho António
12 comentários:
Maravilhoso post, António!
Mickey Mouse acompanhou minha infância inteira. Sempre bem humorado, sempre cheio de boas maneiras. Um verdadeiro ícone!
Um beijo
Claro que, em miúdo, adorava esses "bonecos animados".
E hoje, há alguns a que ainda acho muita graça.
Bons tempos!
Um forte abraço
Sou fã incondicional destes bonecos. Vejo os filmes com os mesmos olhos de criança. Lindíssimo post!
Bem-hajas, António!
Mil beijinhos
Menina do Rio
Sem dúvida! A minha infância também foi recheada por filmes de Walt Disney. E com eles a vossa doce pronúncia!
Ainda hoje revejo muitos, em especial quando as minhas netas estão por cá.
Um beijo
António
Vieira Calado
É bom deixar-mos sair de vez em quando a parte criança que todos temos connosco.
Revejo muitos destes filmes como se fosse a primeira vez. E como são diferentes os desenhos animados de agora...
Tempos...
Um abraço
António
Olá Isabel
Como o Mickey fez aninhos, lembrei-me de o colocar entre as minhas postagens. Sempre gostei muito dos filmes de Walt Disney.
Revejo muitos com muito prazer e transmitem-me uma calma tremenda.
Já com o desenhos animados dos tempos de hoje a que os nossos filhos e netos se sujeitam, não engraço nada mesmo.
Tudo muda minha amiga!
Um beijinho
António
Gostei do post. Numa época em que cada dia vim um pseudo-político dizer uma patacoada, e em que os telejornais nos entopem os ouvidos com a recessão, é bom lembrar o bom e velho Mickey.
Um abraço e um bom fim de semana
Olá António,
Gostei de relembrar este boneco. Sou uma grande fã da Disney, via todos os filmes com os meus filhos, mesmo os mais recentes e ainda hoje gosto de os ver. Têm sempre melodias maravilhosas, imagens e histórias moralistas encantadoras.
Espero que esteja tudo bem contigo.
Deixo-te beijinhos.
Branca
o rato mickey e a sua minnie, o pato donald e os sobrinhos huguinho, zezinho e luizinho, o tio patinhas... todos eles ainda hoje me deliciam e releio às vezes aqueles velhos livrinhos que ainda guardo...
beijinhos
Elvira
Este Mickey foi meu companheiro de tantos sonhos de menino.
Um abraço e um bom fim de semana
António
Olá Branca
Além dos filmes da Disney, também fui um devorador dos livrinhos de desenhos animados que comprei "aos montes" para ler à noite.
Ainda tenho alguns e de vez em quando passo uma vista de olhos por eles.
Um abraço e um beijinho
António
Gaivota
Pois também eu guardo alguns. Outros creio ainda estão em casa dos meus pais em Lisboa.
Um bom fim de semana
Abraço
António
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