FERNANDA BAPTISTA MORRE AOS 89 ANOS
"Sou a Fernanda Baptista e gosto muito de revista!" foi o grito de guerra com que Fernanda Baptista marcou o seu regresso a primeira figura no programa televisivo de Filipe La Féria, Grande Noite, deixando na altura bem claro que o seu primeiro e único amor foi o teatro de revista.
A fadista e actriz Fernanda Baptista, de 89 anos, criadora de êxitos como "Fado da carta", faleceu hoje, 25 de Julho de 2008 ao princípio da madrugada, no hospital de Cascais, onde se encontrava internada, disse à Lusa um familiar.
Além do "Fado da carta" (João Nobre/Amadeu do Vale) a fadista criou vários outros êxitos e foi primeira figura de várias operetas e revistas, entre elas, "Chuva de mulheres" e "Fonte luminosa".
A sua estreia na revista deu-se em 1945, em "Banhos de sol", a convite do compositor e maestro João Nobre, mas já anteriormente integrara o cartaz do Café Luso, a convite de Filipe Pinto, no início da década de 1940.
O êxito alcançado levou-a a deixar a profissão de costureira que exercia.
"Saudades de Júlia Mendes", "Fui ao baile", "Trapeiras de Lisboa", "Pedrinha da rua", "Fado toureiro" ou "Fado das sombras" foram alguns dos seus êxitos.
A sua última presença em palco foi no musical "Canção de Lisboa" de Filipe la Féria, em 2005.
A fadista foi alvo de várias homenagens, nomeadamente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, da Câmara de Lisboa e, em 2003, foi condecorada com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.
Ao longo de mais de 65 anos de carreira artística, a fadista e actriz actuou em cerca de 50 revistas e operetas, gravou centenas de discos e realizou várias digressões, tendo actuado nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Angola.
(NL/Lusa/fim)
Fernanda Baptista nasceu em 1920. Já aos dez anos de idade, a sua paixão pelo teatro era bem visível, a jovem Fernanda adorava mascarar-se e entrava já em peças infantis.
Tem a profissão de modista, que abandona, para se dedicar ao Fado.
Estreou no Café Luso, pela mão de Filipe Pinto, no início dos anos quarenta, onde logo teve um êxito assinalável.
A sua estreia profissional no Teatro de Revista, ocorreu em 1945, na sequência de um convite do maestro João Nobre para participar na revista "Banhos de Sol", substituindo Leónia Mendes. Foi apenas a primeira de mais de trinta revistas em que participou.
Um dos seus maiores sucessos foi em 1969 na revista “Ena Pá Já Fala” com o fado Saudades da Júlia Mendes.Teve no entanto outros grandes êxitos como o "O fado está-lhe nas veias", "Ai, ai, Lisboa", "Fado para esta noite", "Trapeiras de Lisboa", "Fui ao baile", "Fado das sombras", "Um fado para Stuart" e "Fado da carta", etc.
A sua gravação mais recente é de 1981, "Meus amigos, isto é fado", um êxito seu na revista "Dentadinhas na maçã" no Teatro Laura Alves, em Lisboa, em 1974.
Actuou também no Brasil, em Angola e na Argentina e, em 1968, viajou até aos Estados Unidos.
Ao longo de 56 anos de palcos, Fernanda Baptista participou em mais de 45 espectáculos de revista e opereta.
Recentemente integrou o elenco, do musical de Filipe la Feria "A Canção de Lisboa".
Em 2003 o Presidente da República condecorou-a com a Ordem de Mérito.
Textos e fotos da Net
António Inglês
7 comentários:
António:
Uma grande perda no fado, no teatro, no mundo artístico. Até há pouco tempo ainda a via na televisão, nos programas da tarde, sempre a irradiar uma grande alegria e uma grande força.
Enfim, a vida é esta célere passagem, nós sabemo-lo mas nunca deixamos de nos surpreender quando a morte bate à porta.
Que o Sol lhe brilhe lá onde está e a voz permaneça a irradiar a sua grande alegria.
Um abraço
Bonita homenagem a uma diva da nossa cultura...
Bjs...
Olá meu querido Tó!
Bonita esta homenagem que fizeste...
Grande fadista, ainda me lembro bem de a ter ouvido no Café "Luso", noutros tempos da minha vida por Lisboa...
Tens andado por S.Martinho? Já reparaste no bonito trabalho que a Canara fez nos quadrados de areia que pensamos nós por enquanto, são para colocar pinheiros?
Umas florzitas que metem dó, em meia duzia de quadrados depois do Banco Milenium, pois muitas ficaram sem nada... Mas que pobreza, até dá raiva! Flor aqui, flor acolá, sem serem sequer regadas desde o dia em que as colocaram.
Se por acaso não ha verba para colocarem os pinheiros, porque não aceitam as 50 arvores que a Ana Branco diz que ofereçe?
Muitos beijinhos para os 3 meus queridos.
Parecia imortal , não era?
Mas toda a gente morre.
Paz a Fernanda Baptista!
Um bom fim de semana , Tonico.
Perdas são sempre perdas...
Uma linda homenagem que fizestes, amigo
Um beijinho
Olá querido António, fiquei triste ao ler a tua postagem, não sabia que a D. Fernanda Batista tinha falecido... Obrigada Amigo, pela tua homenagem... Beijinhos de carinho e amizade,
Fernandinha
CARO AMIGO SOU AFILHADO DESTA GRANDE SENHORA COM O SEU DESAPARECIMENTO FIQUE SEM UM BOCADO DE MIM.
NAO QUERIA DEIXAR DE AGRADECER ESTA BONITA HOMENAGEM
SINCERAMENTE
MIGUEL VILLA
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