sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

DIFICULDADE A QUANTO OBRIGAS!!!



Meus amigos.

Atravessamos um período de muita contenção económica, todos sabemos. Essa é a causa primeira de tantos cortes em várias despesas que se faziam sem controle e sem justificação aparente.
As despesas públicas estavam e estão na ordem do dia. Gastos de toda a espécie eram feitos em nome não sei do quê, nem de quem. Parecia que cada um queria parecer melhor que o parceiro do lado. Foi-se tirando onde fazia falta e ia-se pondo onde fazia vista. Ainda faz escola esta máxima, para mal dos nossos pecados.
Infelizmente, este estado de coisas não era privilégio do estado. Também nas famílias acontecia o mesmo sem problema. As consequências eram inevitáveis mas viriam depois, como vieram.
Hoje estamos a pagar a factura de tantos anos de consumismo exagerado, e a culpa até nem foi destes pobres cidadãos, sensíveis a tantos apelos de ofertas de dinheiro e de facilidades sem limite. Foi um fartar vilanagem.
Tenho para mim, que o Estado e a Banca, deveriam ser os primeiros a pagar as muitas situações em que as famílias portuguesas se encontram. Foram eles que incentivaram a este excesso de consumo e de gastos desnecessários.
Era o leve agora e comece a pagar para o ano, a oferta dos cartões de crédito, qual deles o melhor, os créditos individuais com prazos dilatados para comprar tudo e mais alguma coisa, enfim um convite ao “endivide-se alegremente”
Batemos todos no topo dos sonhos, pois comprámos tudo o que precisávamos e não precisávamos.
Só que a torneirinha das ofertas fechou-se, não totalmente mas o suficiente, os vencimentos não acompanharam a inflação e as famílias portuguesas atravessam um deserto complicado, de onde não vislumbram o oásis que gostariam e lhes devolve-se a esperança de poderem resolver os seus problemas sem que o agregado familiar disso se resenti-se.
O leque salarial em vez de se fechar, cada vez se abre mais, criando um fosso enorme entre os seus extremos. É assim que os ricos cada vez o são mais e os pobres aumentam assustadoramente.
País de contrastes, este jardim à beira-mar plantado que os nossos avós nos transmitiram bem mais justo e mais seguro.
Assim, com estas palavras chego onde quero, pois sempre ouvi dizer que a necessidade aguça o engenho e o caso que quero relatar é a prova disso. Quem não tem cão caça com gato.
Toda esta triste realidade obrigou não só as famílias a cortarem nas despesas como também as autarquias se sentiram na obrigação do o fazer porque os meios financeiros começaram a ser reduzidos.
Chegada a época do Natal, era costume ver-se as ruas das cidades e das vilas encantadoramente iluminadas com motivos natalícios. Pois agora esse costume reduziu-se e muito. Algumas nem sinal de iluminações. E muito bem, não há dinheiro não há vícios.
Porém, o Natal sem ornamentações não é Natal e isso mesmo pensou um grupo de comerciantes da cidade das Caldas da Rainha, que conscientes da realidade nacional, deitou mão à obra e decidiram lançar eles a sua própria campanha de Natal. Por acordo entre uns tantos, decidiram colocar à porta de cada uma das suas lojas uma árvore de natal devidamente enfeitada com motivos do seu próprio negócio.
Quem tem possibilidade de visitar as Caldas da Rainha nesta quadra, verificará como o efeito das muitas árvores espalhadas pelas ruas do comércio ficou bonito. São elas que dão cor e emprestam um verdadeiro espírito natalício à cidade, e não é difícil encontrar-mos árvores enfeitadas com os mais diversos artigos comerciais. Livros, malhas, pães, óculos, Cd’s, lotaria e tantos outros servem de decoração.
Nem todos os comerciantes aderiram, é verdade, mas a grande maioria fê-lo e asseguro-vos que o resultado é simplesmente fabuloso.
Daqui envio um vigoroso incentivo aos autores da ideia, dizendo-lhes que iniciativas destas, provam a força de todos nós quando agimos em unidade e em sintonia.
Parabéns às Caldas da Rainha, pois tem nos seus comerciantes, gente de garra que não desiste às primeiras adversidades.

José Gonçalves


18 comentários:

*Um Momento* disse...

Quando a boa vontade prevalece não há nada que nos derrube
Com a contenção económica que se vê por aí... dizia a minha Mãe já há muitos anos"não se come um bife come-se uma sardinha":))))))))
( Eu cá prefiro a sardinha mesmo:D)
Viva a boa vontade!
Deixo um beijo com carinho
(*)

Branca disse...

José
Tu não dormes? Publicas a uma velocidade que eu não consigo acompanhar.
Já vi que este post tem muito que se lhe diga, mas hoje já não consigo dizer nada e só fiquei até esta hora para cumprir um desafio que não me saiu nada bem.
Até amanhã, para comentar este texto com a mente mais lucida.Agora o cansaço venceu-me
Beijinhos

avelaneiraflorida disse...

Amigo José Gonçalves,

não vou falar do espírito "natalício" que hoje vivemos...
Quero agradecer-lhe mais este post!!!!
É importante chamar a atenção para iniciativas como essa dos comerciantes de Caldas da Rainha! Ainda que o objectivo final seja o incentivo ao consumo...a ideia e criatividade são sempre de ACOLHER!!!
A si, Amigo, TUDO DE BOM EM TODOS OS DIAS!!!!
Bjkas, Amigo!!!

Isamar disse...

Não vejo slides, videos... mas associo-me a ti nas felicitações à cidade das Caldas de onde é natural uma grande amiga minha.
Voltarei.

Beijinhos

Um bom dia!

São disse...

Viva!
EStás zangado comigo?...
Abraço!

Elvira Carvalho disse...

Mas que bela ideia. A julgar pelas fotos ficou muito bonito.
Um abraço e bom fim de semana

Maria disse...

Tanto quanto sei a ideia partiu da Isabel Castanheira, da Livraria 107...
Estive lá 3 dias (também dei um pulo a S. Martinho, claro) e de facto a Rua das Montras está bem bonita.
Será uma iniciativa a repetir....

Beijo

Belisa disse...

OLá

É preciso é ter ideias!
E pelo que vejo nas fotos resulta plenamente e torna este Natal um pouco mais alegre visualmente, pois de tristezas já estamos fartos...

Beijos estrelados

António Inglês disse...

Um momento

Bom dia. Gosto de vê-la por aqui. É sinal de que os amigos nunca se esquecem.
Eu ando com muito pouco tempo neste momento mas compensarei futuramente.
Deixo-lhe um abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Branca

Estou a vingar-me pois como ando sem tempo, tenho feito postagens por "atacado".
Isto irá acalmar.
Um beijinho
José Gonçalves

António Inglês disse...

Avelaneiraflorida

Pois como digo no cabeçalho da postagem, a necessidade e as dificuldades que atravessamos a isto obrigou, mas ainda bem porque o efeito resultou em pleno.
Um abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Sophiamar

A net não anda bem e já conheceu melhores dias. Quando voltares a ver bem diz-me.
Deixo-te um beijinho
José Gonçalves

António Inglês disse...

São

Como poderia estar zangado contigo?
Nada se passa apenas o tempo é escasso.
Um beijinho
José Gonçalves

António Inglês disse...

Elvira

Foi brilhante a ideia e resultou mesmo. Vale a pena dar um passeio pelas Caldas da Rainha.
Um abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Maria

Não consegui apurar de quem foi a ideia concretamente, pois as informações que colhi foram vagas a esse respeito, mas a ideia tenha ela vinda de quem tenha, resultou realmente.
Por vezes sem muitos gastos e alguma imaginação, fazem-se coisas lindíssimas.
Um beijinho
José Gonçalves

António Inglês disse...

Belisa

Bom dia minha amiga. Gosto em tê-la por aqui.
Esta ideia foi brilhante e com resultados lindíssimos.
Não sei se o negócio está de boa feição para os comerciantes, mas esta época do ano é a época em que eles mais apostam.
Um beijinho
José Gonçalves

Joaninha disse...

Que gira ideia!

António Inglês disse...

Olá Joaninha

Vale a pena vir às Caldas da Rainha porque foi uma ideia com muito êxito.
Deixo-lhe um beijinho
José Gonçalves