sexta-feira, 20 de julho de 2007

A TI AMOR, MULHER, AMANTE...MÃE




A ti amor...

A quem nem uma só vez se afastou do meus sonhos;
A quem a natureza ofereceu o melhor dos dons, ser mãe;
A quem a vida se encarregou de entrelaçar na minha;
A quem da noite faz um turbilhão de emoções e o amor
acontece;
A quem a promessa nunca está cumprida;
A ti amor...

Cartografia

Deixe que meus versos
Acariciem teu pescoço
Para que cada palavra de minha boca
Busque os segredos profundos de tua pele.
Em verbos e adjectivos
Mapearei a geometria de tuas formas
Delirando entre sonhos e verdades
E desejos
E loucuras
E vivências.
Entre o toque da caneta no papel
E o de minha língua em tua língua
Vai uma distância tão curta
Que escala alguma representará.
Derrubando fronteiras
Com rios de prosa e versejar
Traçarei meandros de corpos em corpos
Estremecendo as atmosferas de nossos toques.
E quando o último verso meu
Escorregar de tuas pernas
Eu me afastarei
E contemplarei
Cada linha eterna de tua beleza,
Eternamente gravadas em mim.
E saberei não haver distância
Entre minhas palavras e tua boca.

Paulo Mont'Alverne

6 comentários:

Anónimo disse...

Querido Amigo,

Mas que bonito o poema e a "Cartografia" que escolheste...
Bela homenagem!

Muitos beijinhos

António Inglês disse...

aramis

A mulher é sempre bonita e o seu corpo encerra realmente um mapa.
Uns conseguimos decifrá-los, outros continuam como se fossem autênticos mapas de tesouro... por descobrir.
Por mim encontrei o meu, já o percorri vezes sem conta, mas ainda não cheguei ao fim e isso mantém-me numa procura constante.
A dona do mapa merece...
Beijinhos
José Gonçalves

ANTONIO DELGADO disse...

"O amor não tem cura, mas é a única medicina para todos os males". Leonard Cohen.

E parabéns pela beleza da postagem

Maria Faia disse...

Parabéns meu Amigo José Gonçalves,

pela linda e sentida homenagem ao seu amor, ao seu "Mapa".
Parabéns a ela também pela beleza e ternura que transpira.
Que bom sentir nos meus Amigos tal candura e sabedoria!...
Que ela seja eterna.

Beijinhos para os dois.

António Inglês disse...

António

O poema não é meu claro, mas no sentimento e na beleza suave destas palavras encontrei-me por momentos em volta do meu "mapa" a quem dedico todos os dias da minha vida.
É como diz, o amor é a cura de muitas maleitas, o que precisamos todos é de encontrar o "mapa" certo.
Um abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Querida amiga Maria Faia

O meu "mapa", o meu amor é cantado e percorrido todos os dias, uns mais que outros mas tenho a felicidade de o ter encontrado.
Obrigado pelas suas palavras e por tudo aquilo que elas me transmitem.
Um beijinho
José Gonçalves