domingo, 6 de janeiro de 2008

BREVE REFERÊNCIA A ALGUNS QUE NOS DEIXARAM EM 2007

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Actriz Deborah Kerr morre aos 86 anos em Londres


Deborah Jane Kerr-Trimmer que nasceu em Helensburgh a 30 de Setembro de 1921, Suffolk, e faleceu a 16 de Outubro de 2007, por problemas decorrentes do Mal de Parkinson, deixando viúvo Peter Viertel, seu marido durante mais de 47 anos, foi uma actriz britânica. Recebeu um Óscar honorário por sua carreira, que sempre representou com perfeição, disciplina e elegância. Foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico.

Sua estreia no filme britânico Contraband em 1940 terminou no chão da sala de edição. Mas a isso seguiu-se uma série de outros filmes, incluindo um papel triplo no filme The Life and Death of Colonel Blimp, de Michael Powell e Emeric Pressburger. Mas foi seu papel como uma freira com problemas em Narciso Negro , dos mesmos directores, em 1947, que chamou a atenção dos produtores de Hollywood.

Suas maneiras e sotaque britânicos conduziram a uma sucessão de papéis em que representava honoráveis, dignas, refinadas e reservadas senhoras inglesas. Contudo, Kerr frequentemente aproveitava uma oportunidade para descartar seu exterior tão reservado. No filme de aventuras As Minas do Rei Salomão, de 1950, filmado em locações na África com Stewart Granger e Richard Carlson, ela impressionou as audiências com tanta sexualidade e vulnerabilidade emocional que trouxe novas dimensões para um filme de acção orientado para o público masculino.

Como Karen em A um Passo da Eternidade / Até à Eternidade , de 1953, ela recebeu a indicação para o Óscar de Melhor Actriz. O American Film Institute reconheceu o carácter icónico da cena do beijo entre ela e Burt Lancaster numa praia do Havai, no meio das ondas. A organização colocou o filme na lista do "Cem mais românticos filmes" de todos os tempos.

Kerr recebeu o Globo de Ouro de melhor actriz de comédia/musical de 1957 com o filme O Rei e Eu, com Yul Brynner



Motociclista Evel Knievel morre aos 69 anos nos EUA


Robert Craig "Evel" Knievel, Jr. que nasceu a 17 de Outubro de 1938 e faleceu em 30 de Novembro, 2007, foi um duplo norte-americano muito famoso por seus truques automobilísticos nos anos 60.

Mais conhecido "Motorcycle Daredevil" (Motociclista Voador) da história, Evel Knievel morreu aos 69 anos, na cidade de Clearwater, nos Estados Unidos. Famoso nos anos 1970 por seus saltos entre autocarros e carros. Knievel, que sofria de problemas pulmonares, não conseguiu chegar a tempo de ser atendido no hospital. Desde então, o site www.evelknievel.com saiu de serviço.

Duplo de renome, o motociclista tinha suas performances entre os programas com maior audiência da televisão norte-americana. A sua tentativa de saltar sobre o Snake River Canyon, em 1974, da qual escapou por pouco da morte, é até hoje admirada. O namoro com o perigo deixou marcas no corpo do astro (que, inclusive, teve sua vida adaptada para o cinema): ele entrou no Guiness, o Livro dos Recordes, por já ter quebrado 40 ossos do corpo. Reformou-se da actividade em 1981.



Cineasta sueco Ingmar Bergman morre aos 89 anos


O director sueco Ingmar Bergman morreu no passado 30 de Julho de 2007, aos 89 anos.

O cineasta morreu em casa, mas a causa da morte não foi divulgada oficialmente pela família, segundo a agência de notícias sueca TT, que confirmou a notícia com a filha do cineasta, Eva Bergman.

Em sua longa cinematografia (que ultrapassa os 50 filmes), Bergman foi mestre em levar às telas temas existencialistas. Ao todo, ganhou sete prémios no Festival de Cannes e dois no de Berlim.

Entre seus longas estão os célebres "Morangos Silvestres" (1957), "O Sétimo Selo" (1957), "Gritos e Sussurros" (1972), "A Flauta Mágica" (1975), "O Ovo da Serpente" (1978) e "Fanny e Alexander" (1982).

Seu último filme como director foi "Saraband", rodado inicialmente para a TV. O longa, estrelado por Erland Josephson e Liv Ullman, retoma os personagens de "Cenas de um Casamento" (1973).

Bergman era também dramaturgo. Sobre as duas artes, afirmou: "O teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema pertence ao âmbito da prostituição".

O director nasceu no dia 14 de Julho de 1918 em Uppsala, ao norte de Estocolmo, filho de um pastor protestante. Foi educado de maneira severa e austera. Essa formação religiosa marcou seu carácter.

Estudou na Universidade de Estocolmo e aprendeu a arte da direcção com um grupo de teatro estudantil, levando para a tela grande obras de Strindberg e Shakespeare.

A partir de 1944, dividiu o teatro com o cinema. Bergman fez seu primeiro filme, "Crise", em 1945.

Em 1976 foi viver na Alemanha devido a problemas com o fisco sueco e em seguida estreou "O Ovo da Serpente", sobre a ascensão do Nazismo.

De volta à Suécia, filmou "Fanny e Alexander", uma obra sobre sua infância e sobre sua paixão pelo espectáculo que recebeu quatro Óscars.

Comandante da Legião de Honra, membro da Academia de Letras da Suécia e reputado dramaturgo, Bergman revelou sua vida privada e profissional nos livros "Lanterna Mágica" (1987), "Imagens" (1993) e "Crianças de Domingo" (1994), adaptado para as telas por seu filho Daniel.

Casado cinco vezes, Bergman teve nove filhos.

Fotos e Textos tirados da Net e da Comunicação Social.
José Gonçalves

4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Mais três figuram que iniciaram a viagem no ano passado. Não conhecia o motociclista. Dos outros dois guardo boas recordações.
Um abraço, bom Domingo

Isamar disse...

E continuas a recordar aqueles que, embora partindo fisicamente, deixaram obra que da lei da morte os libertará. Esquecê-los será uma perda irreparável porque a sua grandeza só contribuirá para que sejamos cada vez maiores. Que perdurem na memória de todos nós.

Beijinhossss

António Inglês disse...

Boa noite Elvira

Mais três de entre vários que partiram e que deixaram de uma forma ou de outra as suas marcas.
É a lei da vida, uns partem outros chegam.
Um grande abraço
José Gonçalves

António Inglês disse...

Olá Sophiamar

Sim, vou continuar a relembrá-los durante mais dois ou três dias, até porque só falo em três por dia.
Figurarão nesta galeria, enquanto por aqui andar, para que os possamos recordar de vez em quando.
Deixo-te um beijinho
José Gonçalves