A POSTAGEM ANTERIOR DÁ QUE PENSAR!
“Tal como vos disse na postagem anterior, tendo achado o tema interessante, procurei aprofundar um pouco o conhecimento sobre as teorias desta médica e escritora. O que encontrei nos diversos sites que vasculhei, deixo à vossa leitura e meditação... se acharem que vale a pena...
Eu gostei”
Crises são Oportunidades
Os chineses, também há milênios, já diziam que nos primeiros 20 anos aprendemos. Levamos mais 20 lutando e outros 20 para chegar à sabedoria. E isso consegue-se à custa de crises que são oportunidades para crescer mais um pouco. Por exemplo, a partir dos 42 anos (seis ciclos de sete anos), temos de olhar para o que realizamos e resolver o que vamos continuar levando e o que não nos serve mais. Isso redimensiona o futuro e abre caminho para aceitar com naturalidade o envelhecimento. Brigar com isso pode gerar muita insatisfação. “Corre-se o risco de continuar com uma fixação no corpo, querendo a eterna juventude. Então, cria-se a necessidade insana de fazer plásticas e perde-se a chance de se voltar para os valores essenciais e aprender a priorizar. Esses são os pontos fortes desse seténio”, esclarece a psicóloga Solange Castilho, especialista em terapia biográfica de São Paulo.
Tudo a seu Tempo
Quantas vezes você já foi invadido pela sensação opressora de que não vai ter tempo de realizar tudo que quer?
Outro dos bons efeitos de observar os seténios é perceber que tudo vem a seu tempo.“Responder às questões do Biográfico baixou a minha ansiedade e fez-me olhar para a vida de maneira mais ampla. Percebi a lógica da minha trajectória: escolha da profissão, casamento, nascimento de duas filhas, separação e os factos que se repetiram. Tive a certeza de que tudo, mesmo as crises mais difíceis, foi positivo”, conta Sonia Godoy, 42 anos, professora de educação física e terapeuta corporal de São Paulo.
Outro ponto importante da biografia é tomar consciência a respeito dos factos que se repetem (por exemplo, escolha de vários relacionamentos complicados demais, problemas com chefes que levaram a demissões inesperadas). Eles podem ser a chave para nosso crescimento. “Quando um evento se repete muitas vezes, a tendência é colocar a culpa nos outros ou em factores externos. Mas isso não adianta. O que vale é prestar atenção no que deve ser modificado internamente para que a mesma situação dê certo no futuro”, ensina a doutora Gudrun.
“Tudo depende das nossas escolhas, e a vida é por natureza tão complexa que é fácil confundir os caminhos. Esse risco diminui quando olhamos para o que já fizemos e analisamos os resultados. Dessa forma, podemos aceitar a nossa história, usar o dom do livre arbítrio e fazer um futuro que corresponda ao que realmente queremos sem ficar presos a padrões que nos amarram ou soltos ao sabor dos acontecimentos”, diz o médico Ronaldo Perlato, da Artemísia, de São Paulo, centro onde o Biográfico é feito em grupos. Ele finaliza: “O passado e alguns factos são imutáveis, mas podemos alterar a forma de lidar com eles, e essa certeza traz muita alegria e auto-confiança. Há pessoas que não tiveram as necessidades de cada fase atendidas e por isso tornaram-se mais fortes”.
De Sete em Sete Anos
Sete é um número que reflecte a harmonia cósmica. Sete são os planetas considerados pelos antigos (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Sol e Lua), e eles têm relação com cada fase de sete anos, necessária para que uma transformação se inicie, transcorra e seja concluída. Conhecer os desafios de cada seténio ajuda a compreender melhor o nosso momento de vida e também de filhos, companheiros, pais.
“A cada época, temos tons diferentes, e no final da vida tudo se compõe como parte de uma grande sinfonia”, define a doutora Gudrun Burkhard, autora do livro Tomar a Vida nas Próprias Mãos (ed. Antroposófica).
A obra mais conhecida da escritora alemã Gudrun Burkhard é Das Leben in die Hand Hehmen (Tomar a Vida nas Próprias Mãos). Segundo a autora, a vida humana é dividida em seténios (períodos de 7 anos), ciclos básicos que vão da infância à velhice, e que também seriam regidos por leis cósmicas.
Você está no seténio correto?
Primeiro seténio - 0 aos 7 anos A criança chega ao mundo e é moldada pelas referências dadas pela família. O desafio é crescer e ser bem formada física e emocionalmente. Essa fase é regida pela Lua, que se relaciona com o crescimento e o ritmo da rotina, muito importante para crianças nessa fase.
Segundo seténio - 7 aos 14 anos
As influências vêm da família e da escola e o jovem começa a colocar-se no mundo. O desafio é fazer vínculos. Regido por Mercúrio, o planeta da comunicação, é a fase de muito movimento e intensas transformações físicas e emocionais.
Terceiro seténio - 14 aos 21 anos
O desafio é procurar a verdade e abrir-se para o amor romântico e fraterno. Torna-se importante buscar interesses individuais, distintos do grupo de amigos e da família. A fase é regida por Vênus, planeta da paixão e dos relacionamentos.
Quarto seténio - 21 aos 28 anos
É a fase em que começamos a lutar pelo que queremos, experimentamos um vasto leque de sensações e os limites físicos e emocionais. Regida pelo Sol, essa fase projeta-nos para o mundo por meio do trabalho, do casamento e outras realizações.
Quinto seténio - 28 aos 35 anos
Neste quinto seténio, a maioria das pessoas passa a defrontar-se consigo mesmo. Os 28 anos são um verdadeiro ponto de inflexão. Olhando-se no espelho, a pessoa passa a perguntar-se sobre a vida, se é isso mesmo o que ela tem ou se existe algo mais. É a época de tomar um rumo definitivo na vida, pois daí em diante tudo caminha para o fim. O homem, mais racional, desenvolve os sentimentos. A mulher, mais sentimental, passa a desenvolver o lado racional.
Sexto seténio - 35 a 42 anos –
Essa é a chamada meia-idade. O desafio é responder: qual o sentido da minha vida? Regida pelo Sol, devolve-nos às sensações de indefinição vividas aos 21 anos.
Sétimo seténio - 42 a 49 anos
O desafio é a prioridade e fazer escolhas baseadas naquilo que realmente se quer. É o momento de ir para o mundo como um guerreiro experiente, levando na bagagem apenas o que é realmente importante. A fase é regida pelo planeta Marte, dos impulsos de conquista e concretização.
Oitavo seténio - 49 a 56 anos
Delegar tarefas, ter serenidade e transmitir tudo que aprendeu é o desafio dessa fase, regida pelo planeta Júpiter, o da sabedoria.
Nono seténio - 56 a 63 anos
É a época de aprofundar o auto-conhecimento e a beleza interior, aceitando que os órgãos dos sentidos (nossas antenas) começam a recolher. Por exemplo, fala-se menos e com mais precisão. Regido por Saturno, o deus do tempo, esse ciclo guarda questões relacionadas à aceitação do envelhecimento e da morte.
Décimo seténio - A partir dos 63 anos –
Com a bagagem de vida e o auto-conhecimento adquiridos, o desafio agora é estar mais livre e disponível para ajudar os outros e aprimorar a espiritualidade. Esse ciclo não é regido por nenhum planeta.
Deste décimo setênio em diante pouco se sabe, e é um período que está ainda a ser pesquisado, em função do aumento da expectativa de vida do ser humano.
Textos e fotos tirados da Net
António Inglês