domingo, 28 de setembro de 2008

LENDÁRIO PAUL NEWMAN MORRE AOS 83 ANOS NOS EUA


Aos poucos, todas as referências que marcaram a minha geração, vão desaparecendo do mundo dos vivos. Paul Newman, de 83 anos, finou-se na madrugada do passado sábado, na sua casa de Westport, no estado de Connecticut, vítima de cancro num pulmão. O seu desaparecimento deixou o panorama cinematográfico bem mais pobre”.

Um carisma e um charme naturais aliados a um brio técnico, Paul Newman foi sempre um actor venerado tanto pelos colegas como pelo público.

A morte do actor foi confirmada pela sua porta-voz, Marni Tomljanovic, citada pela CNN e BBC. Newman morreu ontem, cerca de um mês depois de o próprio ter decidido interromper os tratamentos de quimioterapia a que estava a ser sujeito num hospital de Nova Iorque e pedido à família para ir para casa.

Com mais de 60 participações em filmes e dezenas de outras em séries televisivas, Newman recebeu dez nomeações para os Óscares ao longo da sua carreira, tendo finalmente sido distinguido em 1987 com o Óscar para melhor actor principal pela sua interpretação em "A Cor do Dinheiro". Foi ainda distinguido com dezenas de outros prémios. A sua última aparição no grande ecrã foi ao lado de Tom Hanks, no filme "Caminho para a Perdição" (2002), do realizador Sam Mendes.

Nascido em Shaker Heights, Ohio, um subúrbio de Cleveland, a 26 de Janeiro de 1925, foi aos 26 anos que começou a dar os primeiros passos na actuação. Ao longo dos 50 anos que seguiram, Newman interpretou papéis memoráveis em filmes como "Gata em Telhado de Zinco Quente" (1958), "The Hustler" (1961), "Butch Cassidy and the Sundance Kid" (1969) ou "The Sting" (1973). Além da carreira de actor, Newman realizou ainda quatro filmes, todos com a participação da mulher Joanne Woodward, com quem estava casado desde 1958.

O norte-americano deixou ainda a sua marca através da Newman's Own Foundation, com a qual financiava várias organizações de caridade e humanitárias. Newman fundou ainda a Hole in the Wall, uma organização que oferecia férias de Verão a crianças de todo mundo que sofriam de doenças graves.

Robert Forrester, vice-presidente da Newman's Own Foundation, sublinhou num comunicado divulgado hoje que o actor "o seu coração e alma foram dedicados ajudar a fazer do mundo um melhor lugar para todos".

Newman tinha ainda uma enorme paixão pelas quatro rodas. Em 1979, na altura com 54 anos, levou um Porsche 935 da equipa Dick Barbour ao segundo lugar da mítica prova francesa as 24 horas de Le Mans, uma das maiores provas de resistência.

Aos 70 anos, tornou-se o piloto mais velho a fazer parte da equipa vencedora das 24 horas de Daytona, em 1995.

Publico

Foto da Net António Inglês


6 comentários:

Isamar disse...

E ficámos muito mais pobres. O exemplo em que o homem e o artista faziam a simbiose perfeita. Poucos houve como ele. Poucos há. A saudade já dói. O meu querido Paul de olhos cor de mar deixa-nos a verter lágrimas enquanto a memória nos permitir.

Bem hajas, António, por tê-lo recordado. Desculpa a minha ausência mas, para mim, os amigos estão sempre do lado esquerdo do meu corpo.Eternamente!

Beijinhos

São disse...

Que vá em paz!

Abraços , Tonico.

Elvira Carvalho disse...

E o mundo ficou mais pobre.
O seu tlento e a sua beleza fizeram dele práticamente caso único no cinema.
Morreu o homem, o artista, fica para sempre na nossa memória.
Um abraço e bom Domingo.

Branca disse...

OLá António,

Que bom vir aqui e ver que homenageias um actor que foi durante muito tempo dos maus preferidos, já numa fase madura da sua carreira, admirava o seu humanismo, a forma como nasceu a sua Fundação e os motivos pelos quais a mesma nasceu...
Obrigada por me dares esta oportuniddae de ler a notícia escrita e desenvolvida, uma vez que não cheguei a apanhá-la completa na televisão.
Beijinhos
Branca

Joaninha disse...

O homem era excepcional em todos os sentidos.

beijos

Filoxera disse...

Mais uma grande perda. É assim a vida...
Beijinhos.