sábado, 20 de setembro de 2008

A POSTAGEM ANTERIOR DÁ QUE PENSAR!


“Tal como vos disse na postagem anterior, tendo achado o tema interessante, procurei aprofundar um pouco o conhecimento sobre as teorias desta médica e escritora. O que encontrei nos diversos sites que vasculhei, deixo à vossa leitura e meditação... se acharem que vale a pena...

Eu gostei”




Crises são Oportunidades


Os chineses, também há milênios, já diziam que nos primeiros 20 anos aprendemos. Levamos mais 20 lutando e outros 20 para chegar à sabedoria. E isso consegue-se à custa de crises que são oportunidades para crescer mais um pouco. Por exemplo, a partir dos 42 anos (seis ciclos de sete anos), temos de olhar para o que realizamos e resolver o que vamos continuar levando e o que não nos serve mais. Isso redimensiona o futuro e abre caminho para aceitar com naturalidade o envelhecimento. Brigar com isso pode gerar muita insatisfação. “Corre-se o risco de continuar com uma fixação no corpo, querendo a eterna juventude. Então, cria-se a necessidade insana de fazer plásticas e perde-se a chance de se voltar para os valores essenciais e aprender a priorizar. Esses são os pontos fortes desse seténio”, esclarece a psicóloga Solange Castilho, especialista em terapia biográfica de São Paulo.




Tudo a seu Tempo


Quantas vezes você já foi invadido pela sensação opressora de que não vai ter tempo de realizar tudo que quer?

Outro dos bons efeitos de observar os seténios é perceber que tudo vem a seu tempo.“Responder às questões do Biográfico baixou a minha ansiedade e fez-me olhar para a vida de maneira mais ampla. Percebi a lógica da minha trajectória: escolha da profissão, casamento, nascimento de duas filhas, separação e os factos que se repetiram. Tive a certeza de que tudo, mesmo as crises mais difíceis, foi positivo”, conta Sonia Godoy, 42 anos, professora de educação física e terapeuta corporal de São Paulo.

Outro ponto importante da biografia é tomar consciência a respeito dos factos que se repetem (por exemplo, escolha de vários relacionamentos complicados demais, problemas com chefes que levaram a demissões inesperadas). Eles podem ser a chave para nosso crescimento. “Quando um evento se repete muitas vezes, a tendência é colocar a culpa nos outros ou em factores externos. Mas isso não adianta. O que vale é prestar atenção no que deve ser modificado internamente para que a mesma situação dê certo no futuro”, ensina a doutora Gudrun.

“Tudo depende das nossas escolhas, e a vida é por natureza tão complexa que é fácil confundir os caminhos. Esse risco diminui quando olhamos para o que já fizemos e analisamos os resultados. Dessa forma, podemos aceitar a nossa história, usar o dom do livre arbítrio e fazer um futuro que corresponda ao que realmente queremos sem ficar presos a padrões que nos amarram ou soltos ao sabor dos acontecimentos”, diz o médico Ronaldo Perlato, da Artemísia, de São Paulo, centro onde o Biográfico é feito em grupos. Ele finaliza: “O passado e alguns factos são imutáveis, mas podemos alterar a forma de lidar com eles, e essa certeza traz muita alegria e auto-confiança. Há pessoas que não tiveram as necessidades de cada fase atendidas e por isso tornaram-se mais fortes”.





De Sete em Sete Anos

Sete é um número que reflecte a harmonia cósmica. Sete são os planetas considerados pelos antigos (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Sol e Lua), e eles têm relação com cada fase de sete anos, necessária para que uma transformação se inicie, transcorra e seja concluída. Conhecer os desafios de cada seténio ajuda a compreender melhor o nosso momento de vida e também de filhos, companheiros, pais.

“A cada época, temos tons diferentes, e no final da vida tudo se compõe como parte de uma grande sinfonia”, define a doutora Gudrun Burkhard, autora do livro Tomar a Vida nas Próprias Mãos (ed. Antroposófica).

A obra mais conhecida da escritora alemã Gudrun Burkhard é Das Leben in die Hand Hehmen (Tomar a Vida nas Próprias Mãos). Segundo a autora, a vida humana é dividida em seténios (períodos de 7 anos), ciclos básicos que vão da infância à velhice, e que também seriam regidos por leis cósmicas.





Você está no seténio correto?

Primeiro seténio - 0 aos 7 anos A criança chega ao mundo e é moldada pelas referências dadas pela família. O desafio é crescer e ser bem formada física e emocionalmente. Essa fase é regida pela Lua, que se relaciona com o crescimento e o ritmo da rotina, muito importante para crianças nessa fase.

Neste primeiro seténio, segundo Burkhard, a criança desenvolve 3 faculdades: andar, falar e pensar. Descobre a diversidade existente no mundo, e que a actividade lúdica é muito importante. As doenças infantis seriam crises de renovação: sarampo, varicela, etc. A aprendizagem infantil baseia-se principalmente na imitação dos adultos. A alfabetização precoce prejudica a criança, porque rouba forças vitais necessárias mais tarde, na vida adulta (a partir do nono setênio). Nesse período, é delineada a formação física. A estrutura orgânica do ser humano completa-se com a expulsão das células hereditárias mais duras, como os dentes de leite.





Segundo seténio - 7 aos 14 anos

As influências vêm da família e da escola e o jovem começa a colocar-se no mundo. O desafio é fazer vínculos. Regido por Mercúrio, o planeta da comunicação, é a fase de muito movimento e intensas transformações físicas e emocionais.

Este segundo seténio começa com a ida à escola. A principal característica desse ciclo é a troca de experiências com o mundo exterior. Para a criança, a autoridade do professor é aceite normalmente. A fantasia continua importante, como era no primeiro seténio. É o ciclo da formação de conceitos, costumes e hábitos. Aos 9 anos ocorre o acordar do “eu”. Nesse ciclo define-se o temperamento da pessoa humana.





Terceiro seténio - 14 aos 21 anos

O desafio é procurar a verdade e abrir-se para o amor romântico e fraterno. Torna-se importante buscar interesses individuais, distintos do grupo de amigos e da família. A fase é regida por Vênus, planeta da paixão e dos relacionamentos.

Durante este terceiro seténio, os membros alongam-se, consolidam-se os ossos e crescem os músculos. A prática desportiva é muito importante, para a coordenação dos movimentos. No homem, a voz engrossa. Na mulher crescem os seios e os quadris. É a fase da queda do paraíso, o homem e a mulher vão em busca da outra metade. Há revolta contra os pais, crítica contra tudo e a procura da independência emocional, que seria devido ao nascimento do corpo astral. Nesse seténio, há divisão entre os ideais e as necessidades ditadas pelos instintos, e há a identificação com ídolos. Segundo Burkhard, aos 18 anos e meio o jovem passa pelo primeiro nodo lunar, devido à repetição da posição Sol-Lua na hora do nascimento. Algumas percepções ténues ajudam a escolher a carreira profissional. Neste ciclo, o jovem busca a verdade do mundo. A maturidade do cérebro completa-se aos 21 anos, iniciada aos 14. O início do seténio começa com a maturidade sexual (14 anos) e termina com a maturidade civil (21 anos).





Quarto seténio - 21 aos 28 anos

É a fase em que começamos a lutar pelo que queremos, experimentamos um vasto leque de sensações e os limites físicos e emocionais. Regida pelo Sol, essa fase projeta-nos para o mundo por meio do trabalho, do casamento e outras realizações.

O quarto seténio começa com a maioridade civil e a consciência de ter que sustentar-se e sobreviver entre os adultos. Segundo Burkhard, nessa fase é importante matar psicologicamente a imagem do pai e da mãe, e há o risco de refugiar-se na droga, na depressão ou na religião. Nesse período formam-se as bases afectivas e profissionais, além da necessidade do ser humano ter o seu próprio grupo.





Quinto seténio - 28 aos 35 anos

O desafio aqui é estruturar a vida (constituir família, carreira) e colocar regras para si mesmo. Regida pelo Sol, dá sequência a nossa projeção e realizações.
Neste quinto seténio, a maioria das pessoas passa a defrontar-se consigo mesmo. Os 28 anos são um verdadeiro ponto de inflexão. Olhando-se no espelho, a pessoa passa a perguntar-se sobre a vida, se é isso mesmo o que ela tem ou se existe algo mais. É a época de tomar um rumo definitivo na vida, pois daí em diante tudo caminha para o fim. O homem, mais racional, desenvolve os sentimentos. A mulher, mais sentimental, passa a desenvolver o lado racional.




Sexto seténio - 35 a 42 anos

Essa é a chamada meia-idade. O desafio é responder: qual o sentido da minha vida? Regida pelo Sol, devolve-nos às sensações de indefinição vividas aos 21 anos.

No sexto seténio começa o declínio físico. A queda da vitalidade gera uma predisposição fisiológica que permitirá a ampliação da consciência. Esta fase é propícia à percepção da essência da vida, da integração com o cosmos. A passagem dos 37 anos (segundo nodo lunar) marca uma nova abertura. Jung diz que o anjo da morte se faz sentir. Nesse período pode haver a crise de autenticidade intelectual, em que cada um avalia a própria capacidade de organização. Os sonhos são desmitificados. É importante resgatar o espaço individual para desfrutar da liberdade física, psicológica e espiritual.





Sétimo seténio - 42 a 49 anos

O desafio é a prioridade e fazer escolhas baseadas naquilo que realmente se quer. É o momento de ir para o mundo como um guerreiro experiente, levando na bagagem apenas o que é realmente importante. A fase é regida pelo planeta Marte, dos impulsos de conquista e concretização.

No sétimo seténio a pessoa entra em crise existencial. O declínio físico acentua-se, a mulher entra na menopausa (perda dos hormônios femininos), o homem perde a musculatura e o metabolismo das pessoas torna-se mais lento. Devido à imaturidade, ambos os sexos correm o risco de entrar numa disputa para reviver a adolescência, a famosa idade do lobo, ou da loba.




Oitavo seténio - 49 a 56 anos

Delegar tarefas, ter serenidade e transmitir tudo que aprendeu é o desafio dessa fase, regida pelo planeta Júpiter, o da sabedoria.

O oitavo seténio marca a fase da sabedoria, que consiste em encontrar um ritmo de vida adequado ao declínio físico. O stress pode causar males cardíacos. Não é hora de forçar nada, apenas respeitar os próprios sentimentos. É o ciclo ideal para entrar em harmonia com o ambiente. O próprio destino já não importa mais. Há disponibilidade para servir aos outros em cargos públicos ou organizações de bairro. Por volta dos 56 anos o homem entra na andropausa, quando há queda dos hormônios masculinos.






Nono seténio - 56 a 63 anos

É a época de aprofundar o auto-conhecimento e a beleza interior, aceitando que os órgãos dos sentidos (nossas antenas) começam a recolher. Por exemplo, fala-se menos e com mais precisão. Regido por Saturno, o deus do tempo, esse ciclo guarda questões relacionadas à aceitação do envelhecimento e da morte.

O nono seténio caracteriza-se pela fase da introspeção. Os sentidos definham, a visão e a audição enfraquecem. Os membros se atrofiam em função da perda de cálcio. A memória enfraquece, especialmente se no primeiro seténio a pessoa foi intelectualmente muito exigida. Em compensação, a espiritualidade mergulha no corpo do ser humano, que começa a irradiar uma certa luz, o que atrai especialmente as crianças, donde se explica a íntima ligação entre avós e netos. Se a pessoa mergulhar em si mesma, pode daí retirar sua criatividade.




Décimo seténio - A partir dos 63 anos

Com a bagagem de vida e o auto-conhecimento adquiridos, o desafio agora é estar mais livre e disponível para ajudar os outros e aprimorar a espiritualidade. Esse ciclo não é regido por nenhum planeta.

Deste décimo setênio em diante pouco se sabe, e é um período que está ainda a ser pesquisado, em função do aumento da expectativa de vida do ser humano.


Textos e fotos tirados da Net

António Inglês


6 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Muito interessante. Gostei mesmo.
Mas sabe que há autores que dividem a vida em ciclos de 9 anos? Tanto a nossa como a do planeta? E que em numeralogia, também tudo se divide em ciclos de 9 anos?
Um abraço e bom fim de semana

Isamar disse...

Gostei muito deste post. Para ler e reler. Fico muito grata por nos teres permitido partilhar contigo esta pesquisa.
Um abração, um bom domingo.

Bem-hajas!

Anónimo disse...

ELVIRA CARVALHO

Simpático o mensageiro. Apetece pegar ao colo.
Um abraço e bom fim de semana para si também.

Anónimo disse...

SOPHIAMAR

Venho deixar-te um beijinho e agradecer as tuas palavras. As virtualidades destes espaços são realidades puras. Quando um amigo está mal, estão os outros também.

Fiquei melhor.

Um abração com grande estima.

Anónimo disse...

ARAMIS

Meu amigo, tu descobras cada coisa... que amor de criança, só apeteçe dar beijinhos!
Bom fim de semana tambem para ti e familia e um abraço grande,

Geo Schumacher disse...

Pois este comentário refere-se a postagem anterior e esta, pois estão linkadas.

O assunto é muito interessante, uma forma diferente de conceituar nosso ciclos, seu texto desperta-nos para essa realidade, a de que não podemos pular etapas e que cada uma tem um papel essencial na seguinte, uma marcação da evolução constante...talvez por isso não exista um n° exato para elas, podem ser infinitas, tudo dependerá de nossa capacidade evolutiva e de sobrevivência. Contudo, diria que o grande desafio está em saber 'ser' (humano), sem perder perder a alma.

Beijo.