terça-feira, 7 de agosto de 2007

Telescópio espacial Spitzer detecta colisão cósmica gigante




Telescópio espacial Spitzer detecta colisão cósmica gigante


De Washington chegou a notícia de que às 20h21m de segunda feira passada, dia 6 de Agosto de 2007, o observatório espacial Spitzer, da Nasa, captou uma das maiores colisões cósmicas na história da astronomia, informou o Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL) dos Estados Unidos.

Trata-se de quatro galáxias que se chocaram espalhando no cosmos biliões de estrelas, disse o laboratório da Nasa em comunicado.
Em última instância essas quatro galáxias ficarão reduzidas a uma só, que terá uma massa dez vezes superior à da Via Láctea onde está o sistema solar da Terra.
"A maioria das galáxias se fundem em um choque como se fossem automóveis compactos", disse Kenneth Rines, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.
No entanto, "o que temos aqui é o choque de quatro camionetas carregados com areia, que se espalha por todos os lados", disse.
A fusão de quatro galáxias foi descoberta acidentalmente pelo telescópio espacial quando realizava uma prospecção de um conjunto galáctico chamado CL 0958 4702 situado a quase 5 biliões de anos luz da Terra.
Os dados da Spitzer mostram que nesta fusão há muito pouco gás, ao contrário do que ocorre em outras fusões galáticas, diz Rines.
O cientista acrescentou que a informação fornecida pelo telescópio é "a melhor evidência de que as galáxias do universo se formaram recentemente através de grandes
fusões".

Análise mais recente, revelou que uma das galáxias, chamada NGC7318b, não só está caindo em alta velocidade na direcção das demais, como vem gerando uma enorme onda de choque no processo. Essa onda é maior que a Via-Láctea, e se propaga no gás entre as galáxias. A análise revelou ainda a presença de uma onda de choque ou “estrondo sónico”no meio do Quinteto de Stephan um grupo de galáxias que é palco de um gigantesco cataclismo. A descoberta feita por um grupo internacional de cientistas , oferece uma visão do que poderia ter ocorrido no inicio do universo, quando enormes fusões e colisões de galáxias eram comuns. A pesquisa será publicada no Astrophysical Journal.

Durante décadas, astrónomos souberam que as galáxias do Quinteto, localizado a cerca de 300 milhões de anos luz da Terra, têm uma distribuição irregular na luz visível emitida pelas estrelas, indicando colisões no passado e no presente. Mais recentemente, observando a galáxia em comprimentos de onda diferentes da luz visível – como rádio e raio-x – pesquisadores descobriram grandes quantidades de gás e poeiras no espaço entre as galáxias.

Noticia publicada na Net


2 comentários:

Anónimo disse...

Bem parece-me que a NASA se tem esquecido de investigar em S. Martinho do Porto, é que mesmo sem haver colisão (embora vá havendo algumas) de galáxias há por cá muita estrelas … umas cadentes e outras decadentes.

Bem quanto à notícia que o meu amigo divulga, é sempre interessante saber que a investigação vai conseguindo alcançar novas descobertas. Sendo defensor de tudo o que seja desenvolvimento e investigação, acho que seria muito mais útil à humanidade que a investigação se preocupe com problemas mais próximos que temos ainda para resolver. Por exemplo a questão da fome, por exemplo a questão da poluição, para que na rota do desenvolvimento em que mergulhamos possamos continuar a caminhar sem ter que fazer retrocessos mas sem poluir o planeta, para o deixar aos nossos sucessores o menos estragado possível. Seguramente não se imagina que possamos deixar de andar de automóvel, mas que invenções ou progressos podem surgir para que o automóvel possa continuar a existir mas sem os níveis de poluição que provoca.
Precisamos de investigação que torne a vida humana muito mais feliz.

António Inglês disse...

Meu caro amigo Joaquim Marques

Tem toda a razão, a NASA não tem passado "cartuxo" nenhum a São Martinho do Porto, mas penso que será porventura por o céu andar por aqui muito enublado... com muitos raios e coriscos...

Quanto à noticia, pois meu caro, tem sido fruto das enormes descobertas que o homem tem tido a coragem de fazer, que a humanidade tem sentido muito do seu desenvolvimento.
Não fora a busca constante de novos mundos e novos horizontes e provavelmente que nem a informática existiria, nem a medicina teria evoluído da forma como evoluiu e continua a evoluir, nem se calhar teríamos a possibilidade de, estando nós onde estivermos, poder-mos falar uns com os outros rapidamente.
Basta lembrá-lo que, muitas vidas hoje se conseguem salvar graças à ousadia, à coragem e à inteligência do homem que quer saber sempre mais.
Por isso lhes tiro o meu chapéu.
No entanto não deixa de ter razão no que diz, muitas coisas haveriam cá por "baixo" para resolver e se calhar com menos custos e que são essenciais à sobrevivência humana.
Mas o homem é assim, é uma fonte saudável de incoerências meu caro.
Um abraço
José Gonçalves