segunda-feira, 12 de maio de 2008

A LENDA DE EGAS MONIZ, O AIO

*

A batalha de Valdevez entre os exércitos de D. Afonso Henriques e Afonso VII de Castela não teve um resultado decisivo para nenhuma das hostes envolvidas. D. Afonso Henriques retirou-se para Guimarães com o seu aio Egas Moniz e com os outros chefes das cinco famílias mais importantes do Condado Portucalense, interessadas na independência.




O monarca castelhano pôs cerco ao castelo de Guimarães mas o futuro rei de Portugal preferia morrer a render-se ao primo. Egas Moniz, fundamentado na autoridade que a posição e a idade lhe conferiam, decidiu negociar a paz com Afonso VII a troco da vassalagem de D. Afonso Henriques e dos nobres que o apoiavam.




O rei castelhano aceitou a palavra de Egas Moniz de que D. Afonso Henriques cumpriria o voto de vassalagem. Mas um ano depois, D. Afonso Henriques quebrou o prometido e resolveu invadir a Galiza, dando origem a um dos momentos mais heróicos da nossa história. Vestidos de condenados, Egas Moniz apresentou-se com toda a sua família na côrte de D. Afonso VII, em Castela, pondo nas mãos do rei as suas vidas como penhor da promessa quebrada.




O rei castelhano, diante da coragem e humildade de Egas Moniz, decidiu perdoar-lhe e presenteou-o com favores. Este acto heróico impressionou também D. Afonso Henriques, que concedeu ao seu velho aio extensos domínios.




Pensa-se que esta terá sido uma estratégia inteligente por parte de Egas Moniz para que o primeiro rei de Portugal pudesse ganhar tempo. Ao entregar-se, Egas Moniz ressalvava a sua honra e também a de Afonso Henriques, assegurando através da sua astúcia a futura independência de Portugal.




Texto e Fotos da Net

António Inglês

20 comentários:

Joaninha disse...

É caso para dizer já não há homens como antigamente ;)
Tenho o seu presente guardado para por no blog mas ainda não tive tempo, desta semana não passa!
Um abraço

Dalinha Catunda disse...

Antonio,
Passar por seu blog é sempre colher
retalhos da história de Portugal.
Tenho muito gosto em saber de fatos e lendas desta terra.
Gostei de saber que você se interessou pelo nosso Catulo da Paixão Cearense. "Luar do Sertão" foi a coisa mais linda que ela já fez.
Um abraço,
Dalinha Catunda

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá meu querido Amigo António, mais uma vez tens aqui um belíssimo texto da nossa história...
Eu fico extremamente feliz de ter o previlégio de ler-te... A nossa Pátria é rica em episódios que tornaram Portugal, um País livre...
Agradeço do coração teres escrito estes textos.
Beijinhos do coração,
Fernandinha

Isamar disse...

Querido Tó, Mano Amigo!

Esta lenda eu conheço bem. Penso que das que aqui nos tens contado é a única que conheço. Como vês tens sido, para mim, e creio que para muitas outras pessoas que te lêem, uma mais-valia indispensável na blogosfera.

Continua querido amigo a presentear-nos com miminhos destes.

Beijinhossss mil

Carminda Pinho disse...

Olá António!
Relembrei aqui a lenda de Egas Moniz.:)
Já estava meio esquecida...

Beijos

Um Momento disse...

Adoro Lendas e esta é Fantástica
Grata meu Amigo pela partilha
Um beijo com o desejo de um Bom Dia!!

(*)

vieira calado disse...

Aprendi este naco da nossa História, creio mesmo que na primária.
Mas é sempre bom relembrar os grandes portugueses, principalmente nos tempos que correm...
Um abraço, amigo.

Menina do Rio disse...

Só os grandes homens são capazes de grandes atos!

Um beijo

Branca disse...

OLá António,
Que é feito de ti?
Olha quem fala! Eu também tenho andado bem perdida, mas é a vida! Esta semana estou muito ocupada e só arranjo assim uns bocadinhos.Tenho tentado deitar-me mais cedo, nem sempre cumpro.
Sabes, aquela prima de que te falei? Entrou em coma, foi galopante. Por isso estou em stand bye desde ontem, ainda meia atordoada. Não consigo compreender estas coisas, nem porque me hei-de cansar ou chatear seja com o que fôr, ela tem exactamente a minha idade e acho que realmente já não é idade para me forçar muitas vezes até aos limites. Ninguém nos dá uma medalha por isso.
Desculpa, tudo o que estou a dizer não tem muito nexo, mas nestas alturas nada tem nexo.
Voltarei para te ler quando puder.
Agora vou fazer um trabalho que prometi à mãe de Flávia. Fica bem.
Beijinhos
Da mana Branca

Elvira Carvalho disse...

Gostei de ver aqui esta lenda. Que eu conheço, mas que é sempre bom relembrar. E Arcos de Valdevez é tão bonito.
Um abraço.

P.S. O pai está melhor. Recuperou os movimentos do lado direito, mas ainda não tem grande força.
Um abraço

António Inglês disse...

Joaninha

É verdade o que diz, e se todos tivesse-mos a mesma postura e a mesma verticalidade deste homem, tudo seria mais fácil.
Beijinhos
António

António Inglês disse...

Dalinha

Obrigado por nova visita. Vou fazendo por deixar por aqui algumas histórias e lendas deste cantinho à beira-mar plantado.
Um abraço
António

António Inglês disse...

Fernandinha

Olá amiga, fico contente por gostares de vir por aqui. Como sabes também eu te visito, não com a frequência que mereces, mas vou tentando fazer o melhor possível.
Um beijinho
António

António Inglês disse...

Isabel

Cá vou andando e acredita que no meio disto tudo quem aprende sou eu mesmo.
Beijinhos
António

António Inglês disse...

Carminda Pinho

Um grande abraço para si.
António

António Inglês disse...

Um momento

Um grande abraço e grato pela visita.
António

António Inglês disse...

Vieira Calado

Penso que também aconteceu o mesmo comigo. Só que vou relembrando muitas das lendas que aprendi, e outras vou ficando a conhecer.
Um abraço
António

António Inglês disse...

Menina do Rio

Nem mais minha amiga.
Passa bem e recebe um abraço sicero de amizade.
António

António Inglês disse...

Branca mana amiga

Percebo-te perfeitamente e acredita que o que dizes faz sentido sim e de que maneira.
Eu tenho andado um pouco arredado destes hábitos que há quase um ano iniciei.
A vida não vale mesmo nada amiga. Lamento a morte de tua prima.
Beijinhos
António

António Inglês disse...

Elvira

Fico satisfeito por saber que seu pai está a recuperar, e isso é que é importante.
Um abraço
António