BREVE REFERÊNCIA A ALGUNS QUE NOS DEIXARAM EM 2007
Benazir Bhutto foi educada em Harvard e em Oxford, no Reino Unido, onde estudou Ciências Políticas e Filosofia. Filha do primeiro-ministro Zulfikar Ali Bhutto (1971-1977), ela voltou ao Paquistão em 1977, quando o general Muhammad Zia Ul-Haq aplicou um golpe de Estado e depôs seu pai, executado em 1979. Benazir assumiu, ao lado da mãe, a liderança do Partido Popular do Paquistão
. Bhutto foi presa e, depois de libertada, em 1984, seguiu para o exílio no Reino Unido, onde permaneceu até o fim da lei marcial no Paquistão e a legalização dos partidos políticos, ocorridos em 1986. Em 10 de Abril desse ano, Benazir retornou do exílio em Londres para liderar o PPP
Em 1 de Dezembro de 1988, seu partido venceu as eleições parlamentares e ela se tornou a primeira chefe de um Estado muçulmano. Dois anos depois, em 6 de Agosto, o presidente paquistanês Ghulam Ishaq Khan destituiu-a do cargo, alegando abuso de poder, nepotismo e corrupção. Seu partido foi derrotado nas eleições e ela passou a fazer oposição no parlamento.
Desde seu retorno ao Paquistão, Benazir Bhutto pediu a renúncia do general Pervez Musharraf da presidência do Paquistão, mesmo este sugerindo à líder oposicionista o cargo de primeira-ministra.
Benazir Bhutto foi morta no dia 27 de Dezembro de 2007, durante um atentado suicida em Rawalpindi, cidade próxima a Islamabad, quando retornava de um comício no Parque Liaquat (Liaquat Bagh). O parque é assim chamado em homenagem ao primeiro-ministro paquistanês Liaquat Ali Khan, também assassinado no local, em 1951.
O ataque ocorreu enquanto o carro da ex-primeira-ministra circulava, seguido por simpatizantes, e Benazir acenava para a multidão, pelo tecto solar do veículo Bhutto foi alvejada no pescoço e no peito, possivelmente por um homem bomba que, em seguida, se fez explodir próximo ao veículo, provocando a morte de cerca de 20 pessoas. Um dirigente da Al-Qaeda no Afeganistão reivindicou a responsabilidade pelo acto.
Morreu o antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica, Ferreira Queimado
Ferreira Queimado, faleceu no dia em que comemorava o 94.º aniversário, 23 de Dezembro de 2007.
Natural de Olhalvo, Ferreira Queimado veio para Lisboa aos 8 anos e aos 12 tornou-se sócio do clube da Luz. Como empresário destacou-se no negócio da cortiça e no turismo.
Foi eleito presidente do Benfica em duas ocasiões: primeiro a 16 de Junho de 1966 e depois em 23 de Junho de 1978. Entre a obra feita no clube destaca-se o início da construção do antigo Pavilhão Borges Coutinho, entretanto demolido.
Em 1970 foi-lhe atribuída a categoria de sócio de mérito e, em 2004, recebeu a placa comemorativa de 75 anos de associado. Também foi membro integrante da Assembleia dos Representantes, em 1958-59, e fez parte da Comissão Central em 1965.
Um ano depois, quando foi eleito para o primeiro mandato, ainda chefiou a comissão de obras do parque de jogos. Era Águia de Ouro e sócio vitalício com o número 261.
Foi durante o segundo mandato de Ferreira Queimado que as águias começaram a apostar em jogadores estrangeiros. Na derradeira entrevista concedida a Record, no ano do centenário, o malogrado dirigente recordou o episódio com humor: “Estava em Paris e fui ao Brasil buscar o Jorge Gomes. Foi a primeira vez que andei no ‘Concorde’, que havia sido recentemente lançado.”
Manuel Damásio, antigo presidente do Benfica, sublinhou a "grande perda" que a morte de Ferreira Queimado significa para os benfiquistas. "Foi um grande presidente. Apesar da sua idade, custa-nos sempre perder uma pessoa que fazia parte de uma grande família", disse Damásio, que recorda o antigo dirigente como um homem de "ideias bem arrumadas". Também Adriano Afonso, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do clube da Luz, se mostrou consternado com a morte do antigo presidente. "Foi o melhor presidente com quem já trabalhei no Benfica", disse, recordando que, "ao longo de 18 anos", sempre se deram bem. "Sempre foi um homem atento aos interesses de todos os benfiquistas"
Mohammed Zahir Shah, último rei do Afeganistão, morre aos 92 anos
O deposto rei do Afeganistão, Mohammed Zahir Shah, morreu em Cabul, aos 92 anos, no passado dia 23 de Julho de 2007.
Nascido em Cabul em 1914, Zahir foi educado na França e assumiu o trono depois que um estudante matou seu pai. Era da etnia pachtum, e membro do clã Durani, um dos principais ramos pachtuns do país.
Depois de manter o país neutro durante a Segunda Guerra Mundial, começou a modernizar o país, fundando uma nova universidade, estreitando os laços comerciais e culturais com a Europa e trazendo assessores estrangeiros para o acompanharem de perto neste processo de europeização.
Mohammed Zahir Shah reinou no Afeganistão de 1933 a 1973, ano em que foi deposto num golpe orquestrado pelo próprio primo, Mohammad Daoud, ministro da Defesa, que não aprovava a abertura e as relações com o Ocidente, instaurando a República. Depois disso, seguiu para um exílio de quase 30 anos em Roma, Itália.
De etnia pachtune, membro do clã Durani, um dos principais ramos pachtunes do país, a par dos Ghilzai, o último rei do Afeganistão regressou ao país em 2002, onde lhe foi atribuído o título de "pai da nação afegã".
Depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA e na sequência da invasão do Afeganistão para desalojar do poder os talibãs, o antigo rei passou a ter um renovado protagonismo político no país aonde regressou. Foi-lhe atribuída uma missão pela comunidade internacional: inaugurar a Loya Jirga (assembleia tradicional) de emergência, para formar um novo executivo.
O ex-monarca faleceu no seu palácio da capital afegã, informou Karzai em entrevista colectiva, na qual declarou três dias de luto nacional durante os quais as bandeiras em todo o país e nas missões diplomáticas afegãs no exterior deverão ser hasteadas a meio mastro.
Era pai de oito filhos, dois dos quais já faleceram.
Textos e Fotos tirados da Net e Comunicação Social .
José Gonçalves
2 comentários:
Dos três, a minha admiração por Benazir Bhutto, que mesmo sabendo que astava a caminhar para a morte, nunca desistiu.
m abraço e uma boa semana.
São destas mulheres que a humanidade precisaria de ter mais.
Inteiramente de acordo consigo.
Um abraço e boa semana
José Gonçalves
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