quinta-feira, 19 de junho de 2008
ENCRUZILHADAS DA VIDA!
Meus amigos, as encruzilhadas da vida empurram-nos para becos de onde dificilmente conseguimos libertar-nos. São fases com as quais temos de aprender a lidar e embora sendo horas que nos marcam para sempre, são também aquelas que nos dão a certeza de que sem luta nada se consegue.
Nada fazemos para que aconteçam, elas aparecem sem pré-aviso e precisamos de coragem e força para as sabermos vencer.
O desanimo e a falta de vontade passam a ser companheiros do dia a dia. Fica-se com a sensação de que nunca estamos bem onde estamos. Depois, tudo depende da força de cada um de nós e das motivações que vamos conseguindo encontrar para seguir em frente.
Assim, na maioria das vezes a melhor solução é talvez parar e reflectir. Colocar nos dois pratos da balança tudo de bom e de mau que nos aconteceu e que de alguma forma contribuiu para que o estado de alma não seja o melhor.
É assim amigos, que não posso continuar a assobiar e a fingir que tudo está bem, quando não está.
Claro que nada se passa de especial, apenas a necessidade de me encontrar, e encontrar os caminhos que me devolvam ao convívio de que tanto gosto, que é este meu espaço, a vossa companhia e a vossa amizade.
Adiei inúmeras vezes esta decisão, e há bem pouco tempo julguei que conseguiria continuar, se bem que de forma mais comedida. Puro engano.
O “PorEntreMonteseVales” vai assim estar suspenso por tempo indeterminado. Não acabará, mas precisa de novos ventos e novas ideias.
Aos amigos e amigas que ao longo deste último ano fizeram deste meu espaço um ponto de encontro e me trouxeram a alegria de ter encontrado novas amizades, só tenho de agradecer e dizer-lhes que os/as terei sempre presentes em todos os bons pensamentos da minha vida.
Não é de forma nenhuma uma despedida, antes um até um dia destes, porque espero voltar, renovado ao vosso convívio. Estarei sempre disponível para falar com todos aqueles que me queiram contactar através do email que está colocado por debaixo do meu perfil, ou por qualquer outro contacto que tenham meu.
Um abraço a todos e o meu obrigado por me terem dado tantos dos vossos momentos.
António Inglês
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quarta-feira, 18 de junho de 2008
SÓ MESMO PARA SABEREM QUE ESTOU VIVO!
VÁ LÁ, DIVIRTAM-SE E SORRIAM UM POUCO! AMANHÃ SERÁ UM NOVO DIA!
MELHORES DIAS VIRÃO!
ABRAÇO A TODOS!
Publicada por António Inglês à(s) quarta-feira, junho 18, 2008 3 comentários
segunda-feira, 16 de junho de 2008
DAVID MOURÃO FERREIRA
Deixou ainda traduções e uma gravação discográfica de poemas seus intitulada «Um Monumento de Palavras» (1996). Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema, como, por exemplo, Aos Costumes Disse Nada, em que se baseou José Fonseca e Costa para filmar, em 1983, «Sem Sombra de Pecado». David Mourão-Ferreira foi ainda autor de poemas para fados, muitos deles celebrizados por Amália Rodrigues, tal como «Madrugada de Alfama».
Recebeu, em 1996, o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores. Foi autor de alguns programas de televisão de que se destacam "Imagens da Poesia Europeia", para a
Em 1981 é condecorado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Em 1996 recebe o Prémio de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores e, no mesmo ano, recebe a Grã-Cruz da Ordem de Santiago da Espada. Do primeiro casamento, com Maria Eulália, sobrinha de Valentim de Carvalho, teve dois filhos, David Carvalho e Adelaide Constança, que lhe deram 10 netos.
E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses oceanos
E por vezes os braços que apertamos
nunca mais são os mesmos E por vezes
encontramos de nós em poucos meses
o que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
E por vezes lembramos que por vezes
ao tomarmos o gosto aos oceanos
só o sarro das noites não dos meses
lá no fundo dos copos encontramos
E por vezes sorrimos ou choramos
E por vezes por vezes ah por vezes
num segundo se envolam tantos anos.
Penélope
mais do que um sonho: comoção!
sinto-me tonto, enternecido,
quando, de noite, as minhas mãos
são o teu único vestido.
e recompões com essa veste,
que eu, sem saber, tinha tecido,
todo o pudor que desfizeste
como uma teia sem sentido;
todo o pudor que desfizeste
a meu pedido.
mas nesse manto que desfias,
e que depois voltas a pôr,
eu reconheço os melhores dias
do nosso amor.
Texto e Fotos tirados da Net
António Inglês
Publicada por António Inglês à(s) segunda-feira, junho 16, 2008 10 comentários
domingo, 15 de junho de 2008
BOM DOMINGO A TODOS OS AMIGOS!
POR VEZES O SILÊNCIO DIZ MAIS QUE MIL PALAVRAS! APROVEITEM O VOSSO DOMINGO!
LEVANTEM O SOM E RELAXEM! DEIXEM VOAR A IMAGINAÇÃO! A SEMANA QUE ESTÁ À PORTA SERÁ ENCARADA MUITO MELHOR!
UM ABRAÇO A TODOS VOCÊS!
ANTÓNIO
Publicada por António Inglês à(s) domingo, junho 15, 2008 6 comentários
ALMADA NEGREIROS
A 15 de Junho de 1970 faleceu em Lisboa, José Sobral de Almada Negreiros que nasceu em Trindade, S. Tomé a 7 de Abril de 1893. Foi um artista multidisciplinar, pintor, escritor, poeta, ensaísta, dramaturgo e romancista português ligado ao grupo modernista. Também foi um dos principais colaboradores da Revista Orpheu.
Era filho de António Lobo de Almada Negreiros, um tenente de cavalaria que foi administrador do Concelho de São Tomé,e fundador de diversos jornais. Uma parte da sua infância foi passada em São Tomé e Príncipe, terra natal da sua mãe, Elvira Sobral.
Depois da morte da sua mãe, em 1896, veio viver para Portugal; nesta altura, em 1900, o seu pai é nomeado encarregado do Pavilhão das Colónias na Exposição Universal de Paris, deixando os filhos José e António, ao cuidado dos jesuítas no Colégio de Campolide.
Em 1911, após a extinção do Colégio de Campolide dos Jesuítas, José entra para a Escola Internacional de Lisboa, após uma breve passagem pelo Liceu de Coimbra. Nesta escola, consegue um espaço, onde irá desenvolver o seu trabalho, publicando ainda nesse ano, o seu primeiro desenho na revista A Sátira e publica o jornal manuscrito A Paródia, onde é o único redactor e ilustrador.
Em 1913 apresenta na Escola Internacional de Lisboa, a sua primeira exposição individual composta de 90 desenhos; aqui trava conhecimento com Fernando Pessoa, com quem edita a Revista Orpheu juntamente com Mário de Sá Carneiro.
Júlio Dantas, médico, poeta, jornalista e dramaturgo, é a maior figura da intelectualidade da época e afirma que a revista é feita por gente sem juízo. Irónico, mordaz, provocador mesmo, Almada responde com o Manifesto Anti-Dantas, onde escreve: “…uma geração que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração! Morra o Dantas, morra! Pim!”
O manifesto teve algum impacto no meio artístico; é tempo de mudar as mentalidades e a sociedade e Almada fá-lo como poucos, atacando a cultura burguesa instituída e os seus representantes ao mais alto nível.
As duas orientações de busca e criação de Almada Negreiros foram a beleza e a sabedoria. Para ele "a beleza não podia ser ignorante e idiota tal como a sabedoria não podia ser feia e triste" (Freitas, 1985). Almada Negreiros foi um pintor-pensador. Foi praticante de uma arte elaborada que pressupõe uma aprendizagem que não se esgota nas escolas de arte; bem pelo contrário, uma aprendizagem que implica um percurso introspectivo e universal.
O tema principal de Almada foi o número, a geometria (sagrada) e os seus significados, declarando que a sabedoria poética e a sabedoria reflectida têm entre elas a fronteira irredutível do número. Almada revela-se assim um neopitagórico sendo este seu lado a fonte mais profunda da sua inspiração e da sua criatividade e, segundo Lima de Freitas, a sua “loucura” central.
Vulto cimeiro da vida cultural portuguesa durante quase meio século, contribuiu mais que ninguém para a criação, prestígio e triunfo do modernismo artístico em Portugal. Na sua evolução como pintor, Almada passou do figurativismo e da representação convencional dos primeiros tempos, para a abstracção geométrica, matemática e numérica que caracteriza as suas últimas obras.
A sua preocupação central foi a determinação do enigmático Ponto de Bauhütte. Essa procura ficou registada por vários textos, por numerosos traçados geométricos e por algumas pinturas a preto e branco que Almada foi acumulando, mas sem tornar público o fundo do seu pensamento. Antes de romper o quase segredo da sua busca, Almada realiza, para o Tribunal de Contas de Lisboa, um dos cartões para tapeçaria intitulado «O Número».
Escreve a novela A Engomadeira, em 1917
Em 1919 vai viver para Paris, onde exerce diversas actividades e escreve a Histoire du Portugal par coeur. Em Paris, fica apenas cerca de um ano e quando regressa, vai colaborar com António Ferro, tendo inclusivamente desenhado a capa do livro deste, Arte de Bem Morrer.
Em 1927 volta a deixar Portugal, indo desta vez para Espanha, onde para além de colaborar com diversas revistas, Almada escreve El Uno, Tragédia de la Unidad, obra dedicada à pintora Sarah Afonso, com quem viria a casar em 1934, já após o seu regresso a Portugal.
Em Portugal já vigora o Estado Novo e Almada, nacionalista convicto, começa a ser solicitado para colaborar com as grandes obras do estado. O Secretariado da Propaganda Nacional –
O
A partir daqui, Almada dedica-se principalmente ao desenho e à pintura: Pinta os vitrais da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, que o público, agarrado às tradições, não aprecia; pinta o conhecido retrato de Fernando Pessoa, os painéis das gares marítimas de Alcântara e da Rocha Conde de Óbidos, pelas quais recebe o Prémio Domingos Sequeira; pinta o Edifício da Águas Livres e frescos na Escola Patrício Prazeres; pinta as fachadas dos edifícios da Cidade Universitária e faz tapeçarias para o Tribunal de Contas e para o Palácio da Justiça de Aveiro, entre muitos outros.
Tendo colaborado tanto com o Estado Novo, o que a muita gente causou estranheza, Almada, não deixaria de escrever: “As construções do Estado multiplicam-se, porém, as paredes estão nuas como os seus muros, como um livro aberto sem nenhuma história para o povo ver e fixar”.
Em 1954 Almada pinta o célebre retrato de Fernando Pessoa.
Em 1970 o Retrato de Fernando Pessoa é leiloado. Almada assiste ao leilão. O preço atingido, 1300 contos, causa admiração. Nunca um pintor português conseguira tal proeza.
Os seus últimos trabalhos, já com 75 anos, são o Painel Começar na Fundação Calouste Gulbenkian e os frescos da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.
Almada Negreiros, morre em 14 de Junho de 1970, de falha cardíaca, no mesmo quarto do Hospital de São Luís dos Franceses, onde também tinha morrido Fernando Pessoa.
Em tempos Almada respondera a alguém:
“AS PESSOAS QUE EU MAIS ADMIRO SÃO AQUELAS QUE NUNCA ACABAM”.
Fontes: Textos de Wikipédia e Net Fotos da Net
António Inglês
Publicada por António Inglês à(s) domingo, junho 15, 2008 3 comentários