A 12 de Novembro de 1991, no cemitério de Santa Cruz, em Dili, tropas indonésias que ocupavam indevidamente o território de Timor-Leste, dispararam indiscriminadamente contra civis, durante uma homenagem fúnebre a um jovem abatido por elementos daquelas forças. Dezenas de pessoas morreram neste ataque. As imagens deste massacre, ao serem apresentadas nas televisões de todo o mundo, sensibilizaram a comunidade internacional para a dramática situação do povo timorense e contribuíram decisivamente para o processo de independência daquele território.
O Leme
271 MORTOS 278 FERIDOS 270 DESAPARECIDOS.
Para que nunca nos esqueçamos, aqui fica a minha homenagem e a minha solidariedade ao povo Timorense!
“Uma nova referência no mundo do espectáculo que nos deixa de forma abrupta. Morreu a cantora sul-africana Miriam Zenzi Makeba”.
A cantora sul africana, Miriam Makeba, conhecida como " Mamã África", morreu na noite de domingo para segunda-feira com 76 anos de idade, vítima de uma crise cardíaca após ter cantado para o escritor ameaçado de morte pela máfia, Roberto Saviano, perto de Nápoles (Sul da Itália).
Voz legendária do continente africano e que se tornou um dos símbolos da luta anti-apartheid, Miriam Makeba foi tomada de uma indisposição quando acabava de cantar durante 30 minutos, num concerto dedicado ao jovem autor de " Gomorra", em Castel Volturno, perto de Nápoles.
"Makeba foi á última que subiu ao palco. Houve um pedido nesse momento se havia um um médico entre à assistência. Miriam Makeba desmaiou e caiu" , de acordo com um fotógrafo da AFP.
Foi transportada rapidamente para a clínica Pineta Grande Castel Volturno, onde teve morte imediata, na sequência de uma crise cardíaca, de acordo com a agência italiana Ansa. Cerca de um milhar de pessoas assistiram a este concerto anti-mafia, realizado numa cidade que é considerada um dos feudos da máfia napolitana, o Camorra, e onde seis imigrantes africanos e um italiano foram mortos em condições ainda por esclarecer, em Setembro passado.
Miriam Makeba nasceu a 4 de Março de 1932 em Johannesburg e começou a cantar nos anos de 1950 com o grupo " Manhattan Brothers". Em 1956 escreveu a canção que lhe deu grande sucesso: " Pata, Pata".
Foi forçada a exílar-se durante vários anos devido ao seu aparecimento num filme anti-apartheid " Come back Africa" (Regresso a África) .
Portugal Digital
Numa nota distribuída hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros sul-africana, Zuzama Nzuma, descreve Miriam Makeba como "uma das melhores cançonetistas de todos os tempos, que morreu a fazer o que sabia fazer melhor: a comunicar uma mensagem positiva através da arte do canto".
"Ao longo de toda a sua vida Mama Makeba comunicou uma mensagem positiva ao mundo sobre a luta do povo sul-africano e sobre a certeza da vitória sobre as forças sombrias do 'apartheid' e colonialismo através da suas canções", conclui a nota de condolências do governo e do presidente Kgalema Motlanthe.
Tenho andado meio “apardalado” com a recente notícia dos problemas no BPN, salvo da falência pela a nacionalização que o governo resolveu adoptar como medida, dizem.Tudo muito confuso para a cabeça de um simples e humilde mortal, que se limita a contar os tostões para ver se chegam pelo menos ao dia 20 de cada mês. Os últimos dez são de autêntico sufoco. Mas isto sou eu, porque não tenho gestores, com direito a carro, chauffeur, telemóveis, secretárias particulares, viagens e outras benesses, pagos a peso de ouro para que as minhas finanças possam“florir”. Sou e a patroa que fazemos, (mal pelos vistos), a nossa própria gestão dos “cobres” que nos vão dando algum sossego até ao dia 20 de cada mês. Talvez por isso, ninguém decidiu até hoje, entregar-nos as suas finanças para que nós as geríssemos.
Sempre pensei que o dinheiro fazia dinheiro e que assim os bancos não teriam razão para falir ou ficarem sem fundos. Sem o tal dinheiro que tantos lhes entregam diariamente. Não era suposto serem os bancos a ter o dinheiro que lhes confiamos? Não são os bancos que no fim do ano apresentam lucros e mais lucros nas suas contas? Então como é possível que isto aconteça? Como é possível que irresponsabilidades destas possam acontecer? Crise? Crise temos todos nós, e o nosso negócio não é o dinheiro. O negócio dos bancos é. São eles que nos cobram juros elevadíssimos, taxas por tudo e por nada. Porquê então uma situação destas? E agora? Que acontecerá a quem foi responsável por esta situação?
Cá em casa, quando gerimos mal o “orçamento” e nos falta o “vil metal”, normalmente pagamos cara a leviandade. E se nos atrasamos no pagamento de algum imposto, somos logo ameaçados e levam-nos tudo. Mas pagamos, temos de pagar! A bem ou a mal! E neste caso quem pagará tudo isto? O Estado?O Estado ou todos nós?
Isto sou eu a pensar alto, que deste negócio não percebo “patavina”. A explicação há-de surgir seguramente e se existirem culpados que sejam punidos e que paguem pois a mim ninguém me perdoa nada. Só que, como na maioria das vezes, nestes casos onde entra o “peixe graúdo” a culpa acaba sempre por morrer solteira. Só quando os responsáveis são da “arraia miúda” é que tudo aparece em grandes parangonas, culpando sem apelo nem agravo o desgraçado que cometeu um ilícito de desviar ... se calhar um papo-seco para matar a fome em casa.
Foi assim que um dia destes, ao ler a revista TV-Guia, julgo que da última semana, me deparei com um artigo escrito por Francisco Moita Flores que me ajudou a perceber que afinal de contas as minhas dúvidas não são assim tão...dúvidas. Aqui vos deixo o artigo:
O BPN
A decisão de nacionalizar o BPN parece-me acertada, embora nada perceba de finanças. A esquerda votou contra. A direita, a favor. Exactamente ao contrário das nacionalizações de outros bancos há 30 anos. Nessa altura, a esquerda nacionalizava,e a direita protestava. Dizem-me que as razões são diferentes. Na altura, nacionalizou-se porque o dinheiro era do povo. Agora nacionaliza-se para salvar os banqueiros. Mas se o dinheiro que está nos bancos é do povo, do rico e do pobre, salvando o dinheiro do rico, salva-se o dinheiro do pobre, afinal os mesmos pobres que há trinta anos pediam que se nacionalizassem os bancos. Uma confusão! Só que ainda não se percebeu a razão da crise dos bancos. Podem compreender os sábios, mas o tal povo que tem uns trocados numas contas-poupança reforma, e no qual me incluo, está baralhado.
Se há dois meses havia tanto dinheiro e investimento, para que raio de lugar foi a massa que desapareceu dos bancos? É o mesmo que uma esquadra sem polícias ou um hospital sem médicos. A verdade, verdadinha, é que devemos ir um pouco mais longe na procura do dinheiro. Comecemos pelos fundos comunitários. Sabe-se que desde há dois anos entram por dia em Portugal milhões de euros vindos da União Europeia. Para fazer obras. Para formar quadros, Esses biliões desapareceram? Estão a ser investidos? Mas onde pára o raio do dinheiro, Santo Deus? Sabemos que os carteiristas não o têm. Os cartões de crédito lixaram a vida dos carteiristas. Não está nos bancos. Não está no governo. Então, continuemos a procurar.
Entremos na ilegalidade. Imaginemos que existem em Portugal apenas 30 mil toxicodependentes em velocidade de cruzeiro. Que cada um deles gasta 50 euros para comprar as doses diárias. Em notas, claro, que neste negócio não se aceitam cartões. Isto dará 1,5 milhões de euros em circulação. Mais coisa menos coisa. Todos os dias. Num mês atira-se para os 45 milhões. É obra! Julgo que está na hora de proceder à nacionalização desta massa. Nacionalizar os toxicodependentes e o Fisco a atazanar a vida dos traficantes. Aí a esquerda e a direita votam a favor. É que esta ideia é idiota. E quando se trata de idiotices, toda a malta da política está de acordo. Quando se trata de coisas sérias, discutem para mostrarem quem é mais esperto. No final, são espertalhões, e quem se lixa é o mexilhão. O povo que todos adoram desde que não os chateie.
O Muro de Berlim caiu na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago NeusiedlerSee. O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. GünterSchabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de BornholmerStraße, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.
Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitas boates perto do Muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se. Cidadãos de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que até então não eram acessíveis aos ocidentais. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento, e os deputados espontaneamente cantaram a hino nacional da Alemanha.
Nos 28 anos da existência do Muro morreram muitas pessoas. Não existem números exactos e há indicações muito contraditórias, porque a RDA sistematicamente impedia todas as informações sobre incidentes fronteiriços. A primeira vítima foi GünterLitfin, que foi baleado pela polícia dia 24 de Agosto de 1961 ao tentar escapar perto da estação Friedrichstraße. No dia 17 de Agosto de 1962, PeterFechter sangrou no chamado corredor da morte, à vista de jornalistas ocidentais. Em1966, foram mortas duas crianças de 10 e 13 anos. O último incidente fatal ocorreu no dia 8 de março de 1989, oito meses antes da queda, quando WinfriedFreudenberg, de 32 anos, morreu na queda de seu balão de gás de fabricação caseira no bairro de Zehlendorf, quando tentava transpor o muro.
Estima-se que na RDA 75 000 pessoas foram acusadas de serem desertores da república. Desertar da república era um crime que, segundo o artigo §213 do código penal da RDA, era punido com até 2 anos de prisão. Pessoas armadas, membros das forças armadas ou pessoas que carregavam segredos nacionais eram mais severamente punidas, se considerado culpado de escape da república, por pelo menos 5 anos de prisão.
Também houve guardas fronteiriços que morreram por causa de incidentes violentos no muro. A vítima mais conhecida era Reinhold Huhn, que foi assassinado por um Fluchthelfer (pessoas que ajudavam cidadãos do Leste a passar a fronteira, ilegalmente). Estes tipos de incidentes eram utilizados pela RDA para a sua propaganda, e para posteriormente justificar a construção do muro de Berlim.