quinta-feira, 26 de junho de 2008

UM GRITO DE REVOLTA PORQUE AS BESTAS AINDA EXISTEM !

*

Este anúncio foi premiado internacionalmente, mas não passou na nossa televisão, em Portugal. Porque será?
Recordo o poema da criança de 3 anos, 'Meu nome é Sara'



O meu nome é ''Sara''

Tenho 3 anos

Os meus olhos estão inchados,

Não consigo ver.



Eu devo ser estúpida,

Eu devo ser má,

O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?



Eu gostaria de ser melhor,

Gostaria de ser menos feia.

Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.



Eu não posso falar,

Eu não posso fazer asneiras,

Senão fico trancada todo o dia.



Quando eu acordo estou sozinha,

A casa está escura,

Os meus pais não estão em casa.



Quando a minha mãe chega,

Eu tento ser amável,

Senão eu talvez levaria

Uma chicotada à noite.



Não faças barulho!

Acabo de ouvir um carro,

O meu pai chega do bar do Carlos.



Ouço-o dizer palavrões.

Ele chama-me.

Eu aperto-me contra o muro.



Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.

Tenho tanto medo agora,

Começo a chorar.



Ele encontra-me a chorar,

Ele atira-me com palavras más,

Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.



Ele esbofeteia-me e bate-me,

E berra comigo ainda mais,

Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.



Ele já a trancou.

Eu enrolo-me toda em bola,

Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.



Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,

E o meu dia continua com horríveis

palavras...



'Eu lamento muito!', eu grito

Mas já é tarde de mais

O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.



O mal e as feridas mais e mais,

'Meu Deus por favor, tenha piedade!

Faz com que isto acabe por favor!'

E finalmente ele pára, e vai para a porta,



Enquanto eu fico deitada,

Imóvel no chão.



O meu nome é 'Sara'

Tenho 3 anos,

Esta noite o meu pai *matou-me*.




Existem milhões de crianças que assim como a 'Sara' são mortos.

Elas não têm de sofrer por causa dos pais, merecem viver uma infância feliz. Se este é o teu caso, espero que saibas que há sempre alguém a apoiar-te, não importa como ou onde...

Não posso ficar indiferente ao email que um amigo me enviou ontem e por isso aqui fica o meu grito de revolta...

Neste mundo louco em que vivemos, as bestas ainda existem. É preciso denunciá-las, é preciso que a violência, seja ela qual for ou a que pretexto for, acabe.

Peço a Deus que nunca se atravesse no meu caminho nenhum destes anormais, porque não saberei responder por mim certamente...

Cães....

Fotos da Net

António Inglês

23 comentários:

Isamar disse...

António, Amigo!

Ainda existem estas bestas que deveriam ser dizimadas imediatamente para que a espécie não se propagasse. Quantas crianças estarão sofrendo vítimas de monstros como este e cujo local desconhecemos? É lamentável mas o agressor coabita, geralmente, com o agredido, nestes casos, e só tardiamente deles temos conhecimento.
É por estes e muitos outros que ainda há um Dia Internacional da Criança. Para que se reflicta, para que possamos ajudar se conhecermpos casos semelhantes, para que não fiquemos indiferentes nem com medo de os denunciar.
Excelente post! Pela denúncia, pela pertinência, pela coragem estou contigo.
Beijinhosssss

Laura disse...

Meu amigo!...
Sempre que falo com Deus, peço pelas crianças que vivem às mãos de verdadeiros algozes... Nunca as esqueço e sempre lembro que há monstros a fazer de pais ou tutores... Como lamento que nos dias de hoje ainda haja coisas assim, mas as fotos estão ai a comprová-lo!...
Sempre fui da opinião que essa de dizer que na casa do vizinho não nos devemos meter... pois eu acho que se todos denunciassem o que se passa quando há desconfiança de maus tratos... mas muitos fazem vista larga pois não se metem, têm medo de represálias e de ter de desembolsar com advogados, por um lado estão certos, mas por outro..as crianças sofrem-...
Beijinho, amigo e tudod e bom para ti..laura..e denunciar é uma obrigação que todos temos. Bem hajas.

amigona avó e a neta princesa disse...

Partilhei também este poema há algum tempo atrás! Estou contigo na denúncia, na revolta e na raiva! Só não concordo contigo quando acabas com "cães"! Não amigo, não é justo para esses nobres animais também eles tão sofredores da maldade humana (já aumentou o número dos que andam à beira da estrada-férias!)...beijos, amigo António...

Um Momento disse...

Meu Amigo...
Já havia lido esta "mensagem", mas as lágrimas voltaram ao reler, ao imaginar o sofrimento das tantas"Saras" deste mundo...
Há gente( se é que se podem chamar de gente) neste mundo que não devia nascer...
Uma Criança tem o direito a viver em pleno...
Pudessemos nós livrar esses Anjos das garras dessas pessoas...

Um abraço sentido...

(*)

Elvira Carvalho disse...

Há aproximadamente um ano publiquei este mesmo poema.
Ontem ao almoço deu no telejornal uma notícia sobre uma das formas de violência mais revoltantes com as crianças. Nos EU crianças eram obrigadas a prostituirem-se. Algumas tinham sido raptadas. E comentámos, eu e o marido, como é possível haver seres humanos a fazerem estas barbaridades. O que é que têem no lugar do coração?
Um abraço e bom fim de semana

Anónimo disse...

António já conhecia a mensagem, mas nunca é demais relembrar.
Infelizmente estes casos acontecem, e como se não bastasse, este tipo de agressão, ainda temos a fome que espreita em cada esquina. E não precisamos ir para fora da nossa terra para a encontrar!
Quando irão os homens aprender a pensar, a amar, a respeitar?

Isamar disse...

Um bom fim de semana.

Um abraço grande

Menina do Rio disse...

António, já havia recebido este poema de Sara por email. Infelizmente o mundo ainda está cheio de bestas. Nem sei o que dizer

Deixo-te um beijo na alma e votos de um final de semana feliz

RENATA CORDEIRO disse...

Vim aqui triste e saio mais triste ainda depois de ler o seu post. Talvez seja o meu estado doentio. Não se se vc está a par, mas terça fui operada de câncer no útero, mas hj estou em casa. Fiz um post a todos, mesmo aos que nada sabiam.
Apareça por lá,
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Não precisa ler a "Última Cena" se vc não for ver o clip, pois é muito longa.
Um beijo afetuoso da Rê

Elvira Carvalho disse...

Passei. Deixo um abraço e bom Domingo.

Branca disse...

Olá António,
Ontem tinha passado por aqui, contente por ver movimento no teu blog, comentei o post anterior, mas estava com uma pessoa muito idosa cá em casa, impossibilitada de ir mais tempo ao computador por os aposentos do mesmo estarem ocupados pela mesma idosa e portanto só hoje posso comentar este post. Já conheço esta mensagem que volta e meia circula pelo correio electrónico.
E, o meu comentário é "No comments", porque depois de tudo que foi dito, nem sei que dizer mais, é demasiado bárbaro, nem digo animalesco, porque os animais se comportam melhor.
A violência psicológica já é péssima, das piores, a física é o que se vê e as duas associadas como neste caso não têm explicação possível. Como é que seres indefesos têm que se soburdinar a isto e não têm ninguém que os defenda?
Não há nada que possa explicar o sofrimento de uma criança.

Este é sempre um post incomodativo e a que ninguém se habiturá por muito que o leia.
Beijinhos
Branca

vero disse...

Caro António,
confesso que as lágrimas cairam ao ler este texto...


Um beijo

Belisa disse...

Olá
Vim fazer uma visita e desejar que esteja tudo bem consigo.
Quanto a estas "bestas" deveriam desaparecer do cimo da terra.
Uma boa semana e beijos estrelados

Belisa disse...

Olá
Vim fazer uma visita e desejar que esteja tudo bem consigo.
Quanto a estas "bestas" deveriam desaparecer do cimo da terra.
Uma boa semana e beijos estrelados

Filoxera disse...

E tantas vezes se adia uma decisão que as ponha a salvo...
É ainsegurança social que temos.
Beijinhos.

amigona avó e a neta princesa disse...

Um abraço amigo...

Maria Clarinda disse...

Com os olhos marejados, com o coraçao apertado , junto-me ao te GRITO!!!!
Beijos mil

Joaninha disse...

Infelizmente existem.
Destes e de outros que espancam não só as crianças mas as mulheres.
O que desejo a estas pessoas não é mais nem menos do que aquilo que dão aos outros. Uma vida de cheia de terror e de medo, sem saber até quando estarão vivos.
Porque "amor com amor se paga" sempre me disseram.
Um abraço e um beijo!
Já só me falta 1 mês para matar as saudades das minhas bolas de berlim e do meu cheirinho a mar, da nossa praia linda de Afife!

Laura disse...

Olá António... E todos os dias a violência se repete contra os mais indefesos e nada muda, os sofredores continuam sem ter quem os ajude a tomar a coragem de sairem de casa ou de mudarem de vida quando têm na mão possibilidades. Mas as crianças essas por vezes têm familia que sabe e não as ajuda, que poderemos fazer ? acusar nem sempre resolve, enfim... É triste, mas deviam tomar esse problema em mãos e tentar resolver e afastar os agressores de quem magoam...
Beijinho.

a d´almeida nunes disse...

Malditas Bestas!...
E os vizinhos, esses cobardes, que nada fazem? Tenho alguma relutância em falar grosso, mas os vizinhos, nestes casos, são so primeiros responsáveis.
Façam queixa a quem de direito. Ao menos à Polícia!
Mas também podem recorrer directamente ao Ministério Público!

Reacção dura contra estes malfeitores, bandidos da sociedade, é necessária.
Não nos acobardemos! Só se morre uma vez (se necessário for...!)

António

Geo Schumacher disse...

Não posso passar aqui e não comentar este post...

Recentemente, no Brasil, uma menina de nome Isabella, foi atirada pela janela do 6° andar da casa de seu pai...um crime que revoltou a todos, tudo indica que foi o pai e a madrasta da menina que praticaram o crime, impensável, imperdoável...são situações que nos deixam sem palavras...sinceramente, me falta compreensão para essas atitudes...o poema dói, por ser real, por fazer parte de nossa realidade, uma crueldade muitas vezes calada, calam nossas crianças...a denúncia tem de ser feita, temos o dever de defender essas crianças...um excelente post!

Um beijo!

Geo

Rakel Macedo disse...

E eu que tinha escrito um comentário tão lindo e isto deu um erro e não foi enviado??? Snif snif...

Maria disse...

Não se pode ficar indiferente a este poema. Dói demais.
Eu não sei exactamente o que seria capaz de fazer a uma besta destas, mas lá que fazia, fazia...

Um beijo, António