PROVÉRBIO DO DIA
"A ambição cerra o coração"
"A ambição cerra o coração"
Publicada por António Inglês à(s) sábado, setembro 08, 2007 10 comentários
Férias são férias meus amigos. Por isso resolvi hoje dar-vos a conhecer alguns dos caminhos que percorri desde que decidimos que iríamos de férias de forma especial, ou melhor, de maneira diferente do habitual.
A chegada das férias cá em casa, foi sempre um acontecimento aguardado com a ansiedade de quem ao fim de largos meses de trabalho se queria vingar de horários, compromissos, reuniões, fatos, gravatas e outros adereços obrigatórios ao dia a dia de trabalho. Assim era e é com alegria que os calções, os pólos ou as t-shirts saem dos locais habituais onde são temporariamente guardados. Na hora da partida porém, tudo era meticulosamente revisto para que nada falhasse.
Ao longo dos anos, fomos refinando a escolha dos itinerários e dos locais que mais gostaríamos visitar, por isso durante o ano inteiro íamos trocando impressões sobre os muitos destinos possíveis e fazendo contas para saber-mos até onde poderíamos ir, que os cobres nem sempre são fartos. Depois era só elaborar o programa e na hora da partida tudo teria de bater certo, o que nem sempre acontecia.
Desta vez, tudo foi diferente. A decisão estava tomada e resolvemos partir para elas de maneira pouco elaborada mas não menos desejada. Normalmente é assim que as viagens que fazemos nos saem bem e são aquelas que mais recordamos.
Este ano a primeira etapa foi em direcção ao Sul, passando por Grândola, Sines, Porto Covo, Vila Nova de Mil Fontes, São Teotónio, Odeceixe, Aljesur, Lagos, Lagoa e regresso a São Teotónio onde pernoitámos durante três ou quatro dias.
Com o Algarve ali a quarenta/cinquenta quilómetros, as visitas foram inevitáveis e os dias foram passando sem grandes sobressaltos, mas carregadinhos de passeatas que fomos dividindo entre a costa Alentejana e essa região de privilégio que é o Algarve, onde uma vez por outra nos fomos refrescando com uns deliciosos e variados gelados na Gelataria Pinguim em Armação de Pêra, porventura a mais conhecida da Vila e quiçá da zona algarvia.
As praias do Algarve são de todos conhecidas, e tenho de confessar que em algumas delas, (não muitas) as suas águas não nos deixaram assim tão despreocupados e descansados como seria de esperar. Alguns municípios vão ter de prestar mais atenção à qualidade das suas praias.
Mas o Algarve é o Algarve e o turismo continua a deixar a sua marca indelével mantendo a mesma cadência de ocupação neste nosso território, se bem que este ano tenhamos sentido menos gente que em anos anteriores.
Porém, as praias que mais nos fizeram vibrar, foram as que fazem parte desta Costa Vicentina cujas águas cristalinas e transparentes eram um convite permanente.
São Torpes, Aivados Porto Covo, Vila Nova de Mil Fontes, Zambujeira do Mar, Praia da Amália, Odeceixe, Praia da Azenha, Portinho das Barcas, Cavaleiro, Almograve, Praia dos Machados, Monte Clérigo, Atalaia, Carrapateira e tantas outras que dos seus nomes me esqueci mas que guardámos na nova câmara fotográfica, para mais tarde recordar.
Este Alentejo, surpreende-nos a cada passo e mais uma vez deixámos nestes cantinhos do nosso país um pouco de nós, mas temos a certeza que de lá também trouxemos muitas saudades e recordações.
Claro que as nossas férias não se acabaram por aqui, esta foi só a primeira parte e do resto vos daremos conta noutra postagem mais à frente.
Esperamos que gostem.
José Gonçalves
Publicada por António Inglês à(s) sábado, setembro 08, 2007 17 comentários
O tenor italiano Luciano Pavarotti, considerado por muitos o maior cantor lírico de sua geração, morreu na madrugada de 6 de Setembro de 2007, aos 71 anos de idade. A morte foi anunciada pelo empresário do cantor, Terri Robson.
Operado de um câncer pancreático em Julho de 2006, em Nova York, ele deixou de fazer aparições públicas desde então. Ficou em sua casa em Modena, no norte da Itália, onde faleceu eram 5h.
Desde 2006 que se submetera a tratamento devido a um tumor no pâncreas, mas o estado de saúde agravou-se no Verão de 2007. Luciano Pavarotti esteve internado num hospital durante mais de duas semanas para tratamentos e diagnósticos. Uma semana antes da sua morte foi para a sua casa, onde veio a falecer a 6 de Setembro de 2007, pois o seu estado de saúde piorou significativamente no dia antes da sua morte.
Pavarotti estava inconsciente e com insuficiência renal. O estado de saúde do tenor piorou na quarta-feira. Parentes e amigos de Pavarotti se reuniram na casa dele, em Modena, para acompanhá-lo.
Ficou hospitalizado até 25 de Agosto, acompanhado pela sua mulher, Nicoletta Mantovan, e pela filha mais nova, Alice. Também estiveram a seu lado as três filhas do seu primeiro casamento, com Adua Veroni. Desde que deixou o hospital, uma equipe médica o acompanhava em casa. Segundo seus parentes e amigos, nunca perdeu o bom humor
Ele afirmou que havia dedicado toda a sua vida a "celebrar a magia da arte".
"O prémio me enche de alegria e orgulho pela minha longa carreira, com a qual tive o privilégio de levar a cultura italiana pelo mundo", disse Pavarotti, segundo a imprensa.
Apoiou as iniciativas do Teatro Scala, de Milão, e do Teatro Comunale, de Modena, que organizarão a partir de 2008 o Concurso Internacional de Canto Luciano Pavarotti. Seu vencedor poderá actuar no templo da ópera milanês.
"Sempre pensei que o entusiasmo, a devoção e o ânimo que transmitimos aos jovens são nosso verdadeiro valor e nossa força", disse o cantor. Ele acrescentou que "compartilhar com os jovens a paixão e a experiência é o tesouro maior que se pode deixar para eles e a maior oportunidade para dar um sentido à vida".
A volumosa voz de Pavarotti estreou em 1963 numa apresentação solo no Covent Garden, em Londres. Seu maior legado para a música provavelmente será a apresentação com os espanhóis Plácido Domingo e José Carrera na abertura da Copa do Mundo de 1990, na Itália, vista por cerca de 800 milhões de pessoas no mundo todo.
Após aquele concerto nas Termas de Caracalla, em Roma, as vendas de discos de ópera dispararam. A ária "Nessun Dorma", da ópera "Turandot", de Puccini, se tornou para sempre associada a Pavarotti e ao futebol, desporto que foi aliás, o sonho de menino do cantor.
Pavarotti tem duas entradas no livro Guinness World Records: o maior número de chamadas ao palco — 165 — e o álbum de música clássica mais vendido de sempre (In Concert de Os Três Tenores, partilhado com os colegas Plácido Domingo e José Carreras.
Casa com a sua assistente, Nicoletta Mantovani, com quem teve dois filhos; devido a complicações no parto, apenas uma, Alice, sobrevive. Iniciou a sua turnê de despedida em 2004, aos 69 anos, após quatro décadas de palco.
Pavarotti actuou pela última vez na New York Metropolitan Opera em 13 de Março de 200 recebendo uma ovação de 12 minutos pelo papel do pintor Mário Cavaradossi na Tosca de Giacomo Puccini's . Em 1 de Dezembro de 2004 anuncia a turnê final em 40 cidades, produzida por Harvey Goldsmith.
Em 10 de Fevereiro de 2006, Pavarotti canta "Nessun Dorma" na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim.
Até o momento não se sabe quando será o funeral e onde o tenor será enterrado.
SEMPRE
Do teu passado
não tenho ciúmes.
Vem com um homem
às costas,
vem com cem homens nos cabelos,
vem com mil homens entre o peito e os pés,
vem como um rio cheio de afogados
que encontra o mar furioso,
a espuma eterna, o tempo!
Trá-los a todos
ao lugar onde te espero:
estaremos sempre sós,
estaremos sempre, tu e eu,
sozinhos sobre a terra
para começar a vida!
Pablo Neruda, Os Versos do Capitão
Publicada por António Inglês à(s) quinta-feira, setembro 06, 2007 12 comentários
Publicada por António Inglês à(s) quarta-feira, setembro 05, 2007 8 comentários
“Bom dia amigos, um abração para todos”
Voltei com vontade de mudar. Ainda não sei bem o quê, mas que me apetece mudar... apetece...
Mudar é renascer... é renovar... é querer... e eu quero!
Mude
...mas comece devagar,
porque a direcção é mais importante
que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.
Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor,
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.
Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !
(Edson Marques)
Publicada por António Inglês à(s) terça-feira, setembro 04, 2007 10 comentários