terça-feira, 18 de novembro de 2008

METADE DAS PESSOAS GANHA ATÉ 600 EUROS MENSAIS


Trabalhar por conta de outrem não é solução para sair da pobreza

Cerca de 151 mil pessoas não ganhavam mais do que 310 euros líquidos por mês, em 2007, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Em Portugal, metade dos trabalhadores ganha menos de 600 euros por mês.

Os 950 euros que entram em casa sustentam um idoso, um bebé e dois adultos. Ambos trabalham, ela numa empresa, ele no que aparece. Fátima e o marido são dois dos 1,7 milhões de pessoas, que trabalham por menos de 600 euros por mês.

Em Portugal, para se ser oficialmente pobre, não se pode ganhar mais do que 370 euros, mas quem gere a vida com o salário mínimo (426 euros), ou pouco mais, não se considera propriamente de classe média. E, o salário líquido de quase metade dos trabalhadores por conta de outrem não passa dos 600 euros, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE).



É certo que, nos últimos anos, a quantidade de pessoas a viver com ordenados pouco acima do mínimo oficial tem vindo a diminuir. Em 2004, mais de metade (52%) dos trabalhadores por conta de outrem tinha um ordenado líquido até 600 euros; no final do ano passado, eram 46%. Contudo, as subidas recentes de preços (da alimentação e dos combustíveis, em particular) "está a afectar toda a gente, mas sobretudo os mais pobres", lembrou Agostinho Jardim Moreira, presidente em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza, que encontra os casos mais graves na região Norte, mas sente que Setúbal e o Algarve começam a ver a pobreza crescer.

Tanto no Norte como nos Açores, quase seis em cada dez trabalhadores empregados ganha até 600 euros. Em Lisboa, não chega a três em cada dez. Em todo o país, a média é de 46% e a família de Fátima encaixa na perfeição.



Não quer que se use o nome verdadeiro nem que se diga onde vive. "Sinto-me uma felizarda por ter um emprego", mas "tenho vergonha de dar a cara", justifica. Fátima e o marido têm 35 anos, são licenciados mas não encontram trabalho compatível com as habilitações. Ela tem um emprego, de onde tira 454 euros limpos por mês, ele não encontra nada fixo. "Vende produtos tradicionais, quando consegue", diz.

Em casa vive também a mãe de Fátima, uma idosa com uma pensão de 327 euros com que pagam a casa, o seguro, a água, a luz e o gás. O bebé de sete meses tem direito a um abono de 169 euros. Quase metade paga a creche, o resto alimenta o carro velho que substitui os transportes públicos que não chegam à vila onde vivem.



O resto são contas de somar. "Sei que todos os dias gasto um euro em pão". Mais 50€ em remédios para a mãe, 100 para o bebé, 200 para alimentação, em que um frango chega para seis refeições. Apesar de tudo, é com um sorriso na voz que Fátima desfia as contas, de memória. Pouco sobra para tudo o que falta.

O que falta, assegura Agostinho Jardim Moreira, é distribuir a riqueza que existe. "Não é verdade que a produção [de riqueza] acabe automaticamente com a pobreza", afirmou, lembrando que Portugal é o país da União Europeia com mais desigualdade na distribuição de rendimento entre os mais ricos e os mais pobres.



Sem criticar abertamente as medidas tomadas pelos governos (como o aumento do abono de família ou o complemento solidário de idosos, que classifica de "medidas cirúrgicas"), o presidente em Portugal da Rede Europeia Anti-Pobreza considera que foi deixado cair o objectivo "acção social" da agenda de desenvolvimento fixada pelo país no ano 2000, a favor apenas do emprego.



"O trabalho não é a única solução para a exclusão social" e a prova são os 11% de pobres que são, também, trabalhadores, disse.

JN de 2007


Este cenário de dificuldades financeiras dos portugueses tem vindo a agravar-se dia após dia. Sobem os juros, a gasolina, os bens alimentares, as prestações, no fundo o custo de vida. Só os vencimentos não acompanharam a subida, nem os empregos.

Cada vez existem mais desempregados e mais empresas a encerrarem as portas. Somos confrontados com imagens diárias de inúmeros sem-abrigo que, sem tecto deambulam pelas ruas, remexendo em caixotes do lixo, pedidno esmola, e dormindo em cima de cartões sob uma qualquer manta que nada tapa, nem o frio nem o corpo e muito menos a alma.



Já chegámos ao ponto de nos confrontar-mos com muitos destes sem-abrigo, deitados nos bancos das paragens de autocarros ou até no chão, tentando abrigar-se do frio que se faz sentir durante a noite, e embora nos aflija já quase não damos importância ao que assistimos, por ser um quadro já banal. O que importa é que passe o autocarro depressa para que os olhos não nos transmitam o que não queremos ver. E são muitos.

Mas há outros “pobres” que a sociedade fabricou, e que hoje se envergonham de mostrar as dificuldades que sentem e passam. Esta pobreza envergonhada está instalada já na classe média e é uma realidade que não podemos perder de vista. E as coisas parece que irão agravar-se durante o próximo ano.

As dividas aumentam, o crédito mal parado sobe vertiginosamente, os impostos são dificilmente pagos e até os bancos começam a dar sinais de falta de liquidez. Pelo menos alguns. A vida está complicada e dificil meus amigos. Os portugueses e não só, porque a crise é mundial e não só nossa, estão cada vez mais “tesos que nem um carapau” e deitam contas à vida procurando encontrar soluções que não aparecem.



Mas a crise não se mostra desastrosa nem catastrófica para todos. Existem alguns, privilegiados, que nós, contribuintes pagantes elegemos mas não sabemos o que fazem, e para quem a palavra crise não existe.

Para eles, as crises podem ser ou não graves, comprometer ou não o futuro de uma nação e do seu povo. Os seus ordenados estão sempre garantidos e no fim do ano têm os aumentos garantidos. Para além disso, ainda usufruem de subsídios para tudo e mais alguma coisa, segundo o que li no Correio da Manhã. Vejamos então a noticia!



Parlamento: Despesas com deslocações dentro e fora do país em 2009

Custo com viagens atinge 3,7 milhões

A despesa prevista com as viagens e estadas dos deputados dentro e fora do País, ao serviço da Assembleia da República, ascende em 2009 a 3,72 milhões de euros, num aumento de 7,6 por cento face à verba consagrada no orçamento de 2008. Só a rubrica Viagens conta com 2,44 milhões de euros, num acréscimo de 14,5 por cento destinado a fazer face à subida de custos com as tarifas aéreas.

O orçamento da Assembleia da República para 2009, a que o CM teve acesso e que aguarda publicação em Diário da República, prevê para aquisição de bens e serviços, no próximo ano, uma verba de 23,7 milhões de euros, montante que é 12,3 por cento superior à dotação de 21,1 milhões de euros prevista para este ano. Com um crescimento orçamental de 7,6 por cento, a verba para Viagens e Estadas acaba por crescer acima da inflação de 2,5 por cento prevista para 2008. E a dotação para os bilhetes aéreos, apesar da subida dos preços, conta com uma subida orçamental apreciável, numa altura em que os preços do petróleo estão em fase descendente.

José Lello, deputado do PS e presidente do conselho de administração da Assembleia da República, diz que "tem havido várias alterações orçamentais ao longo do ano mas temos folga nessa área [das viagens e estadas]". Certo é que, desde 2007, o orçamento para as viagens e estadas dos deputados não tem cessado de subir, a ponto de ter tido um crescimento de 24 por cento.



MAIS APOIO À REINTEGRAÇÃO

O orçamento da Assembleia da República para 2009 reserva cerca de 229 mil euros para pagar aos deputados, no próximo ano, o subsídio de reintegração.

Como a legislatura termina em 2009, os parlamentares eleitos em 2005, caso não sejam reeleitos, ainda têm direito, como acontece com a pensão vitalícia, a pedir o subsídio de reintegração. E, assim sendo, o Parlamento, presidido por Jaime Gama, poderá ter de atribuir o subsídio de reintegração social aos parlamentares que não sejam eleitos nas próximas eleições legislativas.

O subsídio é atribuído, segundo o artigo 31º da Lei nº 26/95, aos titulares deputados que não tiverem completado 12 anos de exercício de funções. E o valor do subsídio é igual ao vencimento mensal. O Governo de José Sócrates eliminou esta regalia em 2005.

ESTADAS

A verba orçamentada para dormidas dos deputados, nas deslocações em serviço, desce um pouco em 2009: 1,27 milhões de euros, contra 1,32 milhões em 2008.

3,36 milhões de euros é a verba prevista para pagar ajudas de custo aos deputados, em 2009, numa redução de 4 por cento face aos 3,49 milhões de euros previstos em 2008.

925 mil euros é o montante das subvenções atribuídas aos grupos parlamentares: é um aumento de 12,3 por cento face aos 823 mil euros previstos para este ano.



VENCIMENTOS

O Orçamento para 2009 prevê uma verba de 1,93 milhões de euros para vencimentos extraordinários dos deputados.

Como se vê, a crise não é igual para todos. Eu se me quiser reformar só mo permitem aos 65 anos e tenho de trabalhar uma vida inteira para que a reforma chegue para pagar dois papo-secos e um litro de leite, a prestação da casa que se prolongará até aos setenta, mais coisa menos coisa, e os remédios que passaram a fazer parte das ementas dos portugueses com mais idade. Logo num país que ainda tem as estatisticas que a seguir transcrevo:




CONFORTO NAS HABITAÇÕES

Famílias sem água canalizada em Portugal representam 2,5% da população;

Famílias sem electricidade 0,3%;

Famílias sem sistema de esgotos 2,6%;

No Centro do país, são 34630 as famílias que ainda vivem sem esgotos

No Alentejo, vivem 2850 famílias sem electricidade

No Algarve 6104 famílias vivem sem água canalizada

Número de famílias em Portugal 3.829.464

Habitação

75,8% das famílias vivem em casas das quais são donas (na teoria, porque na prática a maioria destas habitações estão hipotecadas à banca) INE

É obra!

Fontes: CM, JN e outros orgãos de informação.

Fotos da Net

António Inglês


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

TENHO SAUDADES DE TI, LISBOA!

Av. Guerra Junqueiro com a Pastelaria Mexicana


7h15m de um dia qualquer de Dezembro do ano de 1961. Os primeiros sinais da manhã eram dados por aquela senhora que silenciosa se aproximava do meu quarto, tentando que eu aproveitasse até ao último segundo o descanso de um sono retemperador.

- Tósinho, levanta-te filho que está na hora! Anda lá filho, acorda!

- Vou já mãe!



Ribeira


Respondia-lhe como se ela me estivesse a acordar naquele momento, mas a verdade é que a ouvira desde que se tinha levantado e trocado algumas palavras com o meu pai.

Pareciam-me de circunstância com algum arrufo à mistura, mas essa era a forma que aqueles dois encontravam para se entenderem. Foi assim toda uma santa vida e nunca se deram mal com isso. Muitas vezes, pareciam o gato e o rato, aparentavam indiferença e chegavam a não se falar, mas o amor estava... esteve sempre lá. Que o digam os últimos anos das suas vidas.

- Então filho, já viste as horas? Queres chegar atrasado?

- Vou já mãezinha!



Praça de Londres


Era o segundo aviso e eu esperava por entre lençóis, o terceiro que me servia normalmente de ponto de partida. Num gesto lento e demorado, abordava a casa de banho de olhos ainda fechados e assim entrava debaixo do chuveiro. As primeiras gotas ainda mornas chegavam para me acordar de vez. A partir daquele momento as coisas desenrolavam-se de forma mais ligeira e dali até estar pronto para sair para as aulas era um instante.

- Té logo Mãe!

- Que é lá isso? Então o pequeno almoço?

- Não tenho fome mãe e já estou atrasado!

- Isso não me interessa, eu chamei-te a tempo! Vá, tens ali na cozinha um copo de leite e um pão com manteiga! Mexe-te rapaz, anda!



Restauradores com o velho cinema Éden, hoje um hotel


Vencido mas não convencido, bebia num ápice o leite e o pão acompanhava-me até à rua e era comido pelo caminho.

Num passo apressado, descia a S. João de Deus até ao virar da esquina da Padre Manuel da Nóbrega, onde num último aceno me despedia de minha mãe que não largava a janela enquanto aquela não fosse dobrada. Adivinhava que muito depois disso ela ainda por lá estava rezando para que nada me acontecesse até ao regresso a casa depois das aulas. Sei que para ela o ficar ali era a certeza de que me protegia pelo caminho. Era assim com todos nós lá em casa.



Av. de Roma com a ponte sobre o comboio e a esquina para a Av. São João de Deus


Aquela avenida era feita num instante e depressa apanhava o eléctrico no Areeiro que me levaria até à Praça do Chile onde trocava por outro até ao Alto de São João. Oito tostões era o preço do bilhete. A Rua Lopes era feita de forma mais apressada porque ao fundo ela esperava-me nas suas botas brancas e livros debaixo do braço, encostadinhos ao peito. Um abraço sôfrego que embrulhava mil beijos, era dado entre muros altos de uma viela que nos resguardava de olhares indiscretos. Como se a despedida do dia anterior tivesse sido feita um século antes. E de mão dada até à Escola, lá íamos devagar, saboreando cada minuto e cada carícia que as mãos encontravam. Uma primeira paragem numa pequena tasca, onde comprava uns cigarritos avulso com os trocos que me ficavam do dia anterior, em que o percurso para o Liceu fora feito a pé propositadamente para que naquela manhã os pudesse comprar.



Alfama engalanada


A segunda paragem era normalmente à porta da Patrício Prazeres numa despedida tão penosa e tão difícil que só era atenuada porque no primeiro intervalo eu lá estaria no pátio de olhos pregados no varandim das meninas, esperando ansioso pelo olhar da minha primeira namoradinha. Na época, os recreios eram diferenciados, os rapazes tinham o seu espaço separado do das raparigas. Outros tempos.



Av. da República


Mas as aulas do dia chegavam ao fim e o regresso a casa fazia-se de forma bem mais calma, de novo mãosinha dada com o namorico que me enchia de orgulho perante a rapaziada toda. Afinal a “garota” era um espanto e reconhecida por todos como uma das mais bonitas da Patrício Prazeres. A despedida era feita quase sempre no cimo da Rua Lopes, já no Alto de São João, ali em frente ao cemitério, onde tantas vezes entrámos para namorar sem receio das almas do outro mundo. Tinhamos mais medo das que nos podiam aparecer sem o desejarmos e era por entre os jazigos que muita vez passeámos sem nos darmos conta por onde andávamos. Nada importava bastando que estivessemos juntos e em segurança.



Cais do Sodré


De novo o eléctrico até ao Chile e uma troca rápida por outro para me levar ao Areeiro num regresso alegre e bem disposto, carragadinho de saudades até ao dia seguinte. A Padre Manuel da Nóbrega e de novo a esquina com a São João de Deus. Num lançar rápido de olhar lá encontrava a minha Mãe na janela onde me deixara de manhã. Parecia que nunca de lá saíra à minha espera.

- Olá Mãe!

- Olá filho, correu tudo bem? Vens cheio de fome não?



Terreiro do Paço


O lanche estava já à minha espera e nem pensava em dizer que não, caso contrário havia sermão e missa cantada, e confesso que àquela hora a fome já apertava.

O jardim em frente a casa era por excelência o poiso da rapaziada da Praça onde morávamos. Jogos e treta compunham os fins de tarde até retornarmos ao lar.

A fome apertava mas ninguém comia naquela casa até o meu pai chegar. Era o patriarca e todos sabíamos que tinha de ser assim.



Av. Almirante Reis


7h 15m de um dia qualquer de Dezembro de 1967. Os primeiros sinais da manhã eram os mesmo e a cena repetia-se vezes sem conta. Repetiu-se até aos 21 anos, idade com que casei e saí da casa paterna. A primeira namoradinha era já uma miragem e os meus horizontes tinham-se voltado para outros interesses que culminaram no enlace que me levou de casa de meus pais.



Alameda com a famosa Fonte Luminosa


A Escola era outra, os amigos renovados, mas a liberdade embora pouca e controlada tinha aumentado. Já não parava no Jardim em frente a casa, ou raramente o fazia. O Trevi era o café que de entre muitos que existiam na Av. De Roma, escolhera para ponto de encontro nocturno. O Tutti Mundi, o Vává, a Suprema, o Luanda, a Capri, o Londres, a Mexicana eram percorridos como se isso fosse uma obrigação. Depois partíamos Lisboa dentro em busca de aventura, desde Alfama ao Bairro Alto, da Baixa ao Cais do Sodré. O cacau da Ribeira foi muita vez um último adeus à noite e era já manhã quando chegávamos a casa. Claro que isto não era todos os dias, que na maior parte deles tinha hora marcada para regressar a casa.



Bairro Alto dos turístas


Uma vez por outra lá se organizava uma festa para dar asas ao companheirismo. Os bailaricos serviam às mil maravilhas para uns abracitos mais atrevidos com as raparigas.


Hoje, já não vivo na capital e a realidade é bem diferente da daqueles tempos. Não estou arrependido de ter vindo viver para a província, bem pelo contrário. Ganhei qualidade de vida e o stress só mesmo pelas dificuldades que a crise que se faz sentir por esse mundo fora nos provoca.



Areeiro


Fugi ao barulho, à correria, ao caos do trânsito, à poluição, às enchentes, às demoras, às filas intermináveis que me deixavam de rastos antes de começar a trabalhar, aos transportes públicos apinhados em horas de ponta, à vida selvagem a que a imensidão da cidade nos obrigava.



Rossio


Hoje tudo é mais calmo, as correrias acabaram e só faço as que quero e me apetecem, o trânsito é bastante compassado, a poluição menos visivel, as enchentes são poucas, as demoras não se mostram tanto, as filas quase desapareceram. Os transportes públicos andam com os passageiros contados e quase todos se conhecem, a vida selvagem é-nos oferecida pelas muitas matas que nos envolvem e por onde passeamos.



Praça da Figueira


Mesmo assim, tenho saudades de ti LISBOA! Tenho saudades da minha cidade, não a de hoje, mas daquela onde às oito horas da manhã, ao virar da esquina deitava um olhar de despedida a minha Mãe, num até logo cheio de fé e de alegria. Dessa Lisboa daquele tempo que não volta mais.

Tenho saudades dos Teatros de Revista no Parque Mayer, do piscar de olhos às coristas, das discotecas, da rambóia, do Cacau da Ribeira, das saídas às escondidas já depois de estarem todos a dormir, da janela da minha Mãe, dos sermões do meu Pai. Tenho saudades disso tudo, porque me fazem falta.



Saldanha


Tenho saudades de ti, LISBOA!

Fotos “surrupiadas” da Net

António Inglês


“PASTELARIA ALCOA” VOLTA A VENCER O CONCURSO DE DOCES CONVENTUAIS


A “Alcoa” foi a grande vencedora do concurso de doces conventuais. O primeiro prémio foi entregue à pastelaria de Alcobaça pelo doce “Manjar dos Deuses”. Já a pastelaria “Vieira”, também de Alcobaça, recebeu uma Menção Honrosa pelo doce “Gargantas de Freira”, uma distinção que foi igualmente entregue aos “Queijinhos de Hóstia”, um doce confeccionado pela pastelaria “Maltezinhos”, do Convento da Conceição, de Beja.

Por fim, o prémio especial do Júri foi para o “Encanto das Monjas”, elaborado pela Pastelaria de Alcobaça “Casinha dos Montes”.

Recorde-se que a Mostra de Doces e Licores Conventuais de Alcobaça, esteve patente até ontem domingo, no Mosteiro de Santa Maria pelo 3º ano consecutivo.

Cister FM




Alcobaça é a capital nacional e internacional da doçaria conventual”, assim classificou o Chefe Silva a X Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais, que se realizou no Mosteiro de Alcobaça até 16 de Novembro. O Refeitório, a Sala dos Monges e a Sala do Capítulo do monumento Património Mundial receberam mais de 40 participantes nacionais e internacionais, com destaque para os conventos portugueses e brasileiros, mosteiros de Espanha e abadias de França e Bélgica, Madeira e Açores. A escolha do visitante é difícil, entre Papos de Anjo, Castanhas de Ovos, Pão de Rala, Tachinhos do Abade, Pastéis de Lorvão, Pão-de- de Alfeizerão, Lampreia de Ovos, Tortas de Guimarães, Pastéis de Tentúgal ou Divina Gula.



Na inauguração, Alcina Gonçalves, vereadora da Cultura do Município de Alcobaça, enalteceu o trabalho e o esforço de quem ao longo de 10 anos proporcionou este evento e agradeceu a participação de todos, especialmente daqueles que já participam na Mostra desde o início e sempre acreditaram no sucesso deste evento.

Para celebrar os 10 anos de Mostra, o Município de Alcobaça homenageou os 14 participantes, todos de nacionalidade portuguesa, oriundos de Norte a Sul do País, que participam nesta iniciativa desde a sua primeira edição. E como não podia deixar de ser, a homenagem especial ficou guardada para o Chefe Silva, que está neste evento desde sempre e sem o qual “esta Mostra não é a mesma”, como afirmou Alcina Gonçalves, vereadora da Cultura.



A Câmara Municipal de Alcobaça homenageou o Chefe Silva, considerando-o como “um aliado indispensável” e que merece da autarquia uma “palavra de gratidão e de reconhecimento” por todo o trabalho feito em prol da Mostra de Doces Conventuais. Comovido pela homenagem inesperada, o Chefe Silva agradeceu o acto e deixou algumas palavras aos presentes, voltando a afirmar que não tem dúvidas que “Alcobaça é a capital nacional e internacional da doçaria conventual”.


Tinta Fresca




“Dou por inteiro o meu voto também à “Pastelaria Alcoa” pois apresenta-nos sempre uma doçaria extraordinária, mesmo ao longo do ano. Não me fico só pelo “Manjar dos Deuses” porque o é na realidade, mas realço igualmente as rabanadas que são um autêntico hino à doçaria, talvez não conventual, mas de nos levar aos céus, e as cornucópias... de estalo!

No entanto não seria justo deixar de evocar a grande maioria dos expositores, pois os doces apresentados, mesmo que representando especialidades regionais, fizeram, como têm vindo a fazer nestes dez anos de Mostra, as delicias dos muitos milhares que visitaram o certame e mereciam todos eles ter ganho este concurso. Confesso que me sinto feliz por não fazer parte do júri pois afigura-se-me que deve ter sido uma decisão muito complicada.

Está de parabéns a Câmara Municipal de Alcobaça, porque durante os dias do certame a cidade andou de boca em boca e de televisão em televisão. É claramente uma boa aposta, se bem que me parece que as futuras Mostras necessitem de inovação para que não se chegue à saturação repetitiva. Creio que a Organização teve já este ano a percepção disso e a prová-lo estiveram as intervenções artísticas e as exposições temáticas.”

António Inglês


domingo, 16 de novembro de 2008

ENIGMA DE FÁCIL LEITURA






Desejando a todos um óptimo fim de semana, deixo-vos um enigma.

A sua leitura é fácil mas fico à espera que o decifrem.

Um abraço a todos e ... bom domingo!


Fotos da Net

António Inglês