terça-feira, 23 de setembro de 2008

DECO APELA A BOICOTE AO ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS NO PRÓXIMO SÁBADO


Por um preço mais justo, transparência e maior concorrência

“Sempre que ocorre um aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, as petrolíferas respondem com um imediato aumento do preço dos combustíveis. Mas num cenário de descida, aquelas mantêm discricionariamente os preços”, refere em comunicado a DECO, para quem “os consumidores não encontram explicações sérias e rigorosas sobre a formação dos preços. Neste contexto, a DECO, dando voz à crescente indignação demonstrada pelas largas centenas de reclamações/denúncias que tem recebido, incita todos os consumidores a realizarem uma Jornada Nacional de Protesto no sábado, dia 27 de Setembro, pedindo-lhes que não abasteçam os seus veículos durante todo o dia.

A DECO considera que “o mercado nacional dos combustíveis é dominado por três empresas, numa verdadeira situação de oligopólio, praticando preços praticamente idênticos, entre si, demonstrativos da falta de concorrência neste mercado. Através deste Protesto, a DECO, em representação dos consumidores, reivindica que:

o As empresas petrolíferas façam repercutir no preço de venda ao público dos combustíveis as reais variações dos preços das matérias-primas, adoptando assim uma política de transparência de preços face aos consumidores.

o A Autoridade da Concorrência exerça com eficácia as suas competências de fiscalização e supervisão deste mercado, vigiando em permanência a evolução dos preços e reprimindo eventuais práticas restritivas da concorrência, por parte das empresas petrolíferas.

o O Governo crie uma estrutura específica de regulação deste sector, com capacidades efectivas de intervenção e introduza medidas adequadas ao combate ao oligopólio fomentando o aparecimento de novos operadores no mercado.

http://www.tintafresca.net

Edição de Terça-Feira, 23 de Setembro de 2008




Cá por mim podem dar como certa a minha inscrição no apelo do próximo sábado, pois há muito que considero um ultraje aos portugueses a forma como os nosso governantes permitem que estes aumentos se façam ao ritmo alucinante de um abrir e fechar de olhos. Somos o país que mais aumentos tem feito nos bens de consumo, logo nos combustíveis. No fundo em tudo menos nos vencimentos claro que esses, os únicos que são revistos “em alta” são os dos senhores da Assembleia, os tais deputados, que dizem.. nos representam...

Ao longo das últimas dezenas de anos, temos sido governados por “ilustres” que nos puseram na posição em que estamos (falidos quase todos) e até temos sido nós os responsáveis pela eleição ou reeleição de muitos deles.

Somos nós que pagamos a crise, que suportamos os erros, as passeatas, a má gestão de muitos que por cá têm passado e ainda os vemos quase sempre a recandidatarem-se para altos cargos governamentais.

Depois desse brilhante “serviço” prestado à Nação, muitos desaparecem pois são colocados em altos cargos empresariais.

Como dizia um amigo de longa data, (ex-ministro de Caetano), não é bom ser ministro, bom é mesmo “ter sido”...

As injustiças sociais são gritantes e as famílias estão a entrar na “banca rota” caseira, sem saberem como pagar as suas obrigações, cada vez mais elevadas graças à boa “gestão” de uns quantos. Porque será que as únicas empresas que apresentam lucros (fabulosos) são precisamente os Bancos, os Seguros, as Gasolineiras, os grandes grupos que as gerem... e que têm grandes espaços comerciais, os Telefones, etc, etc, etc... Porque será?

Eu até reconheço que elas deverão apresentá-los sempre, pois isso é sinal de uma boa gestão, mas nós, os outros, os pequeninos, que acessos e condições temos para constituir e gerir, de forma positiva as nossas empresas. Que recursos, que apoios que créditos? Tempos houve em que existiram sim, mas aplicados sem que alguém se preocupasse em confirmar da sua boa aplicação.




E quando as coisas correm mal, que os tempos não estão para brincadeiras, que raio de sistema nos é oferecido para obter-mos apoios e continuar sobrevivendo? Em qualquer incumprimento caem-nos em cima e levam tudo o que houver a preços de “saldo” que alguém há-de “agarrar”.

Depois é ir pedir ou mendigar que trabalho não há e o que há é de gritos, centro de emprego e aguardar por oportunidades que não chegam. Assim se destroem famílias sem qualquer contemplação.

Pergunto, quantos administradores ou autarcas ficam ou ficaram na desgraça com as suas más gestões? Mesmo lesando o país e os portugueses, quantos? Se alguém souber que diga!

O Sol quando nasce deveria ser para todos, o problema são os muitos “guarda-sóis” que nos são abertos e não nos deixam chegar os raios solares...

Reparem neste exercício; em tempos tive de vender mais de uma propriedade para construir uma casa melhor e mais digna para mim e para a família que aumentou entretanto. Pois bem, tive de pagar por esse facto, imposto de mais valias porque a única propriedade que estava isenta desse pagamento era a casa onde vivia anteriormente. Como se eu tivesse vendido as outras propriedades para fazer negócio ou obter lucro... Pergunto: e se a minha actual casa arder, os mesmo que se acharam no direito de me cobrar estas mais valias virão ajudar-me a reconstrui-la? Serei ressarcido desse dinheiro? Acho que não! Sócios destes eu bem que dispenso! E não me venham com a "lenga-lenga" de que todos temos de pagar... é que já todos pagamos e bem, não sabemos é como esse dinheiro é administrado...

Que raio de Sociedade é esta, que nos impõem regras desiguais e injustas, que continuam a ser ditadas, e nós a suportá-las! Manda quem pode, obedece quem deve! Triste sina a dos pobres, que não podem mesmo fugir a nada...

Quanto ao aumento dos combustíveis, acho engraçada a maneira como os seus responsáveis nos querem fazer crer que só podem continuar a fazer aumentos e não reduções de preços, mesmo quando o preço do barril de petróleo baixa nos grandes mercados internacionais, pois se o fizessem poriam em risco a saúde financeira das suas empresas... Pois é, não põem em risco a saúde das empresas mas põem em risco a saúde das famílias portuguesas. Também que se “lixe” não são as famílias deles.... E as empresas que gerem, essas estão de boa e perfeita saúde, cumprindo objectivos e apresentando os tais lucros, em cada ano maiores que os anteriores, mas sempre com muitas dificuldades para baixar os preços dos combustíveis por questões de regras do mercado! Isso é que é preciso!
E é interessante porque normalmente quando uma sobe preços as outras vão logo atrás. Baixá-los é que poucas ou nenhumas vezes acontece, porque será? Que bem afinados estão estes senhores!!!

Sábado podem contar comigo... e desculpem qualquer coisinha...




Fotos da Net

António Inglês


4 comentários:

Filoxera disse...

Olhe, eu ando de carro essencialmente para transportar a minha filha. Ele mudou de escola, para um próxima de casa e, sempre que possível, levo-o a pé. Ainda hoje fiz, sozinha, uma caminhada de 40 minutos, porque ainda não me sinto segura para fazer esta distância de bicicleta numa zona com trânsito.
Beijinhos.

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá meu querido Amigo António, concordo totalmente com o teu texto e sou solidária contigo...
Amigo, num blogue por onde acabei de passar, senti o teu cansaço, para não dizer a tua amargura... Querido Amigo do coração o meu ombro está sempre aqui ao teu dispôr, se for caso disso!... È assim que eu vejo a amizade, seja virtual ou não... Uma boa noite e muitos beijinhos do meu coração,
Fernandinha

Maria disse...

Pois comigo também contam, mas duvido muito do efeito prático da questão...
Do que não tenho dúvida é que alguma coisa tem de ser feita...

Beijinho, António

Maria Clarinda disse...

Voltei...e vim visitar-te, passar ums momentos no teu espaço.
Adorei tudo o que li, e fortam optimos os momentos que passei aqui.
Eu ando sempre a pé ou de transportes ;).