domingo, 25 de maio de 2008

A LENDA DO GERALDO GERALDES, O SEM PAVOR

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Esta lenda passou-se no ano de 1166, no tempo em que Évora era ainda a Yeborath árabe, para grande desgosto de D. Afonso Henriques que a desejava como ponto estratégico da reconquista de Portugal aos Mouros.



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Geraldo Geraldes, um homem de origem nobre que vivia à margem da lei, era chefe de um bando de proscritos que habitavam num pequeno castelo nos arredores de Yeborath.



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Conhecido também pelo Sem Pavor, Geraldo Geraldes decidiu conquistar Évora para resgatar a sua honra e o perdão para os seus homens.



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Disfarçado de trovador rondou a cidade e traçou a sua estratégia de ataque à torre principal do castelo que era vigiada por um velho mouro e pela sua filha. Numa noite, o Sem Pavor subiu sozinho à torre e matou os dois mouros, apoderando-se em silêncio da chave das portas da cidade.



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Mobilizou os seus homens e atacou a cidade adormecida numa noite sem lua que, surpreendida, sucumbiu ao poder cristão.



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No dia seguinte, D. Afonso Henriques recebeu surpreendido a grande novidade e tão feliz ficou que devolveu a Geraldo Geraldes as chaves da cidade, bem como a espada que ganhara, nomeando-o alcaide perpétuo de Évora.



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Ainda hoje, a cidade ostenta no brasão do claustro da Sé, a figura heróica de Geraldo Geraldes e as duas cabeças dos mouros decepadas, para além de lhe dedicar a praça mais emblemática de Évora.



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Texto e Fotos da Net

António Inglês

6 comentários:

Maria disse...

Que belíssimo post, António.
A cidade de Évora exerceu sempre um fascínio especial sobre mim, nem eu sei bem porquê.
É a forma como aquele povo recebe, é a gastronomia, (ai, não podia faltar...), são os monumentos, é o branco da cidade, as ruas estreitinhas, sei lá...
Fosse ela mais fresca e estava lá eu a viver...
Desta lenda lembro-me desde que me lembro de estudar História...
Obrigada, e boa semana

Beijinho, António

Isamar disse...

Tó, Amigo!

Uma lenda que está ligada a uma das cidades que tenho no coração. É um passeio frequente de fim de semana onde sou recebida como se filha fosse dessas gentes hospitaleiras, de cantar dolente que acaricia como melhor sabe e pode os forasteiros. E são muitos aqueles que diariamente a visitam. Cidade Património Mundial merece muitos dias de visita tanta é a riqueza histórica que contém. Quanto a Geraldo Geraldes que assim se regenerou, tendo-se visto aliviado da vida pecaminosa quelevara antes da conquista, também merece o nosso perdão.

Beijinhos mil, António e tem uma boa semana. As tuas melhoras.

Bem hajas!

Templo do Giraldo disse...

Ca estamos de novo meu amigo.

Depois de terminada a queima das fitas, e aquelas noites bem passadas, e bem regadas, estamos de regresso ao mundo activo do blogger.

Deparei que continuas aqui com o teu "sitio" bem movimentado como ja nos habituas-te.
Em breve voltarei com mais vagar para saber o que aqui se tem passado.

Um abraço.

Paulo disse...

Por entre montes e vales virtuais, vim "parar" aqui.
Assim acabei por "beber" muita informação da qual sempre tive muita sede.
Obrigado pelo excelente post.
Abraço
Paulo

Dalinha Catunda disse...

Antonio,
Acabo fazendo um belo turismo virtual, através das lendas postadas por você, tão ricas em imagem e conteudo.
Um abraço carinhoso,
Dalinha

Isamar disse...

Mano, amigo, Tó!

Passei por aqui para te desejar as melhoras e deixar mil beijinhos. As coisas, por aqui, estão a melhorar. Aguardo a tua decisão do do dia 10.

Deixo um abraço apertado do tamanho do mundo.

Bem hajas!